Há pouco tempo publicamos aqui,
no Blog dos Mercantes, post onde falamos das vantagens de termos um sistema de
transporte integrado, e da necessidade de incentivarmos e desenvolvermos mais o
modal aquaviário de transporte. Na ocasião nos referíamos especificamente à
Cabotagem Marítima, mas tais argumentos podem ser estendidos também às
hidrovias.
E nossa afirmação acima fica
muito clara quando observamos os problemas pelos quais vem passando o estado do
Acre, que sofre com desabastecimento, devido à estrema dependência do sistema
rodoviário para o recebimento de cargas.
Temos a tecnologia, temos
profissionais capazes, temos hidrovias potenciais com nossos grandes rios,
basta vontade política, investimentos bem pensados e estudados, e abriremos
ainda mais as oportunidades para esse setor específico e para a economia
brasileira como um todo.
Crea
discute construção de hidrovias em audiência pública no AC
Membros do
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Acre (Crea-AC), juntamente com
representantes públicos e sociedade civil, debateram, nesta última sexta-feira
(11) em audiência pública, a possibilidade da construção de hidrovias no
estado. De acordo com o conselho, a medida é uma forma de resgatar o
abastecimento do estado através do transporte fluvial. O encontro foi feito em
uma das salas da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
"Debatemos
a possibilidade de ter a implementação da hidrovia no Rio Purus e deixá-la
trafegável por todo o ano para que as mercadorias possam chegar ao estado
também pela embarcação no rio. Nesta sequência, também discutimos a construção
de dois portos. Um em Boca do Acre (AM) e outro nas proximidade de Sena
Madureira", explica o conselheiro do Crea-AC, William Bittencourt.
O Crea, de
acordo com o conselheiro, agrega mais de 300 modalidades de profissionais.
"Tecnicamente falando, não há possibilidade de construir essa hidrovia sem
a presença, fiscalização e projeto do Crea, então nosso posicionamento é, se a
população assim quiser, nossos engenheiros estarão prontos para assumir essa
construção", destaca.
De acordo
com Bittencourt, a ideia partiu devido ao momento em que o Acre vive, com a
BR-364 interditada, devido à cheia do Rio Madeira, e a dificuldade no
abastecimento do estado diante da única via de acesso terrestre ter tido o
transporte suspenso. "A gente só começa a agir quando o sapato aperta. O
Acre está preocupado e temos que viabilizar alternativas, senão vamos sofrer
futuramente com isso. Temos que cuidar dos modais de transporte para depois
começarmos a pensar em outras coisas", salienta.
O encontro
também contou com a participação de vereadores da cidade de Boca do Acre (AM)
que acompanharam a discussão e também salientaram a dificuldade que o município
amazonense também está passando devido à cheia do Rio Madeira. "Boca do
Acre tem sofrido muito, porque apesar de fazer parte do Amazonas, está
diretamente ligada ao Acre, depende do estado para também manter seu
abastecimento", explica Bittencourt.
Calamidade
Pública
O
governador Tião Viana (PT-AC) decretou situação de calamidade pública no Acre,
na última segunda-feira (7). O estado já estava em situação de emergência desde
o dia 26 de fevereiro. Segundo o governador Tião Viana, o decreto deve tornar
mais fácil o apoio do governo federal e a adoção de medidas para auxiliar a
população e o setor empresarial, que tem sido bastante afetado pelo problema.
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