segunda-feira, 27 de novembro de 2023
segunda-feira, 20 de novembro de 2023
Millei venceu na Argentina
quarta-feira, 15 de novembro de 2023
Caixa 2 e fraude nas eleições?
segunda-feira, 13 de novembro de 2023
Lula precisa mais que um recado
O texto de Ruy Castro, veiculado na Folha de São Paulo, é interessante, mas é raso. Sim, raso, mas não o é porque não avisa nada a Lula enquanto relembra absurdos bolsonaristas no poder. Ele o é porque faz uma comparação patética entre um governo horroroso e um desgoverno.
Sim, Lula é o que de pior se poderia esperar a frente da Presidência da República do país, como igualmente o foram alguns dos citados por Ruy Castro em seu texto, e quase todos os que concorriam no último pleito eleitoral. Na verdade, o único que escapa dessa mesmice medíocre e leviana foi aquele pelo qual o autor do texto demonstrou total descaso, como um troféu a falta de empatia que demonstra pelo país e seu povo com esse ato.
E o governo lula não pode ser comparado ao desgoverno bolsonaro, já que existe uma diferença fundamental entre os dois, e esta é justamente a preposição "des". Esta indica negação, e no caso significa a negação de um governo. Sim, apesar de horroroso, terrível, desastroso, Lula ainda tem um governo. Seu governo é, de modo geral, umbilicalmente ligado às mesmas forças que levaram e sustentaram Bolsonaro por 4 anos à frente do país, mas que também tolheram todas as suas tentativas tresloucadas e lunáticas de arrebatar o poder aprofundando o projeto de destruição de Estado. Isso porque essas forças sabem que é necessário um Estado, mesmo que este exista apenas para possibilitar o fortalecimento e a concentração de poder nas mãos dessas forças.
Já Lula não conduz um desgoverno, ao contrário, ele conduz (ou é apenas o líder aparente) de um governo. E esse governo está absolutamente alinhado com as ideias, interesses e objetivos das mesmas forças que levaram Bolsonaro, e agora ele, Lula, à frente da administração pública do país. Seu objetivo, de forma alguma é um golpe autocrático, mas um golpe plutocrático, que leve cada vez mais à concentração de poder nas mãos dessa pequena elite endinheirada do país. Lula sabe que é necessária a existência de um Estado que minimamente garanta a execução desse projeto concentrador de poder e riqueza, e Lula está absolutamente alinhado com isso.
Mas ainda que tenha pretensões políticas para seu partido, ele sabe também que, por melhor que sejam a propaganda e os ataques políticos a seus opositores, não há poder político-partidário que se mantenha sem um mínimo de retorno à sociedade como um todo. Daí surgem os pequenos atritos entre a plutocracia e o líder do governo, e que são tratadas e respondidas através da imprensa ou de figuras absolutamente alinhadas e que estão no âmago do próprio governo, todas em Ministérios importantíssimos, como Fazenda, Planejamento, Indústria e Comércio, ou órgãos de apoio, como Bacen e BNDES.
E apesar de as ideias de Ciro Gomes serem excelentes, e terem todas grandes possibilidades de darem certo e catapultarem o país a um novo e longo ciclo de crescimento e desenvolvimento, suas ideias políticas são de aplicação quase impossível. Dentre os 594 legisladores que temos, talvez uns 5 ou 6 tenham a grandeza de um estadista, enquanto a grande maioria está comprometida com a própria carreira política e seus núcleos de base restritos. Mas nenhum deles é burro, e seja para a próxima eleição, ou para daqui a 10 anos, nenhum deles quer mudar o regime que lhes dá poder, seja agora, seja daqui 10 anos.
Sim, a Constituição de 88 foi ótima em projetar um estado de bem-estar social nunca implementado (iniciou-se muito timidamente na primeiro período petista no governo), mas foi politicamente estúpida ao concentrar poderes excessivos no Judiciário, e principalmente num Congresso. O Judiciário, bem ou mal, ainda pode ser controlado pelo Congresso, mas ninguém controla o Congresso, nem o povo, porque os mecanismos que o povo teria para fazê-lo (referendos e plebiscitos) são de uso exclusivo da Casa, e o voto quadrienal já se mostrou absolutamente insuficiente para isso.
O Brasil precisa rever sua Constituição com seriedade, mas nesse momento não há interesse por parte de quem a controla, nem o momento é propício a uma mudança, já que uma constituinte nesse momento tenderia apenas a agravar as distorções que já são claras na atual C-88, e ainda minar as conquistas que essa apresentou.
Lula precisa de mais que um recado, ele precisa é ter a coragem de se cercar de gente séria e enfrentar os problemas que se lhe apresentam, coisa que ele não faz, e como eu coloquei acima, são muitos e gravíssimos, porque desviam o eixo da política e colocam as decisões nas mãos dos que não têm responsabilidades por suas execuções. Ele precisa deixar de ser um líder aparente e se tornar um líder de fato.
Mas ele não o fará.
domingo, 12 de novembro de 2023
Superterras encontradas
O homem segue em sua busca por corpos celestes extrassolares que possam abrigar vida. Isso explica a grande quantidade de exoplanetas encontrados nos últimos anos, todos em nossa "vizinhança" galática.
Dois são os motivos principais que levam os cientistas a essa busca. O primeiro é saber se o universo é realmente capaz de gerar vida em outros corpos celestes, ou se nosso caso é realmente único e/ou muito raro.
O segundo motivo, e esse é bem mais difícil de ser aplicado, é ter uma rota de fuga para a humanidade no caso de uma catástrofe em nosso planeta, algo que pudesse levar a humanidade a extinção. Sim a ideia é ter um lugar para onde fugir, caso nosso planetinha azul deixe, por qualquer motivo, de ter as condições necessárias para abrigar a vida humana. Esse caso é bem mais complicado, até porque estamos longe de ter as condições técnicas necessárias para uma viagem desse tipo.
Mas devagar se chega ao longe, talvez longe como um outro planeta. Claro, nenhum de nós deverá ver algo assim, mas quem sabe futuras e longínquas gerações o vejam.
Mais sobre exoplanetas no link do título abaixo.
Telescópio que busca exoplanetas encontrou 8 Super-Terras e um pode ter bioassinatura
Super-Terras são exoplanetas que são mais massivos e maiores do que o nosso planeta mas são menores do que planetas gigantes como Júpiter e Saturno. A pergunta que fica é: será que uma Super-Terra pode ser a tão esperada Terra 2.0?
Uma das maiores buscas da Astronomia é pela Terra 2.0. A Terra 2.0 seria um exoplaneta com características muito semelhantes do nosso desde a composição, atmosfera e até o tamanho. Porém planetas menores são mais complicadores de serem encontrados que os maiores.
Esse é um dos motivos que os exoplanetas encontrados geralmente são gigantes gasosos como Júpiter e Saturno. Exoplanetas do tamanho da Terra, ou até menores como Marte, são encontrados em uma frequência menor justamente pelas técnicas serem melhores para objetos maiores.