As peças no tabuleiro de xadrez para as próximas eleições já começaram a se mover. Acho que na verdade nem mesmo pararam, findo o último processo eleitoral. Essa situação tem alguns motivos claros. O primeiro deles é que este é o último mandato de Dilma, o PT não tem um sucessor no momento e o PSDB quer aproveitar o momento para se autopromover.
O segundo é o enfraquecimento político-institucional de Dilma e do PT, após anos de ataques diretos, indiretos, por todos os lados, e pouco ou mal defendidos, devido a características da própria presidente, e a uma mudança intestina do PT, que cada vez menos se parece com um partido político, e a cada dia que passa se aproxima mais dos tradicionais aglomerados políticos brasileiros que disputam o poder.
O terceiro é a crise econômica atual, que, a grosso modo, é resultado da turbulência política atual, erros estratégicos da equipe econômica, de desaquecimento de economias que estão intimamente ligadas à brasileira, e também da crise internacional que atinge o setor petrolífero, carrochefe da economia nacional nos últimos 15-20 anos.
Mas o PSDB não é essa massa homogênea que boa parte da população imagina. Na verdade ele é bastante complicado, e o texto de Lendro Mazzini (abaixo), deixa isso bem claro.
Além disso, na opinião desse blogueiro, o PSDB já teve sua chance, e em verdade criou mais problemas do que soluções, tanto para a economia nacional, quanto para o sistema político brasileiro, que nessa instituição permanece tendo um partido absurdamente subserviente a interesses estrangeiros no país.
Como já dissemos aqui antes, precisamos de renovação, precisamos avançar ainda mais, aprofundar as reformas iniciadas no governo Lula (pouca coisa no FHC), e transformarmos seriamente o país.
O potencial para isso está todo no país, mas é preciso coragem para aproveitá-lo.
Convenção do PSDB tem disputa por instituto e batalha ideológica10
Leandro Mazzini 04/07/2015 10:27
Bicadas no ninho tucano.
A convenção do PSDB neste domingo em Brasília promete momentos tensos, embora a cúpula pregue a união.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, fechou com o presidente do partido, Aécio Neves, e conseguiu emplacar o deputado Silvio Torres (SP) como Secretário-geral, mas há uma disputa ferrenha pela presidência do Instituto Teotônio Vilela.
Sem mandato e cargo, o indicado, da cota do governador paulista, é o ex-deputado José Aníbal. Ocorre que o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PR) descarta acordão e quer disputar a vaga. Além disso, os evangélicos vão questionar os progressistas sobre o trecho que fala de diversidade de gênero num artigo do estatuto.
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