sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Potencial de crescimento maior para a cabotagem


Deu no "Guia Marítimo": "Breakbulk é opção para desenvolvimento da cabotagem".

Em um país que teve sua vocação marítima negligenciada por muitos anos, tendo como desculpa uma suposta “modernidade”, certamente que não é fácil retomar às rotas e portos que foram deixados um dia. Mas mesmo assim essa retomada tem ocorrido.

O Brasil vem apresentando um crescimento consistente e há muito esperado em sua cabotagem. É certo que tal espera não se deu por parte da sociedade em geral, que mal sabe que o setor marítimo existe, mas por aqueles que conhecem o setor e vêem as carências e necessidades do país como um todo.

Mas a possibilidade de crescimento é maior do que a explorada até o momento. A frota brasileira sempre se caracterizou pela carga geral e granéis, tendo poucas, ou em alguns casos, nenhuma embarcação especializada.

É conhecido de todos que os esforços de hoje são voltados pra a exploração do petróleo, notadamente o pré-sal. Mas nosso petróleo não é eterno, e as necessidades do país não se resumem a explorá-lo.

Deveríamos explorar mais nossas potencialidades, entrar e competir em mercados que não nos são tradicionais, naqueles em que há necessidade de um melhor domínio da técnica e da tecnologia.

Oportunidades não nos faltam!

A matéria na íntegra:

Breakbulk é opção para desenvolvimento da cabotagem

Para especialista, é preciso priorizar setor

Cabotagem e desenvolvimento do setor de breakbulk e cargas de projeto andam juntos nos discursos de autoridades e empresários, já que a navegação interna vem se desenvolvendo no País influenciada, especialmente, pela forte demanda para carga geral e cargas de projeto em diversas regiões do Brasil, principalmente Norte e Nordeste.
De acordo Washington de Barros, presidente da BBC Brasil, essa tendência se explica pela demanda: “A evolução do comércio está atrelada ao desenvolvimento de diferentes tipos de transporte, pois o incremento dos negócios originou a busca por novos meios de transporte, isto é, o aquaviário”, afirma.
Segundo Barros, o meio aquaviário brasileiro tem acompanhado as evoluções que ocorreram no transporte internacional, pois estão sendo construídos navios cargueiros cada vez maiores, mas falta priorizar o setor: “Em virtude de grandes projetos, tais como hidrelétricas, termelétricas , projetos de óleo e gás, off shore, expansões de fábricas principalmente no Norte e Nordeste  do País e refinarias, a demanda será muito grande para os próximos anos e, atualmente, no Brasil,  não existe armador que tenha navio especializado e, sim, na maioria, navios graneleiros e conteineiros”, diz.
Ísis Evangelista, que atua na área de desenvolvimento de negócios em cargas de projeto na Deugro Brasil, fala da condição inadequada nas estradas e nos portos e comenta que, apesar da grande demanda no setor de breakbulk e cargas de projeto, ainda não há infraestrutura capaz de atender ao que o cenário já apresenta: “Temos uma grande demanda que pode ser transportada por cabotagem, mas falta infraestrutura, logística e regularidade neste meio de navegação. Sem falar nos problemas de atracação”, explica.  A executiva acredita que o setor ainda tem muito a avançar, pois o Brasil ainda não possui berços para atender as cargas de projeto, o que causa congestionamentos.


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