O mundo não para de mudar. O bloco socialista da antiga União Soviética ruiu; as Alemanhas se uniram novamente; o liberalismo econômico voltou com força total, foi chamado de neo e já provocou crises econômicas profundas; a China "abriu" sua economia, se tornou um gigante nessa área e ameaça a hegemonia Americana; o mundo discute os efeitos do "aquecimento global" e as formas de combatê-lo; o Brasil avançou, econômica e socialmente, mas precisa de melhores bases para não tomar um baque de regressão; por mais que se diga o contrário, e se busque o contrário, as instituições democráticas do país se solidificam; e agora os Norte-americanos avermelharam.
É isso aí, Obama e Raúl Castro chegaram a acordo que deverá levar à normalização das relações entre os dois países, e de quebra o fim do ridículo embargo econômico que já dura mais de meio século.
Loucura? Não. Negócios! E isso não tem nada a ver com comunismo, mas a capitalismo puro.
O Brasil já construiu um porto na exótica ilha caribenha, e várias empresas brasileiras já se instalaram por lá devido ao empreendimento. A isso se chama imperialismo capitalista, e não doação de dinheiro a regime comunista (se houve desvios no negócio é caso de investigação e punição aos desonestos), como alegam alguns. Os Estados Unidos não poderiam ficar para trás.
E enquanto o mundo avança, tem gente no Brasil querendo voltar a 1964. Mas isso é o de menos, no mundo tem gente que quer voltar a 1933 (ascensão do Nazismo na Alemanha). Mas democracia é isso. Vê se caso algum desses regimes assumissem o poder alguém ia poder pedir alguma coisa diferente.
A gente até entende o pensamento. Corrupção, que existe no mundo todo, é um problema que realmente tem que ser combatido, mas isso dá trabalho, então alguns preferem apenas esconder.
Fazer o que?
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Cuba: Obama tomou decisão mais emblemática do mandato e colocou fim a anomalia antiga
Havana e Washington acabam de inaugurar uma nova era de aproximação com as respectivas libertações de Alan Gross e de três cubanos
Mais de meio século depois da ruptura das relações diplomática entre Cuba e Estados Unidos em 3 de janeiro de 1961, os dois governos anunciaram o início de um processo de normalização dos contatos bilaterais. Havana e Washington responderam de forma favorável a uma petição do papa Francisco que os tinha chamado a deixar de lado as diferenças de outros tempos e restabelecer os laços entre o povo estadunidense e o cubano. O Vaticano e o Canadá facilitaram os contatos entre as duas partes oferecendo às delegações a discrição necessária ao longo de um processo de diálogo que durou cerca de 18 meses.
Intercâmbio de presos
Depois de vários meses de negociações secretas, Cuba e Estados Unidos conseguiram um acordo histórico de intercâmbio de presos que abre o caminho à plena normalização das relações entre ambas as nações. Havana decidiu libertar Alan Gross, agende estadunidense preso desde 2009 e condenado a 15 anos de prisão por ter dado ajuda material a diferentes setores da oposição cubana no contexto de um programa do Departamento de Estado destinado a conseguir uma “mudança de regime” na ilha. Da mesma maneira, Cuba libertou outro agente estadunidense chamado Rolando Sarraff Trujillo, que estava preso há 20 anos, assim como outros cinquenta detidos[1].
De sua parte, Washington libertou três agentes cubanos, Antonio Guerrero, Ramón Labañino e Gerardo Hernández, que cumpriam desde 1998 penas até de prisão perpétua por terem se infiltrado nas organizações do exílio cubano envolvidas nos atentados terroristas contra Cuba. Os detalhes desse intercâmbio terminaram depois de uma comunicação telefônica histórica de 45 minutos — o primeiro contato oficial direto entre o presidente cubano e o estadunidense desde 1959 — no dia 16 de dezembro de 2014. Mediante esses respectivos gestos, Raúl Castro e Barack Obama retiraram o principal obstáculo ao estabelecimento de relações cordiais entre ambos os países.[2]
O fim de uma política obsoleta e contraproducente
No dia 17 de dezembro de 2014, em um discurso na televisão, Obama informou a opinião pública estadunidense e mundial sua decisão de restabelecer relações diplomáticas com Havana. “Hoje, os Estados Unidos mudam sua relação com o povo de Cuba e se trata da mudança mais significativa da nossa política em mais de 50 anos”.[3]
O presidente estadunidense fez uma constatação lúcida a respeito da política exterior de Washington. Ao insistir em aplicar medidas — que remontam à Guerra Fria — anacrônicas e cruéis, pois afetam os setores mais frágeis da população cubana, e contraproducentes — já que o objetivo de derrubar o governo cubano não se cumpriu —, Washington suscitou a condenação unânime da comunidade internacional. “Vamos pôr fim a um enfoque obsoleto que fracassou durante décadas em promover nossos interesses. Vamos começar a normalizar as relações entre nossos dois países”, disse Barack Obama.
Fotos: Agência Efe
Obama anunciou, na Casa Branca, o início da retomada das relações com Cuba
Obama anunciou, na Casa Branca, o início da retomada das relações com Cuba
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