sexta-feira, 27 de julho de 2012

Privatizações! Onde deu certo?

Não sou usuário frequente dos serviços das Barcas S/A, mas utilizei-os no ano passado e início desse ano, quando a embarcação em que estava embarcado fazia obras em Niterói. Confesso que não cheguei a notar os atrasos e problemas de segurança citados no texto do Severino Almeida (abaixo).

Mas vejam bem, isso não significa que os problemas não sejam reais. Eu utilizei os serviços em horários alternativos e nos finais de semana, nunca em horários de pico. Além disso, tenho um amigo que mora em Paquetá, e reclama sempre dos serviços, principalmente quanto a horários e qualidade das embarcações utilizadas. Eu mesmo, quando frequentava Paquetá assiduamente, cheguei a sofrer com tais problemas.

Mas seria bom que tais problemas se restringissem ao serviço de Barcas no estado do Rio de Janeiro, mas não. Moro em uma cidade pequena, chamada Vassouras, e tinha um pacote OI Conta Total, que, em tese, me daria acesso ao telefone fixo, a dois móveis e internet Velox a um preço fixo. Bem, passei 6 meses com telefonemas de celular caindo, com um telefone fixo com excesso de ruídos frequentes e muitas vezes sem sinal, e uma internet que me deixava dias sem acesso, além de extremamente lenta.

Claro que as reclamações e pedidos de reparos foram muitas, inclusive à ANATEL, e a solução encontrada no final foi: cortem a internet dele, mas claro o custo do serviço continua o mesmo. Não se cogitou em fazer o prometido quando privatizaram NOSSOS serviços: investimentos para a melhoria de qualidade dos mesmos. Depois que cancelei o serviço completamente, a OI veio me oferecer o retorno do mesmo.

Como o artigo abaixo mostra, as concessionárias ganham muito dinheiro com estruturas e redes que já existiam à época das privatizações, e os poucos investimentos feitos foram em sua imensa maioria na manutenção dessas estruturas. Raros são os casos em que foram feitos investimentos em ampliação ou melhorias.

Enquanto isso os aumentos de demanda não param, e, claro, os aumentos dos preços dos serviços também não param. E sem concorrência – porque muitas vezes não há concorrência para os serviços – as empresas concessionárias costumam fazer o que querem, sem o mínimo respeito aos consumidores.

O que se pede para os usuários das Barcas no artigo abaixo é o que eu, os usuários das Barcas, das estradas, de eletricidade, e de todos os outros serviços que foram privatizados queremos, é que sejam serviços de qualidade, e por um preço justo, porque pagamos muito caro por serviços que foram implantados com o dinheiro de nossos impostos e que na maioria das vezes são absurdamente ruins.


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