Mais Caetano Veloso. Como dissemos esse grande compositor da música brasileira vinha sendo muito pouco explorado pelo Blog dos Mercantes, e uma de nossas intenções é rever essa e outras "injustiças". Assim hoje voltamos com Caetano e seu "Reconvexo".
B
sábado, 29 de março de 2014
quinta-feira, 27 de março de 2014
Blog dos Mercantes: Cabotagem segue crescendo
E a Cabotagem continua com um
viés de crescimento no país, muito acima de outros setores. Como mostra o texto
do Jornal do Commercio abaixo, são vários os fatores que levam a esse
desenvolvimento acelerado e robusto de nosso comércio marítimo costeiro. Alguns
são devido a necessidades do próprio mercado brasileiro, que está amadurecendo
e começando a buscar melhores opções para a composição de seus custos e
planejamento de sua produção. Outros fatores são simplesmente resultados
inesperados de investimentos em outros setores.
Mas existe um fato que não está
relatado abaixo, e é o incentivo que foi dado ao setor, principalmente no primeiro
governo Lula. A reativação de estaleiros e as políticas para melhorias nos
portos, iniciadas nesse governo, são certamente insuficientes para que esse
subsetor da Marinha Mercante desenvolva todo o potencial latente que tem, mas
fizeram com que desse um bom empurrão inicial, até pela euforia que atingiu o
setor no começo desse processo.
Mas precisamos de mais.
Precisamos atacar uma série de entraves que ainda dificultam o crescimento, não
só da Cabotagem, mas da Marinha Mercante como um todo. Tarifas mais altas para
os combustíveis, que as praticadas em outros modais de transporte; problemas
burocráticos; alfandegários, etc., estão ainda presentes e podem e devem ser
resolvidos para que a Marinha Mercante brasileira atinja o tamanho e extensão,
para que possa definitivamente posicionar o país como “player” nesse setor
econômico, e para que ela ajude a alavancar outros setores da economia
nacional.
Com boa vontade política todos
ganham; principalmente o país.
terça-feira, 25 de março de 2014
Blog dos Mercantes comenta problemas na Petrobrás
E esses problemas são sérios.
Além do prejuízo que chega próximo à casa do bilhão de dólares, ainda tem o
envolvimento direto da presidente Dilma Roussef, que na época do negócio era
membro do conselho administrativo da empresa petrolífera, e votou em favor da
compra da refinaria localizada em território dos EUA.
É mais do que óbvio que o fato
ocorrido ainda no governo Lula, está sendo explorado politicamente pelos
opositores do atual governo. Primeiro porque nossa atual presidente participou
diretamente do erro estratégico cometido pela empresa, e que gerou um prejuízo
absurdo. Nada mais natural num caso
desses.
Mas segundo, e talvez mais sério,
porque tentarão criar um clima de conspiração e corrupção em torno do episódio.
O problema é que não podemos assumir uma situação de corrupção, sem que haja
primeiro uma investigação séria, e que os fatos sejam devidamente apurados.
Quanto à conspiração, podemos
dizer que ela aparece de forma sutil, já que houve reconhecimento por parte de
diretores da própria estatal brasileira, que os relatórios distribuídos para os
membros do conselho administrativo, eram tendenciosos, pois buscavam levar o
Conselho a aprovar o negócio em questão.
Antes de tudo devemos dizer que
não faz muito sentido a desculpa de que os membros do conselho deveriam ter
lido os relatórios completos. Isso seria aplicável caso não tivessem sido feitos os
relatórios resumidos, e que omitiam informações importantes. Se os membros
tinham que ler os relatórios completos, os resumidos não fazem sentido em
existir, ainda mais viciados como estavam.
Mas o pior nessa história toda é
o erro absurdo de análise e estudo, que levou governo e empresa a acreditar que
um prejuízo de quase US$ 1 bi fosse um bom negócio. Um erro desses merece sim
investigações profundas e sérias, algo já cobrado nesse mesmo post, e que
indiquem os culpados pela mesma.
Atentem para o fato de que não
estamos defendendo a presidente, e muito menos a decisão de efetivação do
negócio na época, mas sim apontando uma série de fatos que, a princípio,
tratamos como erros. Mas tendo sido erros ou não, as responsabilidades tem que
ser apontadas com exatidão, e que dessa vez os culpados sejam devidamente
punidos, se necessário com o ressarcimento à empresa dos valores perdidos na
operação. Isso não é algo que acontece por fatores externos e fora do controle
dos agentes da ação, como problemas meteorológicos ou climáticos. Tal fato é
única e exclusivamente resultado de ações equivocadas das pessoas envolvidas no
negócio.
É passada a hora de a Justiça
brasileira passar a prestar mais atenção em fazer valer leis e aplicar a
justiça, e deixar de prender-se tanto a detalhes processuais, tantas vezes
usados intencionalmente para garantir a impunidade no país.
Abaixo trecho da reportagem na Folha de São Paulo. Para quem
quiser ler a reportagem completa é só clicar aqui. http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/03/1428091-executivos-rebatem-versao-de-dilma-sobre-a-petrobras.shtml
Executivos rebatem versão de Dilma sobre a Petrobras
VALDO CRUZ
NATUZA NERY
ANDRÉIA SADI
DE BRASÍLIA
SAMANTHA LIMA
DO RIO
NATUZA NERY
ANDRÉIA SADI
DE BRASÍLIA
SAMANTHA LIMA
DO RIO
20/03/2014 03h17
A presidente Dilma
Rousseff e todos os demais membros do Conselho de Administração da Petrobras
tinham à sua disposição o processo completo da proposta de compra da refinaria
em Pasadena (EUA), segundo dois executivos da estatal ouvidos pela Folha.
Na documentação
integral constavam, segundo os relatos, cláusulas do contrato que a petista diz
que, se fossem conhecidas à época, "seguramente não seriam aprovadas pelo
conselho" da estatal.
Reportagem do jornal
"O Estado de S. Paulo" trouxe ontem a informação de que Dilma, na
época presidente do Conselho de Administração da Petrobras, votou a favor da
compra de 50% da refinaria em 2006, pelo valor total de US$ 360 milhões.
Em resposta ao
jornal, ela justificou que só apoiou a medida porque recebeu "informações
incompletas" de um parecer "técnica e juridicamente falho".
O episódio gerou
mal-estar na Petrobras, tensão no Executivo e corrida no Congresso para a
aprovação de uma CPI em pleno ano eleitoral para investigar o caso.
A compra da refinaria
é investigada pelo Tribunal de Contas da União, Ministério Público do Rio e
pela Polícia Federal. A principal polêmica é o preço do negócio: o valor que a
Petrobras pagou em 2006 à Astra Oil para a compra de 50% da refinaria é oito
vezes maior do que a empresa belga havia pago, no ano anterior, pela unidade
inteira.
Além disso, a
Petrobras ainda teve de gastar mais US$ 820,5 milhões no negócio, pois foi
obrigada a comprar os outros 50% da refinaria. Isso porque a estatal e a Astra
Oil se desentenderam e entraram em litígio. Havia uma cláusula no contrato,
chamada de "Put Option", estabelecendo que, em caso de desacordo
entre sócios, um deveria comprar a parte do outro.
sábado, 22 de março de 2014
Blog dos Mercantes e a Boa Música - Counting Crows - Mr. Jones
A banda norte-americana de Rock Alternativo, Counting Crows, estourou no início dos anos 90, e emplacou alguns sucessos. Até hoje já vendeu mais de 20 milhões de discos. Além de "Accidentally In Love", sucesso da trilha sonora da animação Shrek 2, a banda teve um segundo sucesso mundial, e vários regionais.
O outro sucesso mundial de que falamos é Mr. Jones, escolhida para fazer parte de nosso Blog dos Mercantes no momento.
Divirtam-se.
Divirtam-se.
sexta-feira, 21 de março de 2014
Blog dos Mercantes faz pequena homenagem a Bellini
O ex-zagueiro Bellini faleceu ontem aos 83 anos. O Blog dos Mercantes se une ao luto do mundo esportivo, e presta pequena homenagem ao capitão do primeiro título mundial do Brasil, e que eternizou o gesto de levantar a taça. Descanse em paz Bellini, e que seus entes queridos possam achar força para enfrentar sua perda nos sentimentos de milhões de fãs por todo o mundo.
quinta-feira, 20 de março de 2014
Blog dos Mercantes e a ameaça cibernética
Tripulantes no passadiço: serão substituídos por máquinas?
Foto da internet
Essa talvez não seja uma situação
que venha a ameaçar as atuais tripulações dos navios mercantes ao redor do
mundo, mas certamente o fará no futuro: navios totalmente automatizados e sem a
presença de tripulantes a bordo.
E isso porque a tecnologia ainda
não está pronta, mas sim em desenvolvimento, com previsão mínima para pô-la em
prática de 10 anos. Com os eventuais atrasos, podemos prever um período maior
para que a mesma esteja pronta para uso.
Outro fator que provavelmente irá
dificultar sua implantação, é que até hoje não temos equipamentos
suficientemente seguros para detecção de determinadas embarcações, como
pequenos pesqueiros e embarcações de lazer, principalmente quando construídos
em madeira. Oficiais de Náutica sabem dos problemas em enxerga-los, e
detecta-los em condições de mar e tempo que não sejam próximos à calmaria. Em
tempestades isso se torna muito difícil.
E chegamos provavelmente àquilo
que mais ajudará a adiar a utilização de tal tecnologia, que é o custo que a
mesma terá. Assim, provavelmente as empresas optarão por um período de
transição, em que poderemos ter mais uma redução nas tripulações.
Além disso, qualquer que seja a
tecnologia, ela está sujeita a falhas, e aí somente a intervenção humana para
evitar desastres e os problemas advindos dos mesmos.
Bom, tudo isso não passa de um
exercício de futurologia, e como tal não pode ser levado em conta, a não ser
como uma das infinitas variáveis que podem compor nosso futuro.
Mas isso não significa que não
devamos pensar nisso, pois desde que este blogueiro iniciou sua jornada na
Marinha Mercante, mais do que reduzir nossos salários, os armadores buscam se
livrar de seus tripulantes. Assim é que já presenciei duas reduções de
tripulações, muitas vezes em embarcações que não oferecem tecnologia para tal,
o que acarretou sobrecarga de trabalho aos tripulantes que permaneceram a
bordo.
E a melhor maneira de evitarmos
isso é coletivamente, pois se como indivíduos somos preza fácil, como grupo
unido e organizado temos sim condições de nos opormos a tais anseios e manobras
com objetivo de prejudicar-nos.
Assim é que a sindicalização e a
mobilização no apoio ao sindicato e suas ações, participando com ideias e
informações úteis, são armas mais do que necessárias para ajudar a mantermos
nossos empregos e condições salariais e sociais a bordo.
Porque o contrário só interessa a
um lado da balança, e esse lado é formado pelos marítimos.
Sem tripulação
Por Sergio Barreto Motta
Enquanto no Brasil armadores afirmam
que poderá vir um apagão, por falta de marítimos – e os oficiais de marinha
mercante respondem que a formação de pessoal está subindo intensamente e a
frota nacional não acompanhou essa tendência – na Europa a discussão é
diferente. O jornal Financial Times publicou a informação de que a Rolls-Royce
tem estudos para lançar, em dez anos, embarcações comandadas por drones, ou
seja, sem tripulação humana.
O responsável pelas pesquisas, Oskar
Levander, cita que a continuidade do estudo dependerá de sinal verde dos
países, pois de nada adiantará se investir se as nações não aceitarem a
novidade. O jornal lembra que dificilmente os Estados Unidos aprovarão essa
operação em suas costas, pois a política norte-americana, garantida pelo John’s
Act, exige não apenas marítimos à frente dos barcos, mas marítimos
norte-americanos, em barcos nacionais e pertencentes a americanos natos.
Mesmo
assim, a Comissão Européia criou a Munin, que vem a ser Maritime Unmanned
Navigation Through Intelligente in Networks, ou seja, Navegação Marítima não
Tripulada através de Inteligência pela Rede.
quarta-feira, 19 de março de 2014
Dica Cultural – Histórias de um Pelego; vale a leitura
A dica cultural de hoje
tem tudo a ver com Marinha Mercante. Na verdade é parte da história do setor, e
ajudou a moldá-la no que é hoje.
Falamos de “Memórias de
um pelego”, um livro desconcertante a começar pelo título. E vale a leitura
pela franqueza com que o autor, o comandante da Marinha Mercante Rômulo
Augustus Pereira de Souza, fala do mundo sindical e também de sua trajetória
profissional, com histórias saborosas. O relançamento contou com o apoio do
Sindmar - Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante, que busca com
essa iniciativa resgatar e preservar o passado sindical da categoria.
E o livro se encaixa
perfeitamente nessa ideia, pois resgata a história do antigo Sindináutica,
desde sua fundação até meados da década de noventa, quando nossa Marinha
Mercante viu dias negros e o sindicalismo do setor também.
E se o livro é baseado no
Sindináutica, não quer dizer que não apareçam outros sindicatos do setor, e
mesmo de setores coligados, já que os “Nautas” jamais atuaram sós, e sempre
tiveram contatos e ações conjuntas com outros sindicatos.
Como disse no título
desse post, o livro é bom, prende a atenção do leitor, e vale a leitura; de
cada palavra...
terça-feira, 18 de março de 2014
Brasil começa a investir em pesquisas oceânicas
Sempre relegado a segundo plano,
nosso mar começa a despertar interesse de nossas universidades, no sentido de
pesquisar seus recursos e sua biodiversidade.
Sim, é isso mesmo. Se a Amazônia
é uma fronteira relativamente fácil de ser explorada, e comprovadamente rica em
biodiversidade e minerais, o mar territorial e nossa área de exploração
econômica exclusiva nos dão enormes possibilidades de recursos, além do
petróleo, mas ainda é uma região relativamente pouco conhecida. Na verdade a
maior parte do conhecimento se deve a pesquisas estrangeiras – como as de
Jacques Cousteau – que obviamente retêm parte das descobertas e conhecimentos
para seus próprios países e empresas patrocinadoras.
Tudo bem que a construção,
manutenção e operação de uma frota de pesquisas não são baratas, e num país que
se acostumou a receber informações e tecnologia prontas de outros países, e
utilizá-las de acordo com o “manual de instruções”, que vem junto com o
conhecimento, a busca por produzir o conhecimento é algo que não se acostumou a
ser encarado como investimento, mas sim em prejuízo.
Menos mal que tal visão está
mudando, e aos poucos começamos nós mesmos a explorar, conhecer e dominar nosso
próprio país.
Que essa pequena frota possa ser
acompanhada não apenas de mais barcos de pesquisa, mas também de navios de
cruzeiro, e outros que nos permitam exercer plenamente nossa soberania
marítima.
Inace
construirá cinco navios oceanográficos
Depois de
construir seu primeiro navio para pesquisas oceanográficas, no início do ano
passado, a Indústria Naval do Ceará (Inace) começará a desenvolver projetos
para a concepção de mais cinco embarcações do tipo, sendo uma para a Universidade
Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e as outras para a Universidade Federal do
Rio Grande (Furg), no Sul do País.
O mercado
para navios oceanográficos no Brasil é promissor. Conforme a diretora da Inace,
Flávia de Barros, "como as pesquisas estão crescendo, a demanda pelos
equipamentos vai aumentar" fotos: divulgação
De acordo
com a diretora industrial da Inace, Flávia de Barros, os equipamentos estão em
processo de encomenda, restando assinaturas de contrato com as duas
instituições de ensino superior para que os projetos comecem a ser
desenvolvidos.
"Para
construir a embarcação para a Uerj, participamos de um pregão. Já em relação à
Furg, concorremos a um processo licitatório e vencemos", explica.
Prazo
Ela
informa que, a partir do momento em que receber oficialmente as encomendas das
universidades, a Inace terá 16 meses para construir o navio da Uerj e 36 meses
para entregar os equipamentos solicitados pela Furg, que já sinalizou o
interesse em outras embarcações.
Além dos
navios oceanográficos, a Indústria Naval do Ceará já está construindo outras
duas embarcações que serão utilizadas em plataformas petrolíferas da Bacia de
Campos
"Prezamos
muito pela inovação. Acredito que a credibilidade de universidades brasileiras
na Inace está ligada, principalmente, ao nosso pioneirismo. No ano passado,
construímos um navio para a Universidade de São Paulo (USP), que hoje opera na
cidade de Guarujá, no litoral paulista", declara Flávia.
Na opinião
dela, o mercado para navios oceanográficos no Brasil é promissor. "Como as
pesquisas estão crescendo, a demanda pelos equipamentos vai aumentar",
completa.
Características
Cada
embarcação, com capacidade para sete passageiros, terá 30 metros de
comprimento; boca moldada de 7 m; pontal de 4 m; calado de 2,20 m; popa aberta
com rampa para pesca; velocidade máxima de 10 nós (cerca de 20 km/h); e poderá
ficar em alto-mar por até 10 dias (autonomia mínima), com combustível
suficiente.
Segundo
Flávia de Barros, o projeto para a construção de um navio oceanográfico leva de
três a seis meses para ser concebido, sendo preciso cerca de 20 pessoas para
realizar o trabalho dessa fase inicial. A partir de então, são necessários de
seis a 12 meses para erguer a embarcação, etapa que mobiliza uma média de 100
trabalhadores.
Por
questões de segurança, a Inace preferiu não divulgar o valor a ser investido na
montagem dos cinco equipamentos.
Suporte a
plataformas
Além dos
navios oceanográficos, a Inace já está construindo outras duas embarcações que
serão utilizadas em plataformas petrolíferas da Bacia de Campos, na costa norte
do Rio de Janeiro. Os barcos do tipo Diving Support Vessel (DSV) servem para
apoiar serviços de mergulho e deverão ficar prontos até junho do próximo ano.
Como
noticiou o Diário do Nordeste na edição do último dia 25 de outubro, o
investimento total é de R$ 37,6 milhões, valor financiado pelo Fundo da Marinha
Mercante (FMM).
Os
equipamentos foram encomendados pela empresa brasileira Geonavegação, do Grupo
Georadar, que mantém contrato com a Petrobras para a construção de cinco
embarcações de suporte marítimo e mergulho. Dentre elas, estão os DSVs, que têm
capacidade para 25 passageiros.
SAIBA MAIS
Perfil das
embarcações
capacidade
7 passageiros
tamanho 30
metros de comprimento
boca
moldada 7 metros
pontal 4
metros
calado
2,20 metros
popa
aberta com rampa para pesca
velocidade
máxima 10 nós (cerca de 20 km/h)
autonomia
em alto-mar até 10 dias, no mínimo, com combustível suficiente
sábado, 15 de março de 2014
Caetano Veloso - Eclipse Oculto
Esse com certeza nunca esteve no Blog dos Mercantes, mas é um dos maiores talentos da música nacional. Autor e intérprete de vários sucessos, Caetano Veloso dispensa qualquer tipo de apresentação.
Então hoje estamos corrigindo nossa falta em ainda não ter publicado Caetano em nosso Blog, e escolhemos um música bastante agitada, diferente de seu estilo mais comum, que busca a tranquilidade e letras rebuscadas.
Eclipse Oculto é a primeira, mas veremos Caetando por aqui outras vezes.
sexta-feira, 14 de março de 2014
E continua a “cruzada” pela regulamentação dos transatlânticos
As movimentações do Sindmar e da
Conttmaf no Congresso Nacional vêm surtindo efeito, e aos poucos Deputados e
Senadores se mobilizam em prol da criação de uma legislação que crie um marco jurídico
para o subsetor de cruzeiros marítimos no Brasil. Pelo texto abaixo, retirado
do Monitor Mercantil, parece que em um primeiro momento teremos apenas uma
regulamentação do trabalho a bordo, e a abertura da possibilidade de que,
trabalhadores brasileiros a bordo desses navios, venham a recorrer à Justiça
Brasileira para as soluções dos conflitos que tiverem com seus empregadores, já
que até agora não têm praticamente nenhum amparo legal.
Essa solução inicial significa um
grande passo para a regulamentação das operações dessas embarcações, que todos
os anos chegam à costa brasileira, trazendo o glamour de suas luxuosas
embarcações, mas também desrespeito ao trabalhador brasileiro, e ao próprio
país, pois se recusam a se submeterem a qualquer tipo de legislação, e apenas
controles muito superficiais são executados a bordo.
Como dissemos, a regulamentação
do trabalho do brasileiro a bordo é um grande passo, mas não é suficiente, e
esperamos que nossos legisladores estendam as regulamentações e direito de
controle a outras áreas ligadas às operações dessas embarcações.
Senado fecha cerco a cruzeiros
marítimos
Por Sergio Barreto Motta
O senador Vital do Rêgo (PMDB–PB) foi
designado relator do Projeto de Lei do Senado (PLS) 419/2013, de autoria de
Paulo Paim (PT/RS), que regulamenta o trabalho de tripulantes brasileiros em
embarcações ou armadoras estrangeiras, com sede no Brasil, e que explorem
economicamente o mar territorial e a costa brasileira, de cabotagem a longo
curso, no âmbito da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado
Federal. No fundo, Paim quer legislar sobre os cruzeiros, que atuam na costa
brasileira praticamente sem obrigações.
Em sua justificativa em favor da nova
lei, diz Paim sobre os marítimos: “Essa categoria profissional, ademais,
adquire relevância com a ampliação da indústria do turismo em nosso litoral. Há
todo um espaço econômico e profissional disponível para nossos empreendedores e
trabalhadores. E esse campo profissional precisa do reconhecimento legal para
funcionar com respeito à dignidade da pessoa humana e com adequação às normas
trabalhistas nacionais. Sempre que pressionados, as empresas de turismo
marítimo alegam que suas sedes são em paraísos fiscais.”
Por isso, justificou Paim: “É preciso
assegurar, então, até para garantia dos direitos aqui regulamentados, que os
tripulantes dessas embarcações possam recorrer, contra as injustiças, perante o
Judiciário brasileiro, pleiteando, inclusive, a rescisão indireta do Contrato
de Trabalho. Finalmente, consideramos necessário estabelecer certos limites
para os descontos nos salários de tripulantes de embarcações. Nesse sentido,
limitamos essa possibilidade aos valores de contribuição sindical, parcela do
empregado em seguros contratados, uso de instrumentos de comunicação da empresa
e despesas de consumo extraordinárias”.
O presidente do Sindicato dos
Oficiais de Marinha Mercante (Sindmar) e da Confederação dos Trabalhadores em
Transporte (Conttmaf), Severino Almeida, faz coro com Paim: “Transatlânticos
entram e saem de nossas águas, fundeiam nossas baías e enseadas e alcançam
nossos portos sem qualquer autorização. A ausência de procedimentos prévios
para que esses navios naveguem águas nacionais se dá porque a Lei 9.432 de 1997
regulamentou todo o setor marítimo deixando, porém, de fora, sem justificativa
plausível, a atividade de cruzeiros. O vácuo normativo faz com que suas rotas e
escalas sequer sejam submetidas à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq)
ou a qualquer outro órgão público. Sem regulação, normas de segurança e
navegação são negligenciadas e cuidados com o ambiente, ignorados. Despejos em
águas costeiras, junto a balneários como Búzios e Angra, por exemplo, são
corriqueiros”.
Embora admita o glamour dos
transatlânticos, diz Almeida que não contribuem para o turismo nem trazem
divisas, pois apenas levam brasileiros de um local para outro. E conclui:
“Então, o que fazer? Proibi-los de frequentar nossa costa ou regulamentá-los e
regulá-los para que possam, de fato, operar com segurança e de forma
complementar ao turismo nacional? A resposta é óbvia. Eis aí o alerta que o
triste aniversário do naufrágio do Costa Concordia oportunamente nos traz. O
governo e o Congresso devem regulamentar a ação dos transatlânticos”.
terça-feira, 11 de março de 2014
Promef aos poucos vai saindo do papel
Um dos navios do Promef - imagem da internet
Ainda que de forma lenta e
bastante atrasada, o Promef aos poucos vai apresentando as embarcações que
foram encomendadas ainda no primeiro mandato do governo Lula. É certo que o
gaseiro Oscar Niemeyer, lançado no princípio de dezembro, ainda não está
operacional, e necessitará ser terminado em Pernambuco, mas seu lançamento
marca um momento importante no processo de entrega das novas embarcações, e no
soerguimento do setor de construção naval brasileiro.
Como já foi dito, e com bastante
frequência até, tanto a Marinha Mercante, quanto o setor de construção naval
brasileiros, necessitam de uma reeducação, de um novo aprendizado, depois da
séria crise que passaram nos anos 90, com o abandono completo de ambos setores
pelo governo brasileiro.
Como o Blog dos Mercantes já
comentou antes, o soerguimento promovido foi importante, mas ainda é claramente
insuficiente para garantir um setor forte e pulsante sem outros incentivos,
principalmente pelo tempo em que esteve esquecido, e os avanços que deixou de
acompanhar. Por isso é necessária ainda a presença governamental, removendo
entraves que ainda existem no setor, e que impedem que o mesmo atinja todo seu
potencial.
Um dos pontos a ser atacado pelo
governo é a mudança de atitude da própria Petrobrás/Transpetro, que embora
tenha lançado o Promef, tem dado mostras de que retomará seu programa de
fretamento de embarcações, que além de ser um dano aos setores revividos nos
primeiros anos de governo Lula, ainda é um retrocesso e um ataque brutal à
balança comercial brasileira, que apresenta déficits significativos nos fretes
há muitos anos, e que voltaram a crescer com tal procedimento da empresa.
Vard Promar lança ao mar navio Oscar
Niemeyer
O estaleiro Vard Promar lançou ao mar
na última quarta-feira, 04 de dezembro, o navio gaseiro Oscar Niemeyer. A
embarcação é a primeira de uma encomenda de oito navios gaseiros realizada
através do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da
Transpetro. O lançamento foi realizado nas instalações do estaleiro
Caneco, no Rio de Janeiro, onde o navio começou a ser construído, mas a
embarcação será finalizada em Pernambuco, de acordo com a companhia.
O investimento na embarcação é de R$
115 milhões. Ao todo, o Promef está investindo R$ 920 milhões na construção dos
oito gaseiros. Com capacidade para transportar sete mil metros cúbicos de Gás
Liquefeito de Petróleo (GLP), o navio tem 117,63 metros de comprimento, 34
metros de altura, 19,2 metros de largura e pode atingir uma velocidade de até
15 nós.
Cinco navios já foram entregues a
Transpetro através do Promef: os de produtos Celso Furtado, Sérgio Buarque de
Holanda e Rômulo Almeida; e os Suezmax João Cândido e Zumbi dos Palmares.
Outras três embarcações estão em fase de acabamento: José Alencar, navio de
produtos cuja entrega está prevista para o final deste ano, Anita Garibaldi
(Panamax) e Dragão do Mar (Suezmax). Há ainda mais 12 em fase de construção,
além de três comboios hidroviários.
sábado, 8 de março de 2014
Legião Urbana - Tempo Perdido
Uma banda que já esteve pelo Blog dos Mercantes, mas que nem de longe teve seu trabalho adequadamente reconhecido. De grande sucesso nas décadas de 80 e 90, ainda hoje seu trabalho repercute, sendo que uma de suas músicas já inspirou até um filme.
Legião Urbana e o Tempo Perdido. Sem dúvida uma de suas melhores composições, no melhor de seus discos.
quinta-feira, 6 de março de 2014
Cabotagem cresce no país, mas potencial está longe de atingir todo seu potencial
Com o bom andamento da
economia, a Cabotagem brasileira vem crescendo ano a ano, e em 2013 não foi
diferente. Esses bons desempenhos levam as empresas que operam no setor a
investir em novas embarcações e na melhoria das operações como um todo, mas
como o setor não pode se desenvolver sozinho, uma série de outras medidas é
necessária para que o país possa usufruir das vantagens do transporte marítimo
de forma mais intensa.
Essas medidas têm sido
citadas em nosso Blog dos Mercantes com alguma frequência, e vão desde melhores
preços para compra de combustíveis, como os apresentados a outros modais, a
melhor conectividade com esses mesmos outros modais de transportes, e passa
inevitavelmente pela melhoria do sistema portuário e de menos burocracia para a
carga de Cabotagem.
Algumas medidas têm sido
tomadas nos últimos tempos, mas ainda são tímidas e podem ser muito ampliadas,
facilitando a movimentação das cargas transportadas por embarcações, barateando
o custo desse transporte, e aumentando o interesse de armadores e usuários pelo
modal aquaviário.
Dizem que o ano só começa após o Carnaval, então esperemos que em 2014 nosso país possa voltar suas
atenções de forma mais consistente para o transporte aquaviário, notadamente o
marítimo, e que possamos ver nossas potencialidades nesse modal mais
desenvolvidas e apresentando maior parcela de participação no desenvolvimento
da nação.
Jornal do Commercio (POA) –
Reportagem - 02/12/2013
Movimentação por cabotagem cresce no País
Por Jefferson Klein
Quando se fala em estatísticas sobre
cabotagem, há números distintos entre as companhias, entidades e os diversos
agentes envolvidos com esse setor. No entanto, em um ponto os levantamentos
convergem: o segmento está evoluindo e continuará crescendo nos próximos anos.
Mesmo com a decisão da companhia Maestra, pertencente ao grupo Triunfo, de
abandonar as atividades nessa área, os empreendedores estão otimistas com as
perspectivas da cabotagem.
O diretor de consultoria do Instituto
Ilos, João Guilherme Araujo, informa que a expectativa é de um aumento na
movimentação de contêineres pela cabotagem na ordem de 8% ao ano, até o
horizonte de 2021. Entre as vantagens que o Brasil apresenta para essa iniciativa,
estão a ampla costa navegável e a concentração do PIB no litoral. O
especialista salienta que existe uma demanda reprimida, em clara expansão, mas
há muitos pontos que ainda precisam ser resolvidos como, por exemplo, o
aprimoramento da estrutura portuária.
O dirigente informa que pesquisa
realizada com empresas que buscam a cabotagem aponta que essas companhias
exigem confiabilidade, segurança e frequência de embarcações. Conforme o
levantamento, entre as dificuldades que precisam ser superadas, estão o elevado
tempo de trânsito das cargas e a falta de interação entre os modais
(ferroviário e rodoviário). Ainda de acordo com o trabalho, 36% das empresas
que embarcam cargas pela cabotagem manifestaram a intenção de aumentar o
transporte por esse meio em 2014. Entre os segmentos que demonstraram o maior
interesse, estão os de higiene, limpeza, cosméticos, farmacêutico, automotivo,
químico, petroquímico, alimentos, bebidas, entre outros.
Apesar dessas perspectivas positivas,
o setor foi surpreendido na semana passada com o anúncio de que a Maestra
interromperá as atividades dentro da cabotagem. No caso específico dessa
empresa, Araujo diz que é difícil avaliar externamente, mas o analista comenta
que a companhia faz parte de um grupo que está realizando vários investimentos
em infraestrutura e logística, em diferentes frentes. Ou seja, a motivação de
sair da cabotagem pode ter sido provocada por uma decisão de gestão de
portfólio. O integrante do Ilos não considera a saída da companhia como um sinal
de fraqueza do segmento, até porque outras empresas do setor, como a Aliança
Navegação e Logística (controlada pelo grupo Hamburg Süd) e a Log-In Logística,
estão investindo em ativos.
O diretor comercial da Log-In
Logística, Fabio Siccherino, que participou na sexta-feira de seminário sobre
cabotagem promovido pelo Terminal de Contêineres (Tecon) Rio Grande, na Fiergs,
questionado pelo público, atribuiu parte dos problemas enfrentados pela Maestra
aos baixos preços praticados pela companhia. O dirigente acredita que
dificilmente as empresas que absorverão a fatia de mercado deixada acompanharão
patamares similares.
O diretor-superintendente da Hamburg
Süd, Julian Thomas, adianta que os players remanescentes deverão absorver a
nova demanda. No entanto, o dirigente argumenta que o lado negativo da decisão
da Maestra é a possibilidade de assustar algumas empresas que pensam em ser
clientes das companhias de cabotagem. Por outra visão, o executivo argumenta
que demonstra que os grupos do setor precisam ter uma estrutura adequada ao
negócio. Thomas frisa que a Aliança teve que investir para acompanhar o
crescimento desse modal. Nesse sentido, a empresa fez há pouco tempo um aporte
de cerca de R$ 450 milhões na construção de quatro novos navios de cabotagem.
Em 1998, a Aliança contava com duas
embarcações, que somavam capacidade para movimentar cerca de 3 mil TEUs
(unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). Atualmente, tem oito navios que
totalizam capacidade de aproximadamente 21,4 mil TEUs. Conforme o dirigente, a
perspectiva para o fechamento de 2013 é que o segmento de cabotagem registre um
enorme crescimento em relação a 2012, atingindo patamares de 45%.
Modal é fundamental para escoar a
produção gaúcha, afirma diretor-presidente do Tecon
O diretor-presidente do Tecon Rio
Grande, Paulo Bertinetti, enfatiza que a cabotagem, assim como é importante
para a matriz logística nacional, é fundamental para escoar a produção gaúcha,
principalmente para mercados no Norte e Nordeste, que representam distâncias mais
longas.
Uma ferramenta que deve contribuir
para o desenvolvimento dessa ação, destaca o diretor comercial do Tecon Rio
Grande, Thierry Rios, foi criada em novembro no Tecon: um departamento especial
para tratar da área de cabotagem. Esse tipo de transporte representa cerca de
15% da movimentação total do terminal gaúcho. Hoje, a carga mais deslocada via
cabotagem pelo complexo é o arroz, contudo há outros itens como resinas
sintéticas e móveis. O Tecon também começou o transporte de cargas fracionadas
por cabotagem.
Debate entre Argentina e Uruguai já
transfere cargas
A Argentina proibiu recentemente o
transbordo de exportações pelos portos uruguaios. A interrogação que ficou no
ar era que portos iriam assumir essa movimentação. O diretor-superintendente da
Hamburg Süd, Julian Thomas, admite que a situação afetou a operação da
companhia naqueles países. E, devido ao cenário, a empresa transferiu alguns
transbordos que eram feitos em Montevidéu para Rio Grande.
O dirigente comenta que foram
deslocadas diversas cargas de exportação, como frutas, amendoim, entre outras.
Thomas acrescenta que, no momento, não é possível fazer uma previsão de quando
a situação irá se estabilizar. O diretor comercial do Tecon Rio Grande, Thierry
Rios, revela que está conversando muito com os armadores sobre o problema
vivido entre a Argentina e o Uruguai. “Somos o porto mais próximo a eles e
estruturado para fazer transbordo, e esse assunto continuará intenso neste ano
e em 2014”, projeta. Rios não arrisca uma estimativa de quanto tempo a questão
irá se manter em pauta, até porque se trata de um debate político. Porém,
enquanto esse panorama continuar, ele adianta que o Tecon tentará conquistar
clientes e consolidar algumas operações para que fiquem permanentemente em Rio
Grande.
Assinar:
Postagens (Atom)