quarta-feira, 22 de março de 2017

Transpetro retrocede aos anos de ferro

Absurda a solicitação da Transpetro, que ao solicitar acesso a informações sigilosas sobre o sistema de votação dos sindicatos representantes dos marítimos embarcados em seus navios, não apenas dá mostras de não respeitar categoria e representações, como ainda tenta, mesmo que de forma sutil, interferir na organização e nos processos dos sindicatos envolvidos.

Seria aceitável se estivéssemos lá pelos idos de 1900, quando tais atitudes eram corriqueiras, ainda que injustas. Mas quando estamos em pleno Séc. XXI, com legislação nacional e internacional que expressam de forma clara e inequívoca, que é vedado a interferência externa em sindicatos, assim como atitudes que visem coibir e/ou influenciar na livre associação e ação dos trabalhadores em suas entidades sindicais, aí a coisa se caracteriza como sério retrocesso, além de absurda falta de respeito, tanto às organizações sindicais, como a própria legislação vigente.

Os sindicatos marítimos, ainda que enfrentem problemas, conseguem manter boas organização e combatividade. Se tentam fazer isso com eles, imaginem com aqueles que são fracos e desorganizados. 

E querem te tirar direitos consolidados na legislação, dizendo que deveriam ser fruto de livre negociação. Desse jeito é uma tentativa camuflada de explorar ainda mais os trabalhadores.

Abram seus olhos. A ponte não é para o futuro, mas já que o próprio Fernando Henrique Cardoso disse, não passa de uma pinguela, mas para um passado escuro e tenebroso.




Sem proposta aceitável para o regime 1×1, Transpetro quer saber como os navios votaram


A Transpetro formalizou, por meio de ofício, o pedido de detalhamento do resultado da consulta às propostas do termo aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho – ACT 2015/2017 oferecido pelo Sistema Petrobras. Encerrada no dia 6 de março, a votação registrou 98% de rejeição, sendo 86% do total dos votos provenientes de marítimos que se encontravam embarcados.
Em resposta, as Entidades Sindicais reafirmaram que não submeterão à análise da Transpetro informações como categoria, empresa e navio. Os Sindicatos lembraram que o modelo atual de votação é resultante da pressão exercida a bordo e da interferência de representantes da Transpetro em consultas anteriores. A CONTTMAF destacou, ainda, o caráter confidencial dos votos e a necessidade de manter o modelo atual de consulta, considerado necessário pelos seus representados e representadas.
Acesse o ofício enviado pela CONTTMAF à Transpetro e a mensagem circular encaminhada pelo SINDMAR aos Oficiais e Eletricistas.

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