terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Blog dos Mercantes: Deputado quer diminuir déficit nos fretes

Edson Santos, presidente da Frente Parlamentar da Indústria Marítima, está lutando para que o Brasil ao menos diminua o déficit de US$ 20 bi anual, que temos em nossas contas externas, e são gerados pelo pagamento de fretes a navios estrangeiros. Para isso pretende reativar uma frota de Longo Curso, criando empresas que operem esses navios, e condições para que as mesmas possam competir nesse mercado complicado.

Isso é algo que o Blog dos Mercantes vem defendendo há algum tempo, e vem mostrando várias vantagens em se operar uma frota própria, além dessas que estão elencadas abaixo, na reportagem do Monitor Mercantil.

Mas ainda que na reportagem abaixo se tenha dito que nossa frota de Cabotagem é expressiva, gostaríamos de mais uma vez lembrar que, embora a Petrobrás/Transpetro tenha encomendado uma série de navios no Promef, e que os esteja recebendo, mesmo que com atraso, as duas empresas têm ressuscitado, nos últimos tempos, seu programa de afretamento de navios, o que também contribui no déficit na balança comercial.

Um segundo ponto é que a reportagem indica que o déficit seria somente em fretes internacionais, mas isso não nos pareceu tão claro, portanto iremos pesquisar e tentar dividir o déficit causado por afretamentos na Cabotagem e no Longo Curso. Assim que e se tenhamos a informação, postaremos aqui no Blog dos Mercantes.

Outro ponto importante é que já existe um projeto para reativação de uma frota de Longo Curso com a Presidente Dilma, o que seria ótimo não só para esse setor específico da economia, mas para a nação como um todo. Pedimos que a Presidente olhe com muito carinho para essa possibilidade, pois seguramente necessitamos de seu apoio para que voltemos a ver nossa bandeira tremulando pelos portos do mundo.


Frente Parlamentar quer cortar déficit de fretes

Por Sergio Barreto Motta

O deputado Edson Santos (PT-RJ), presidente da Frente Parlamentar da Indústria Marítima, afirma que os estaleiros vivem bom momento e que precisam consolidar sua posição. Diz que sua grande preocupação – e dos deputados e senadores que compõem a frente – é com a navegação. “O Brasil jamais será uma nação independente e soberana sem ter sua própria marinha mercante. No momento, a frota brasileira na cabotagem é expressiva, mas o país não conta sequer com um navio para levar sua exportação e trazer sua importação.” Segundo Santos, isso é uma carência não apenas política como econômica. Na parte político-estratégica, é inadmissível se ter de usar 100% de navios estrangeiros nas rotas externas e, na parte econômica, isso gera um déficit de fretes estimado em US$ 20 bilhões anuais.

“Não podemos aceitar passivamente esse rombo nas contas externas”, frisa. Lembra Santos que a União Européia estuda se a ação dos gigantes internacionais Maersk, MSC e CMA CGM constitui um cartel de fretes, que poderia prejudicar países europeus. Além disso, os grupos CSAV e Hapag-Lloyd anunciam criação de consórcio. Para o deputado, se a poderosa União Européia estuda efeitos nefastos para seu comércio exterior com possível formação de cartel, o Brasil deveria seguir essa linha e analisar a questão. Além disso, lembrou que a presidente Dilma recebeu estudos sobre a criação de uma ou mais empresas brasileiras de porta-contêineres para atuar nas rotas externas, e que não se pretende dar subsídios, mas desonerar tais companhias de certos ônus, permitir que compitam nos mares de todo o planeta. Essa tese é do empresário Washington Barbeito e foi levada a Dilma Rousseff pelo presidente do Sindicato da Construção Naval (Sinaval), Ariovaldo Rocha.

– Vou lutar por esse projeto junto à presidente Dilma – declarou o deputado.


Nenhum comentário:

Postar um comentário