sábado, 28 de outubro de 2023

Always Somewhere - Scorpions

A russo-americana Alyona volta a nos brindar com um excelente cover. Dessa vez é a banda Scorpions que fornece Always Somewhere, que teve grande sucesso mundial.


terça-feira, 24 de outubro de 2023

O Negociador de Ouro, mas para a Europa

Ontem eu estava vendo o programa Massa Crítica, no canal Disparada do youtube, e qual não é minha "surpresa" que o Presidente da República do Brasil estaria disposto a aceitar um acordo com a União Européia em que os produtos industrializados vindos da metrópole em franca decadência moral e econômia em troca de 12 bilhões de euros. Esse dinheiro viria carimbado para o combate ao desmatamento e às mudanças climáticas.

Ora, vamos por partes, porque isso é muito sério. E começaremos a destrinchar o parágrafo acima do final para a frente. Com isso começaremos sobre os 12 bilhões de euros e sua destinação. A primeira coisa é que 12 bilhões de euros é uma mixaria frente ao que se entrega, que no fundo é o futuro do próprio país. Esqueçam essa bobagem de que se enche um navio de soja e se traz um navio de hondas. Em média você tem que encher uns 30 navios de soja para encher um de hondas. Sim, nos momentos de grandes altas no valor das commodities isso diminui, mas esses períodos são geralmente rápidos e distantes uns dos outros. Para completar o carimbo desse dinheiro apenas servirá para pagar a ONGs, que a princípio já são pagas por verbas européias e americanas, e nada se conseguirá de efetivo no combate às mudanças climáticas, já que essas são características do próprio planeta, ainda que a ação humana interfira no processo de forma local, e com alguma possibilidade de acelerar ou atrasar o processo, mas essas duas últimas hipóteses são muito tímidas frente ao poder da própria Gaia.

O acordo, ainda que se façam algumas alterações que o tornem menos draconianos ao Brasil, tem o potencial de destruir qualquer chance de o país progredir. Sim, com a estrutura financista e neoliberal que impera no Brasil, as poucas indústrias e cadeias produtivas que ainda resistem no país desaparecerão em curto ou na melhor das hipóteses, médio prazo, acabando de vez com a Classe Nédia, e atrasando em muitas décadas qualquer possibilidade de esse país sair do lamaçal econômico em que está metido.

E com toda alteração que torne o acordo menos draconiano em relação ao mercado de nosso agronegócio, isso não significa que esse acordo venha a ser cumprido. Basta ver que a praxe desse pessoal é não cumprir acordos, e o farão sob as mais patéticas desculpas e artifícios. Sim, e lembremos que pode nem ser a UE, mas seus países membros, que serão acionados pela UE judicialmente que levará anos para decidir algum descumprimento por parte de seus membros, e nisso o Brasil já terá perdido o mercado, perdido a oportunidade, e talvez até mesmo a produção.

Acordo tem que ser realmente bom para ambos, e esse não será absolutamente nada bom para o Brasil. 12 bilhões de Euros não são nada perto dos valores envolvidos e nas benesses que os europeus terão com um acordo desses.

Mas isso é o que se pode esperar do Negociador de Ouro, que sempre pediu migalhas para os trabalhadores e entregou banquetes para os patrões. Agora parece querer repetir a dose em termos geopolíticos. Assim ele conseguirá uns 15 nobels da paz seguidos, e quem pagará por eles com mais miséria e desesperança é o povo brasileiro.

domingo, 22 de outubro de 2023

Evanescence - Bring Me To Life. Rocknmob Moscow, 450+ musicians

Se Amy Lee e seu Evanescence podiam receber uma homenagem em vida, se eles podiam ter sua obra efetivamente reconhecida, então essa é a homenagem. Rocknmob Moscow,  450 mais músicos, fazendo algo em torno de 1.000 pessoas tocando e cantando Bring Me To Life, um dos maiores sucessos da banda norte-americana.


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sábado, 21 de outubro de 2023

Congresso pelo corte na Saúde e Educação

Vamos lá, já falei sobre isso em meu canal, mas vou fazer um breve comentário aqui: essa Lei é inconstitucional, e apesar disso o governo não é obrigado a gastar mais do que está previsto no orçamento da União para este ano, porque o orçamento foi elaborado com base nas regras constitucionais em vigor no ano passado.

Sim, é verdade que o governo poderia negociar para adequar o orçamento à nova realidade constitucional, e aplicar os valores proporcionais a mais já este ano. Mas aí teria que ser um governo pró-povo, não um governo neoliberal que está preocupado em fazer caixa para pagar os exorbitantes juros da dívida criada desnecessariamente, e as negociatas que ocorrem no Congresso e no BC. Claro, todas elas vêm travestidas de Leis e portanto travestidas de legalidade, o que não significa que sejam moralmente aceitáveis num país que precisa urgentemente investir seriamente em Educação, Saúde, Segurança, e na melhoria de sua infraestrutura e tecido produtivo.

Por isso mesmo esse governo poderia negociar para adequar o orçamento à nova realidade constitucional, mas para que gastar capital político e "orçamento secreto do amor" para aprovar pautas pró-povo, se eles precisam gastar tudo isso para garantir a aprovação de pautas que interessam às forças políticas que obliteram as pautas populares, e que dominam a economia capenga do país?






quinta-feira, 19 de outubro de 2023

STF poderá ter acesso limitado

Sim, uma alteração na Constituição que busca limitar os poderes do STF está sendo gestada no Congresso Nacional. Se é verdade que o STF ganhou enorme protagonismo na cena política brasileira, também é verdade que isso ocorreu, em grande parte, por culpa dos próprios atores políticos brasileiros, que ganharam a capacidade estúpida de judicializar uma série de decisões políticas, e a estupidez de descumprir a própria Constituição que eles juram fazer cumprir.

Uma dessas é tentar fazer com que um princípio, uma obrigação constitucional, não seja aplicada através de uma Lei ordinária. Me refiro aqui ao não cumprimento dos mínimos constitucionais de aplicação em Saúde e Educação. A meu ver isso não se aplica esse ano, não porque eles tentam criar um Lei, mas porque o Orçamento a ser aplicado em 2023 foi aprovado em 2022. Sim, ele pode ser mudado, mas aí vem a vontade política para tal, não uma Lei para que não se cumpra a Constituição.

Sobre esse assunto específico já falei, e entendo que o Governo deveria buscar aumentar, ainda esse ano, os investimentos nessas duas áreas críticas, mas não vejo como obrigação para o ano em curso. Já para 2024 é diferente, e qualquer tentativa de não aplicar esses recursos mínimos constitucionais será apenas mais uma traição do partido neoliberal que se vende como esquerda.

Já quanto ao STF sim, medidas precisam ser tomadas para que nossos Magistrados Supremos se ocupem mais com temas realmente relevantes ao país, e menos com temas políticos partidários, títulos de futebol, etc. Temos assuntos sérios a serem resolvidos, e outros que não deveriam chegar a tal instância, porque absolutamente irrelevantes ao país.

A questão crucial é o que será ou não colocado como relevante ao STF? Sim, porque se existem críticas à nossa Suprema Corte, também as temos para o Legislativo e o Executivo, que frequentemente conseguem se posicionar sempre de forma equivocada e anti-povo.





segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Ocidente se autodestrói

Ricardo Nuno Costa é um jornalista português. O texto abaixo mostra claramente que Portugal, tal qual muitas outras sociedades, não é algo homogêneo e tem vozes dissidentes dos discursos oficiais ou de maioria. Constantemente essas vozes se levantam chamando por pontos relevantes e que deveriam ser melhor considerados antes da adesão automática e autodestrutiva ao ocidentalismo imposto pela UE a muitos países europeus.

Todo esse contexto se condensa no texto de Ricardo Nuno abaixo, e se expressa na repressão que os governos de países europeus vêm promovendo contra as opiniões contrárias àquelas que se propagam das elites globalistas/neoliberais que dominam também as relações político-econômicas da própria Europa. Essa repressão começou com o impedimento ao acesso a informações vindas da Rússia e de alguns outros países (muito democrático isso), e agora já chega ao ponto de prender e buscar penalizar cidadãos europeus por apoiarem uma causa humanitária. Com isso não apenas se contradizem com o que afirmam defender, mas também criminalizam a própria essência do que expressam.

Seria muito ruim se fosse apenas na Europa, mas isso vem se multiplicando por outras partes do mundo dominado por outras parcelas dessas elites.

A única coisa que não concordo com o texto de Ricardo Nuno é o fato de que a China ganhará o mundo. Sim, até o momento tudo indica que sim, porque ela está muitíssimo bem assessorada, além de hoje ser a maior e mais importante nação industrial do planeta, e seus assessores serem, eles mesmos, outras importantes nações industriais. E em confrontação com isso o chamado Ocidente insiste nos erros que os trouxeram a esse momento.

Mas o Ocidente pode mudar. Não, ele não irá recuperar todo o terreno, toda a importância, ou toda a influência que já teve, mas pode reduzir os danos, e até mesmo reverter algumas perdas. Só que para isso o Ocidente precisa mudar, precisa começar a negociar e a cumprir os acordos que faz. Só que até agora os ocidentais seguem com a mesma toada impositiva, arrogante e truculenta.

E não é por falta de aviso.

Geopol.pt

Notas de um pessimismo justificado: A Palestina e fim do Ocidente

Por @Ricardo_Nuno

🇵🇸🇮🇱🇨🇳🇪🇺 «A injustiça cometida contra a Palestina, que se arrasta há mais de meio século e carrega a dor de gerações, não pode continuar!», palavras claras e contundentes do ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, ontem ante um  atónito e devastado Josep Borrell, em cuja cara podia-se descortinar o desespero do Ocidente.

Para aqueles que se horrorizam com a ideia de que os «chineses vão dominar o mundo», tenho más notícias. Não vão «dominar», porque esse é um axioma «ocidental», anglo-saxónico e primário. Mas vão ganhar o mundo, porque merecem ganhar o mundo, na realidade já ganharam.

O terror que se está verificando em Gaza neste exacto momento, com apelos directos dos líderes de um Estado étnico de apartheid à eliminação física de um outro povo, culmina décadas de insulto a todos os povos deste planeta. Foi sobre os palestinos que caiu o peso da perfídia ocidental no paradigma geopolítico dos últimos 50 anos. É impossível prever o que da actual situação advirá, mas pelo já visto, pinta muito mal.

Para além do Ocidente decadente, sempre pronto em dobrar as apostas na confrontação, fazendo uso de mentiras em cima de mentiras, nenhum outro país suporta mais a hipocrisia que envolve o drama no Médio Oriente.

Nem a Ásia, nem a América Latina, nem a África, para não mencionar o mundo muçulmano, hoje muito mais jovem e audaz que o ocidental, onde a causa palestiniana é incontroversa. Mais uma vez o Ocidente encontra-se isolado do mundo, mas crê-se centro do Universo.

A China vai ganhar, porque a China distingue ainda o certo do errado, como a maioria das pessoas no nosso planeta. E a sua diplomacia e política externa agem em conformidade. Mas não é só a China que vai ganhar. Todo um novo mundo se está a configurar rapidamente, por isso burocratas como Borrell têm cada vez mais razões para se mostrarem assustados.

Para aqueles que, desesperados com o advento de um mundo multipolar onde a China é a grande ganhadora, e dizem que defenderão Ocidente sob quaisquer condições, porque são ocidentais, estão de novo equivocados. O «Ocidente» é perífrase dos interesses da elite global para juntar as massas desorientadas na defesa de valores para a sua própria perpetuação no poder. Defender isto é ingénuo.

Eu também sou europeu e tenho orgulho na minha Civilização. Mas o que tem de defensável a deriva das nossas sociedades para o relativismo moral, individualismo, materialismo, egoísmo, elitismo? Não se está a defender o Ocidente quando se justifica a injustiça, a mentira e o oportunismo; está-se simplesmente a justificar os valores que empurram o Ocidente para a decadência.

Pior ainda, não se atisba quaisquer sinais de um renascimento civilizacional, sem antes haver uma «grande tribulação», provavelmente num cenário de confronto com povos forâneos que nós mesmos metemos em casa devido outra vez aos nossos interesses geopolíticos.

E entretanto, as nossas elites afundam-nos com cada passo que dão, contra os ventos da História. Infelizmente não há razões para ser optimista, simplesmente desejo estar equivocado.

O caso da Palestina é paradigmático do estado de espírito dos europeus: todos sabemos da tremenda injustiça que ali germinou, mas só poucos querem dar a cara e se associar ao elo fraco daquela relação. Ao invés, não duvidamos em nos juntar ao elo forte, escondendo a aleivosia debaixo do tapete.

Independentemente do desfecho no Médio Oriente, a actual situação é também o prenúncio do que o sistema neoliberal por aqui reinante vai fazer com todos nós: perseguir, cancelar, exterminar, cortar a voz a quem não acrescente nada à voracidade das elites. Ninguém quererá dar a cara por aqueles, preferirá estar do «lado forte», e esconder mais uma vez as tropelias debaixo do tapete.

A seguir nesta senda, o Ocidente desaparecerá na sua inexorável podridão e nas mentiras nas quais se deixou e se deixa enganar pelo aparelho de manipulação maciça da tecnocracia, sabendo que está sendo enganado.

Após culpar dos seus males os chineses (na pandemia), os russos, os muçulmanos, ou inventar qualquer outra escusa para o seu infortúnio, as suas evasivas serão cada vez menos aglutinadoras. Cada vez mais divididos sob os mais abstrusos motivos, os ocidentais serão deixados cada um por si, sem referências, e acabarão inevitavelmente culpando-se uns aos outros pelo seu infortúnio, enfrentando-se entre todos e desaparecendo como Civilização. É o preço a pagar por já não saber o que é certo e errado, nem saber diferenciar o bem do mal.


sábado, 14 de outubro de 2023

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Folga essa semana

Pessoal, folga essa semana. O Blog estará parado essa semana, voltando no sábado apenas.

O Blog também está de luto pela passagem da pessoa que me ajudou no início, me deu algumas dicas, e sugeriu algumas formas de fazer o Blog dos Mercantes.

Que PC Gimarães tenha o descanso merecido. Sua alegria de viver, seu eterno bom-humor fará muita falta nesse mundo maluco.

Obrigado amigo!

sábado, 7 de outubro de 2023

Líder da corrida eleitoral alemã sofre atentado

Os alemães e sua civilização acima da média. Ou não foram os alemães?

Essa é uma pergunta. O fato mesmo está descrito abaixo, e esse não muda, o que podem mudar são motivos e agentes. Sim, porque temos que pensar em muitas hipóteses para uma situação dessas.

Então vamos lá, porque além daquela primeira pergunta, várias outras precisam ser feitas, e nenhuma delas será, por suposto, suficientemente bem respondida. Vamos partir inclusive de uma parte do fato, que é o fato de o veneno não o ter matado.

1- Foi um auto-atentado, numa tentativa de alavancar ainda mais sua posição, buscando um efeito "facada" (não estou dizendo que a facada não ocorreu, mas que ela catapultou ainda mais Bolsonaro à eleição);
2- Foi um aviso de forças opositoras das posições adotadas por Tino Chrupalla?
3- Foi um aviso de forças externas às quais Chrupalla se opõe?
4- Foi um tentativa de forças externas aliadas a Chrupalla para tentar o efeito "facada"?
5- Foi um ataque de um maluco que não soube usar um veneno ou dose mortal?

Claro que respondendo efetivamente a uma dessas perguntas as outras caem por terra, ou seja, deixam de ser relevantes. O problema é que um atentado dessa natureza, num país importante no xadrez geopolítico mundial como é a Alemanha sempre deixará dúvidas.

Sim, porque por mais que as investigações sejam sérias, por mais que o crime seja realmente desvendado, que responsáveis sejam indicados e punidos, sempre haverá a dúvida dos que não acreditarão nas respostas dadas (sim, alguma(s) será dada), e buscará uma explicação nas suas convicções e simpatias políticas. E isso faz parte do jogo.

Mas uma coisa no momento geopolítico atual é incontestável; o mundo hoje passa por disputas muito acirradas, suficientes para que os tão famosos "direitos democráticos" sejam jogados no lixo, que os tão caros "processos democráticos" sejam simplesmente ignorados, e que métodos e processos de cunho autoritário e fascistas sejam desenvolvidos em muitas partes do mundo. Tudo sob a desculpa de "proteger a democracia"

E entendam, eu não considero determinadas ações e discursos democráticos e válidos, e entendo que eles devam ser combatidos e coibidos, mas dentro de regras e processos genuinamente democráticos, não fugindo a esses métodos sob a desculpa de exceção de momento.

Mas é interessante observarmos que a tão "civilizada e democrática" Alemanha passa por processos semelhantes aos que ocorreram no Brasil, Equador, etc.

Se Chrupalla é de extrema direita, centro, ou comunista fanático eu não tenho a menor condição de dizer, porque estamos normalmente limitados ao que a imprensa diz sobre um político, e essa limitação se amplia quando esses valores são muito flexíveis e díspares, a depender em grande parte da cultura que os adota.


ATAQUE AO LÍDER DA AFD FOI COM SERINGA COM VENENO
🇩🇪 O ataque ao líder parlamentar da extrema-direita alemã Tino Chrupalla (muito próximo da Rússia), na terça-feira, foi feito com uma seringa envenenada. Os médicos do hospital de de Ingolstadt, onde o deputado foi internado logo a seguir ao ataque, diagnosticaram uma «injeção intramuscular», de acordo com a carta médica provisória, citada pelo jornal Junge Freiheit, que afirma ter tido acesso ao documento.

Chrupalla entretanto já teve alta do hospital, mas continua a receber tratamento médico. Tanto o Ministério Público da Baviera, que está vinculado a instruções políticas estaduais, e a CSU no poder no estado, minimizam o incidente tido lugar no comício eleitoral da AfD na cidade bávara. As eleições estaduais bávaras terão lugar no próximo domingo, sem que haja grandes expectativas. A CSU deverá ganhar com grande diferença (37%) do segundo partido, Os Eleitores Livres (15%), sócios de governo, dos Verdes (15), seguidos da AfD (14,5%). O SPD, do chanceler Olaf Scholz , surge em quarto lugar com apenas 7% e os liberais do FDP com só 4,5%.

Who wants

Alyona Yarushina pegou uma das várias perfeições criadas pelo Queen nos anos 80, dá uma outra roupagem, dá uma nova vida a um clássico imortal, e o torna ainda mais imortal. Uma interpretação sensacional com uma voz puríssima.

Who Wants To Live Forever!



quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Orçamento americano, o engodo anual da falta de dinheiro

Desde que me lembro, é raro o ano que o congresso americano não precise aprovar verbas extras para que o Estado norte-americano não pare. Quando eles se metem em alguma guerra ou reconstrução (praticamente todos os anos) essa fragilidade do orçamento do Tio San se escancara ainda mais.

Mas essa fragilidade, na verdade, não é deles, mas nossa.

Explico: a solução encontrada por eles, ano após ano de fracasso em cumprir um orçamento gigantesco e absurdamente mal distribuído é a impressão de mais dólares, seja pela impressão pura e simples (um número nos computadores de um banco), ou pela opção mais comum e interessante aos milhões de rentistas que se baseiam em sua dívida pública, ou seja, sua expansão. Essa hipótese só se torna possível porque nós, ou seja, praticamente o mundo inteiro, aceita o dólar como reserva de valor internacional e moeda de trocas comerciais.

É por isso que uma desdolarização da economia mundial é um perigo gigantesco para os norte-americanos. Primeiro porque deixaria de haver uma corrida aos fundos americanos como reserva de valor internacional (ou ao menos isso diminuiria muito), e segundo porque a capacidade deles imprimirem dinheiro e despejarem na economia mundial estaria muito mais restrita.

Mas uma coisa eles não aprendem, e essa coisa é viver com o que produzem, ou seja, sem expoliar outros povos, porque ano após ano eles arrombam o orçamento, e o motivo é sempre o mesmo, financiar uma guerra ou uma reconstrução num país estrangeiro. Algumas vezes esse país é chamado por eles de amigo, como é o caso atual da Ucrânia. 

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Conversa

PARALISAÇÃO DO GOVERNO DOS EUA — O QUE IMPORTA SABER? 🇺🇸 A possibilidade de uma paralisação (ou encerramento) do governo dos Estados Unidos torna-se cada vez mais provável, uma vez que os legisladores continuam a não conseguir chegar a um acordo para prolongar o financiamento para além do prazo no final do mês. Os líderes do Congresso de ambos os partidos esperam conseguir aprovar uma extensão do financiamento a curto prazo para manter as coisas a funcionar e evitar uma paralisação. Mas está longe de ser claro que tal plano venha a ser bem sucedido, no meio de profundas divisões sobre as despesas entre os dois partidos e de desacordos políticos sobre questões como a despesa com a Ucrânia.

terça-feira, 3 de outubro de 2023

Indústria bélica é fundamental

Sim, apesar de eu não gostar dela, apesar de ser totalmente a favor de soluções pacíficas de conflitos, e acima de tudo, do respeito à soberania dos países, e da autodeterminação dos povos, a verdade é que a guerra, as intervenções, e o uso de armas são comuns e recorrentes pela humanidade.

Nesse sentido o texto do Gen. Soares e Silva está muito claro e alinhado com as necessidades do país. Sim, o Brasil precisa voltar a investir no reequipamento de suas Forças Armadas. Mas não apenas isso, o país precisa voltar a investir em sua própria indústria de armamentos, e não só de armamentos leves, mas de armamentos pesados também, assim como precisamos investir pesadamente no maior índice possível de nacionalização dos componentes e na pesquisa bélica.

Então sim, se a ideia é aplicar esse percentual a mais do PIB para desenvolver nossa indústria bélica, nossa autonomia na área, nosso desenvolvimento industrial, esse aumento será muitíssimo bem-vindo.

Mas para aumentar soldos não.