terça-feira, 24 de abril de 2018

Erros político-econômicos tornam Brasil pouco interessante

Mais uma bola muito fora do usurpador. Diferente do que a maioria das pessoas pensam, fóruns e encontros internacionais não são oportunidades para passeios e lazer, mas sim para muito trabalho. São inúmeras reuniões, palestras, encontros, que além dos principais, se desdobram em enventos menores, onde se fecham negócios, acordam-se cooperações, ajudas mútuas, etc.

O governo e a elite golpista não entendeu ainda que não existe atrativo real para um país que rompe abruptamente com suas leis, rasga sua constituição, e destrói sem nenhum tipo de discussão interna séria, anos de avanço civilizatório e de uma insípida distribuição de renda.

A propósito, distribuição de renda é o que pode interessar para investimentos estrangeiros em um país, porque é o que cria mercado consumidor, que por sua vez propicia concentração de renda. Paradoxal? Sim, mas empiricamente observável.

Externamente o apoio vem apenas pela possibilidade de adquirir ativos importantes e valiosos e altamente rentáveis a preço de xepa, como no caso das hidrelétricas, da própria Eletrobrás, de setores da Petrobrás e de campos de petróleo, e onde o caso da Embraer é o mais emblemático e absurdo.

Internamente o usurpador é anacrônico, assim como os que apoiam seu governo internamente. Na busca de aumentarem, ou manterem ganhos exorbitantes, matam a galinha dos ovos de ouro, se sujeitam a serem simples figurantes na política e economia mundial, e a serem simples figuras esquecíveis e apagadas da história, quando poderiam ser protagonistas e fazerem a história

Com esse (des)governo o lema mudou: Brasil, um país que vai para trás.


No Fórum Econômico Mundial, Temer fracassa mais ao tentar 'vender' o Brasil

Pedro Zambarda de Araújo




No Fórum Econômico Mundial, Temer fracassa mais ao tentar 'vender' o Brasil

(Foto: Beto Barata/PR/Fotos Públicas)
Enquanto Emmanuel Macron da França é saudado globalmente como um anti-Donald Trump nos tratados climático, o Brasil se tornou um anão diplomático desde o fim do governo Dilma Rousseff. Mergulhado numa profunda crise econômica, nosso país tenta cada vez mais se vender no exterior e se frustra em tais tentativas.
O presidente Michel Temer esteve presente no Fórum Econômico Mundial que ocorreu em Davos neste fim de janeiro. O evento concentrou cerca de três mil pessoas, 70 chefes de Estado e governo, 900 representantes de ONGs, 1900 executivos de empresas, 40 líderes culturais, 35 empreendedores, 80 jovens destacados, 32 pioneiros tecnológicos, além de 70 responsáveis de sindicatos, organizações religiosas e da sociedade civil.
Macron é visto como uma liderança de centro, embora seja um direitista liberal, e lotou palestras. Temer, que tem a Reforma da Previdência na cabeça em semana de condenação de Lula, teve uma recepção bastante diferente.
Fiasco
Segundo a repórter Luciana Coelho na Suíça, da Folha de S.Paulo, metade da plateia na palestra de Michel Temer estava vazia pelo menos pela metade no dia 24 de janeiro de 2018. A maioria eram brasileiros e chineses aguardando as próximas conferências.
Para efeitos de comparação, além de Macron, o premiê indiano, Narendra Modi lotou e teve fila de espera na véspera.
O idealizador do Fórum, Klaus Schwab, afirmou que um "novo Brasil" se abre com as reformas econômicas de Michel Temer, alinhadas com a ideologia neoliberal. Ele fez o possível para tentar levantar a moral do parceiro.
Não deu certo. A "venda do Brasil" feita por Temer em nada lembra o carisma e a desenvoltura de Lula, que chegou a ser cumprimentado por Bill Gates no Fórum Econômico Mundial.
Fiasco puro.

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