segunda-feira, 9 de junho de 2014

Blog dos Mercantes traz duas matérias para se pensar

Nesses dias que antecedem a abertura da Copa do Mundo no Brasil, o Blog dos Mercantes traz duas matérias veiculadas pelo site Uol. Uma através de sua parceria com a Folha de São Paulo, e se trata de uma entrevista com o editor da revista Norte-Americana “Foreign Policy”.  Essa entrevista trata basicamente das relações Brasil-EUA, e suas eternas rusgas, entremeadas de momentos de dissenções.

A outra é retirada da Coluna de Noam Chomsky, linguista, filósofo e ativista político norte-americano, que analisa a caçada promovida pelo governo de seu país ao novo inimigo público nº 1 de seu governo (não da população), Edward Snowden, que retirou e tornou públicos documentos da Agência Nacional de Segurança (NSA), que tem pro propósito espionar e acompanhar não só cidadãos e governos estrangeiros, mas também a própria população estadunidense.

Esses textos, de certa forma, nos dão dicas para respondermos perguntas que permeiam as mentes de muitos de nós. Como os chamados governos democráticos administram a base de seu poder, a democracia? Ela existe? Existe real perigo externo? E interno? Se o real poder emana do povo, porque tanta repressão às manifestações populares? Governos respeitam suas leis?

Podemos fazer muitas outras perguntas, simplesmente lendo esses dois textos. Deixamos essas com vocês.


Brasil e EUA vivem hoje uma relação de paranoia mútua
RAUL JUST ELORES
DE WASHINGTON
02/06/2014  02h00
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Brasil e EUA precisam resolver suas "paranoias" recíprocas se quiserem ter uma parceria mais produtiva. "Hoje, quando os dois presidentes se encontram, só falam de ninharias", diz o publisher da revista "Foreign Policy", influente publicação americana sobre assuntos internacionais, David Rothkopf, 58.
Crítico duro do governo Barack Obama, apesar de ser democrata, Rothkopf acha que Brasil e EUA têm visões "caricaturais" um do outro e que a memória da Guerra Fria tem peso excessivo.
"Se a China desacelerar, se houver uma seca de capitais rumo aos emergentes, o que [a presidente Dilma Rousseff] vai fazer?", pergunta.
Seu próximo livro, a ser lançado em outubro, será sobre a política externa de Bush e Obama "na era do medo".
Ele recebeu a Folha em seu escritório em Washington.

Para ler a entrevista completa clique aqui.


Edward Snowden é o "criminoso mais procurado" do mundo
Noam Chomsky
02/06/201400h02 Atualizada 02/06/201415h36
Reprodução/NBC News/Reuters - 28.mai.2014
O ex-funcionário da NSA (Agência Nacional de Segurança, dos EUA) Edward Snowden concedeu na última quarta-feira (28) entrevista à rede norte-americana NBC, direto da Rússia, onde Snowden obteve asilo político
Nos últimos vários meses, recebemos lições instrutivas sobre a natureza do poder do Estado e as forças que conduzem a política de Estado. E sobre uma questão intimamente relacionada: o sutil e diferenciado conceito de transparência.
A fonte da instrução, é claro, é o grande número de documentos sobre o sistema de vigilância da Agência Nacional de Segurança divulgados pelo corajoso combatente da liberdade Edward Snowden, peritamente resumidos e analisados por seu colaborador Glenn Greenwald em seu novo livro, "Sem Lugar para se Esconder".
Os documentos revelam um projeto notável de expor ao escrutínio do Estado informação vital sobre cada pessoa que caia nas garras do colosso - em princípio, todas as pessoas ligadas à sociedade eletrônica moderna.
Nada tão ambicioso foi imaginado pelos profetas distópicos de tristes mundos totalitários do futuro.
Não é de pequena importância o fato de o projeto estar sendo executado em um dos países mais livres do mundo, e em radical violação da Carta de Direitos da Constituição dos EUA, que protege os cidadãos de "buscas e revistas irracionais" e garante a privacidade de suas "pessoas, casas, papéis e objetos".
Por mais que os advogados do governo tentem, não há como reconciliar esses princípios com o assalto à população revelado nos documentos de Snowden.
Para ler o artigo completo clique aqui.

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