Edson Santos, presidente da
Frente Parlamentar da Indústria Marítima, está lutando para que o Brasil ao
menos diminua o déficit de US$ 20 bi anual, que temos em nossas contas externas,
e são gerados pelo pagamento de fretes a navios estrangeiros. Para isso
pretende reativar uma frota de Longo Curso, criando empresas que operem esses
navios, e condições para que as mesmas possam competir nesse mercado
complicado.
Isso é algo que o Blog dos
Mercantes vem defendendo há algum tempo, e vem mostrando várias vantagens em se
operar uma frota própria, além dessas que estão elencadas abaixo, na reportagem
do Monitor Mercantil.
Mas ainda que na reportagem
abaixo se tenha dito que nossa frota de Cabotagem é expressiva, gostaríamos de
mais uma vez lembrar que, embora a Petrobrás/Transpetro tenha encomendado uma
série de navios no Promef, e que os esteja recebendo, mesmo que com atraso, as
duas empresas têm ressuscitado, nos últimos tempos, seu programa de afretamento
de navios, o que também contribui no déficit na balança comercial.
Um segundo ponto é que a
reportagem indica que o déficit seria somente em fretes internacionais, mas
isso não nos pareceu tão claro, portanto iremos pesquisar e tentar dividir o
déficit causado por afretamentos na Cabotagem e no Longo Curso. Assim que e se
tenhamos a informação, postaremos aqui no Blog dos Mercantes.
Outro ponto importante é que já
existe um projeto para reativação de uma frota de Longo Curso com a Presidente
Dilma, o que seria ótimo não só para esse setor específico da economia, mas
para a nação como um todo. Pedimos que a Presidente olhe com muito carinho para
essa possibilidade, pois seguramente necessitamos de seu apoio para que
voltemos a ver nossa bandeira tremulando pelos portos do mundo.
Frente Parlamentar quer cortar
déficit de fretes
Por Sergio Barreto Motta
O deputado Edson Santos (PT-RJ),
presidente da Frente Parlamentar da Indústria Marítima, afirma que os
estaleiros vivem bom momento e que precisam consolidar sua posição. Diz que sua
grande preocupação – e dos deputados e senadores que compõem a frente – é com a
navegação. “O Brasil jamais será uma nação independente e soberana sem ter sua
própria marinha mercante. No momento, a frota brasileira na cabotagem é
expressiva, mas o país não conta sequer com um navio para levar sua exportação
e trazer sua importação.” Segundo Santos, isso é uma carência não apenas
política como econômica. Na parte político-estratégica, é inadmissível se ter
de usar 100% de navios estrangeiros nas rotas externas e, na parte econômica,
isso gera um déficit de fretes estimado em US$ 20 bilhões anuais.
“Não podemos aceitar passivamente
esse rombo nas contas externas”, frisa. Lembra Santos que a União Européia
estuda se a ação dos gigantes internacionais Maersk, MSC e CMA CGM constitui um
cartel de fretes, que poderia prejudicar países europeus. Além disso, os grupos
CSAV e Hapag-Lloyd anunciam criação de consórcio. Para o deputado, se a
poderosa União Européia estuda efeitos nefastos para seu comércio exterior com
possível formação de cartel, o Brasil deveria seguir essa linha e analisar a
questão. Além disso, lembrou que a presidente Dilma recebeu estudos sobre a criação
de uma ou mais empresas brasileiras de porta-contêineres para atuar nas rotas
externas, e que não se pretende dar subsídios, mas desonerar tais companhias de
certos ônus, permitir que compitam nos mares de todo o planeta. Essa tese é do
empresário Washington Barbeito e foi levada a Dilma Rousseff pelo presidente do
Sindicato da Construção Naval (Sinaval), Ariovaldo Rocha.
– Vou lutar por esse projeto junto à
presidente Dilma – declarou o deputado.
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