quarta-feira, 11 de junho de 2014

Blog dos Mercantes concorda que a Navegação é solução

Intermodalidade inteligente é solução- imagem da internet

E podemos dizer que ela é solução, desde que seja integrada a um sistema de transporte mais inteligente, que integre hidrovias, ferrovias, rodovias, a Cabotagem, e até o setor aéreo. Porque os meios de transporte são complementares, e por mais que as rodovias sejam imprescindíveis, pois permitem a entrega de produtos na porta de diversos consumidores, o uso excessivo delas causa uma série de transtornos à sociedade, ao meio ambiente, e à economia em geral, pois na longa distância se torna o modal mais caro dentre os citados acima, além de outros problemas.

Claro, o modal aéreo ainda é mais caro, mas ele trabalha com cargas específicas, e não é um concorrente direto a nenhum dos outros, mas complementar apenas, porque oferece muito mais velocidade que os outros, com exceção dos trajetos de curta distância.

E para termos tal sistema de transporte inteligente, precisamos de mais incentivos e investimentos no setor aquaviário, para que este possa assumir a posição que lhe é devida dentro dessa organização do transporte nacional.

De mais, o artigo veiculado no Diário do Litoral, e que se referiu especificamente ao “Seminário Desafios e Perspectivas da Navegação Marítima de Cabotagem no Brasil, que ocorreu na sede da Confederação Nacional do Transporte (CNT), dá um monte de informações que tratamos frequentemente aqui no Blog dos Mercantes, e que vêm apenas corroborar com tudo aquilo que nós, e o próprio mercado, vêm falando acerca do Setor da Navegação de Cabotagem. Mas, mesmo sendo repetitivo, vale a pena relembrar tais argumentos, ler o texto e ver que o setor se movimenta para ganhar mais espaço no transporte de cargas no país.





Diário do Litoral – Reportagem - 14/05/2014

Cabotagem é a solução para os gargalos logísticos?

Representantes do setor de transportes se reuniram em Brasília para discutir os gargalos e as ações que podem alavancar a navegação marítima de cabotagem no país, modalidade de transporte marítimo feito na costa brasileira. O Seminário Desafios e Perspectivas da Navegação Marítima de Cabotagem no Brasil ocorreu na sede da Confederação Nacional do Transporte (CNT) na semana passada.

Segundo dados mais recentes levantados pela CNT, na Pesquisa de Cabotagem 2013, em 2012 foram transportadas 201 milhões de toneladas de cargas por cabotagem, navegação apontada como importante alternativa para o transporte interno de produtos em distâncias maiores. “O Brasil tem uma costa navegável invejável. Teria tudo para ter uma eficiência geoeconômica em transporte. Além disso, a cabotagem impacta de maneira menos significativa o meio ambiente, pelas baixas emissões de gases poluentes e é até nove vezes mais eficiente que o rodoviário”, reforçou o presidente da Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (Abac), Cleber Cordeiro Lucas.

Os especialistas reforçam que essa modalidade não colide com o transporte rodoviário, que é mais eficiente e vantajoso para as curtas distâncias. Mais que isso, os modais devem trabalhar de forma integrada, como destaca o vice-presidente de Transporte Aquaviário, Ferroviário e Aéreo da CNT, Meton Soares Júnior: “A cabotagem é parte de um sistema de transportes integrado, que depende dos modais aéreo, rodoviário e ferroviário, assim como eles dependem da cabotagem e dos portos. É isso que defendemos”.

Conforme o Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), apenas 9% do transporte de carga no país é feito por cabotagem. Na União Européia, o índice chega a 37% e a 48% na China. Apesar disso, o segmento tem crescido, especialmente com investimentos do setor privado. A expectativa é que, nos próximos dois anos, a cabotagem cresça 36%, segundo levantamento do Instituto Ilos.

Desafios No entanto, uma série de dificuldades ainda representa desafios para esse crescimento acelerado. Soares cita, entre eles, a burocracia — são exigidos mais de 40 documentos para o transporte por cabotagem — a fiscalização feita pela Anvisa, que ocorre em cada porto, em cada estado, “como se a carga estivesse sendo importada”, a necessidade de cais especiais e o elevado custo do combustível.

Segundo o vice-presidente da CNT, é preciso deixar o valor mais baixo para reduzir o custo operacional do transporte. Conforme o Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), o combustível representa quase 40% desse gasto. Além disso, o valor do combustível de navegação é referenciado em dólar, o que provoca variações diárias de preços.

O secretário executivo do Ministério dos Transportes, Anivaldo Juvenil Vale, reconhece a importância desse tipo de transporte e, também, as dificuldades enfrentadas. Segundo ele, entre as medidas que estão sendo desenvolvidas para solucionar os entraves estão o financiamento da indústria naval, o Plano Nacional de Dragagem, a ampliação de acessos aos portos e o Programa de Investimentos em Logística.


Também foi formado um grupo de trabalho interministerial para definir ações que melhorem as condições das companhias Docas e a instituição da Comissão Nacional das Autoridades nos Portos (Conaportos), há aproximadamente um ano e meio, criada com o objetivo de criar estratégias para ampliar o desenvolvimento do setor. No entanto, representantes do setor reclamam da baixa efetividade e da demora na percepção de resultados das ações debatidas no governo.

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