Nesses dias que antecedem a abertura
da Copa do Mundo no Brasil, o Blog dos Mercantes traz duas matérias veiculadas
pelo site Uol. Uma através de sua parceria com a Folha de São Paulo, e se trata
de uma entrevista com o editor da revista Norte-Americana “Foreign Policy”. Essa
entrevista trata basicamente das relações Brasil-EUA, e suas eternas rusgas,
entremeadas de momentos de dissenções.
A outra é retirada da Coluna de
Noam Chomsky, linguista, filósofo e ativista político norte-americano, que
analisa a caçada promovida pelo governo de seu país ao novo inimigo público nº 1 de seu
governo (não da população), Edward Snowden, que retirou e tornou públicos
documentos da Agência Nacional de Segurança (NSA), que tem pro propósito
espionar e acompanhar não só cidadãos e governos estrangeiros, mas também a
própria população estadunidense.
Esses textos, de certa forma, nos
dão dicas para respondermos perguntas que permeiam as mentes de muitos de nós. Como
os chamados governos democráticos administram a base de seu poder, a democracia?
Ela existe? Existe real perigo externo? E interno? Se o real poder emana do
povo, porque tanta repressão às manifestações populares? Governos respeitam
suas leis?
Podemos fazer muitas outras
perguntas, simplesmente lendo esses dois textos. Deixamos essas com vocês.
Brasil e EUA vivem hoje uma
relação de paranoia mútua
RAUL JUST ELORES
DE WASHINGTON
DE WASHINGTON
02/06/2014 02h00
PUBLICIDADE
Brasil e EUA precisam resolver suas
"paranoias" recíprocas se quiserem ter uma parceria mais produtiva.
"Hoje, quando os dois presidentes se encontram, só falam de
ninharias", diz o publisher da revista "Foreign Policy", influente
publicação americana sobre assuntos internacionais, David Rothkopf, 58.
Crítico duro do governo Barack Obama,
apesar de ser democrata, Rothkopf acha que Brasil e EUA têm visões
"caricaturais" um do outro e que a memória da Guerra Fria tem peso
excessivo.
"Se a China desacelerar, se houver
uma seca de capitais rumo aos emergentes, o que [a presidente Dilma Rousseff]
vai fazer?", pergunta.
Seu próximo livro, a ser lançado em
outubro, será sobre a política externa de Bush e Obama "na era do
medo".
Ele recebeu a Folha em
seu escritório em Washington.
Para ler a entrevista completa clique aqui.
Edward Snowden é o "criminoso mais
procurado" do mundo
Noam Chomsky
Reprodução/NBC News/Reuters - 28.mai.2014
O
ex-funcionário da NSA (Agência Nacional de Segurança, dos EUA) Edward Snowden
concedeu na última quarta-feira (28) entrevista à rede norte-americana NBC,
direto da Rússia, onde Snowden obteve asilo político
Nos últimos vários meses, recebemos
lições instrutivas sobre a natureza do poder do Estado e as forças que conduzem
a política de Estado. E sobre uma questão intimamente relacionada: o sutil e
diferenciado conceito de transparência.
A fonte da instrução, é claro, é o
grande número de documentos sobre o sistema de vigilância da Agência Nacional
de Segurança divulgados pelo corajoso combatente da liberdade Edward Snowden,
peritamente resumidos e analisados por seu colaborador Glenn Greenwald em seu
novo livro, "Sem Lugar para se Esconder".
Os documentos revelam um projeto
notável de expor ao escrutínio do Estado informação vital sobre cada pessoa que
caia nas garras do colosso - em princípio, todas as pessoas ligadas à sociedade
eletrônica moderna.
Nada tão ambicioso foi imaginado
pelos profetas distópicos de tristes mundos totalitários do futuro.
Não é de pequena importância o fato
de o projeto estar sendo executado em um dos países mais livres do mundo, e em
radical violação da Carta de Direitos da Constituição dos EUA, que protege os
cidadãos de "buscas e revistas irracionais" e garante a privacidade
de suas "pessoas, casas, papéis e objetos".
Por mais que os advogados do governo
tentem, não há como reconciliar esses princípios com o assalto à população
revelado nos documentos de Snowden.
Para ler o artigo completo clique aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário