Pessoal, mais um conflito eclode no mundo. Na verdade, o conflito não é atual, mas reacendeu devido algumas circunstâncias históricas entre os contendores. Camboja e Tailândia têm uma fronteira de cerca de 800 km e parte dela está em disputa há décadas. O motivo é que ela foi demarcada por França e Reino Unido durante a ocupação Ocidental do Séc. XX na área, e que difere das fronteiras tradicionais. Desde a emancipação dos países há a contestação, e o conflito armado já ocorreu algumas vezes sem que haja solução. A última grande escalada foi entre 2008 e 2011, e a região estava calma desde então. Uma solução arbitrada pela Comissão Internacional de Justiça da ONU parecia ter pacificado a situação, mas ela voltou a esquentar em maio, quando um soldado cambojano morreu durante uma troca de tiros noturna, e a explodir na última semana com acusações mútuas de ataques injustificados a civis e instalações civis.
Desde de que voltou a explodir os combates se intensificaram bastante, e se espalharam por quase toda a fronteira, com uso de tropas, aviões de combate, lançadores de mísseis, artilharia, etc. Além disso os combates já contabilizam mais de 30 mortos e dezenas de feridos, além de mais de 170.000 pessoas deslocadas de seus lares devido ao óbvio risco de se estar em uma zona de conflito armado.
O Conselho de Segurança da ONU já se reuniu e o Camboja solicitou um cessar-fogo incondicional, negado pela Tailândia, que pede ao Camboja que pare de violar a fronteira. Mas ao menos se iniciam conversas que podem levar a negociações tendo a Malásia como mediadora. Lembrando que todos esses países fazem parte da ASEAN, organização que terá uma reunião no final do ano, e que o Presidente Lula foi convidado a participar, justamente pela Malásia, que também é membro dos BRICS.
Mais que apenas fronteira, estão em jogo ali interesses externos, internos, rotas comerciais, além do controle de um templo religioso que é importante na construção cultural de ambos os países. O problema é que o único interesse econômico que floresce com guerra é o ligado à própria guerra.
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