Outra banda que também debuta em nosso Blog dos Mercantes é a Eagle. Assim como os Rolling Stones, também dispensa apresentações, principalmente porque a música escolhida é a eterna Hotel California, que já embalou a vida de muita gente.
sábado, 28 de março de 2015
terça-feira, 24 de março de 2015
CPI da Petrobrás
Com todos os ingredientes acima o
processo de investigação já inicia sob suspeita, e qualquer que seja seu
resultado estará sempre baixo a pecha da dúvida, da falta de credibilidade.
Como qualquer que seja seu
resultado, também será alvo de ataques e comemorações de ambos os lados nesse país
dividido, que a manipulação política rasteira e irresponsável vem promovendo
nos últimos anos.
Ainda há tempo de que posições
sejam revistas, mas parece que vontade política para tal anda muito longe do
bom senso nessa disputa por poder.
Quem perde, é claro, é o país e
seu povo, mais uma vez tratados como joguetes de interesses menores e
particulares, e desprezados em sua ânsia de justiça e desenvolvimento
econômico-social.
Para ler a reportagem completa na Folha de São Paulo clique aqui.
CPI da Petrobras poupa empresas; cúpula é financiada por empreiteiras
AGUIRRE TALENTO
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
A primeira sessão da CPI da Petrobras convocou o ex-gerente da estatal Pedro Barusco para depor, mas deixou de lado os empreiteiros também presos na Operação Lava Jato.
Na tumultuada reunião, a primeira com propósito deliberativo da CPI e que registrou bate-boca e discussões, também não foi votado nenhum requerimento para quebra de sigilo das empresas.
Segundo o Ministério Público Federal, um grupo de empreiteiras contratadas pela Petrobras formou um cartel que pagava propina a agentes públicos para dividir entre si obras da estatal. O esquema envolvia também o pagamento de propina a partidos, notadamente PT, PMDB e PP.
Levantamento da Folha já mostrou que ao menos 12 dos 27 integrantes, incluindo o presidente Hugo Motta (PMDB-PB) e o relator Luiz Sérgio (PT-RJ), receberam doações de empreiteiras investigadas na Lava Jato.
Na tumultuada reunião, a primeira com propósito deliberativo da CPI e que registrou bate-boca e discussões, também não foi votado nenhum requerimento para quebra de sigilo das empresas.
Segundo o Ministério Público Federal, um grupo de empreiteiras contratadas pela Petrobras formou um cartel que pagava propina a agentes públicos para dividir entre si obras da estatal. O esquema envolvia também o pagamento de propina a partidos, notadamente PT, PMDB e PP.
Levantamento da Folha já mostrou que ao menos 12 dos 27 integrantes, incluindo o presidente Hugo Motta (PMDB-PB) e o relator Luiz Sérgio (PT-RJ), receberam doações de empreiteiras investigadas na Lava Jato.
Alan Marques/Folhapress | ||
O presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB, à esq.), discute com Edmilson Rodrigues (PSOL-PA) |
sábado, 21 de março de 2015
Satisfaction-Rolling Stones
Uma banda que nunca passou por nosso Blog dos Mercantes é a impressionante Rolling Stones. Fazendo sucesso desde há cerca de 5 décadas, Mick Jagger e seus companheiros dispensam qualquer tipo de apresentação.
Satisfaction é com eles!
quinta-feira, 19 de março de 2015
Quase lá!
O dólar vem subindo de forma
rápida e passou dos R$ 3,00 reais no último dia 05/03, e se aproxima do valor
que, segundo os analistas, mais favoreceria
nosso setor exportador. Com isso encontramos outros dois problemas.
Primeiro nosso país se “desindustrializou”
nos últimos anos, muitas empresas foram levadas para a China, e mesmo com o
dólar com um valor favorável, levaríamos algum tempo até refazermos nosso
parque industrial exportador.
Segundo é que dificilmente o
governo manterá o dólar nesse valor por muito tempo, afinal são muitos os
interesses que existem no país atrás de um dólar sobrevalorizado.
Mas enquanto isso, se nossos
salários diminuem em dólar, também diminui a falsa desculpa de que ganhamos
muito.
Dólar tem 4ª alta seguida e passa de R$ 3 pela 1ª
vez desde agosto de 2004
Do UOL, em São Paulo
05/03/201517h08 >
O dólar comercial teve a quarta
alta seguida nesta quinta-feira (5) e passou de R$ 3 pela primeira vez desde
agosto de 2004. A moeda norte-americana fechou em alta de 1,03%, a R$
3,012 na venda.
Em quatro dias, a moeda norte-americana acumula valorização de 5,44%.
Nas casas de câmbio
em São Paulo, o dólar para turistas já é vendido por entre R$ 3,16 (em dinheiro
vivo) e R$ 3,37 (no cartão pré-pago), já considerando o IOF.
Na noite de ontem, o Comitê de
Política Monetária (Copom) do Banco Central subiu a taxa básica de juros (Selic) em
0,5 ponto percentual, de 12,25% para 12,75% ao ano.
Os investidores continuam preocupados com a possibilidade de o ajuste
das contas públicas brasileiras não ser tão forte quanto o necessário, em meio
a crescentes obstáculos políticos à implementação do cortes de gastos e
aumentos de impostos.
Segundo analistas, a expectativa de uma política fiscal mais rígida era
o único fator que continha a alta do dólar.
"Os problemas ainda são os mesmos. A tendência no curto, médio e
longo prazos é dólar para cima", disse o gerente de câmbio da corretora
Treviso, Reginaldo Galhardo, à agência de notícias Reuters.
Contexto
internacional
A alta do dólar aqui acompanhou o mercado externo.
A perspectiva de alta dos juros nos Estados Unidos também fez o dólar
subir ao redor do mundo. Isso porque um aumento de juros nos EUA poderia atrair
para lá recursos atualmente aplicados em países que pagam mais, como o Brasil.
Investidores esperam mais sinais no relatório de emprego do governo
norte-americano, que será divulgado na sexta-feira.
terça-feira, 17 de março de 2015
Conveniente
Conveniência
Veja bem, a se confirmar a
informação veiculada pelo site http://www.portalmetropole.com,
que retirou informações do Correio Braziliense, o banco inglês conseguiria duas
coisas de uma só vez.
A primeira é se afastar do
Brasil, e de investigações mais profundas sobre as acusações de lavagem de
dinheiro e remessas ilegais para o exterior, que pesam sobre o banco.
A segunda é fazer uma instituição
financeira dar prejuízo no Brasil, essa sim de tirar o chapéu.
Só lembrando que não é a primeira
vez que o banco se vê envolvido com transações ilícitas e fraudulentas. França
e Estados Unidos já tiveram problemas com as operações bancárias dessa
instituição.
Por Redação, com informações de Correio Braziliense
Envolvido num esquema de lavagem de dinheiro que colocou a subsidiária na Suíça no centro de uma investigação criminal, o banco inglês HSBC enfrenta agora novo problema de proporções gigantescas, dessa vez no Brasil. Sob alegação de que a fraqueza do Produto Interno Bruto (PIB) prejudicou seus negócios no país, a instituição reportou ontem (23) prejuízo antes de impostos de US$ 247 milhões (R$ 711,1 milhões) em 2014.
Os resultados revertem um histórico favorável de dois anos seguidos de lucros, dando ao país o incômodo posto de líder em perdas do banco na América Latina. Para piorar, a perspectiva para os próximos anos também é de baixo crescimento econômico.
Não por outro motivo, o presidente mundial do HSBC, Stuart Gulliver, deu um ultimato aos funcionários no Brasil: se, em um ou dois anos os resultados positivos não voltarem, o banco poderá ser posto à venda. O alerta também vale para filiais no México, na Turquia e nos Estados Unidos.
“Absolutamente, precisamos virar o jogo, ou precisaríamos pensar em soluções mais extremas para o problema”, disse o executivo ontem, em Londres, mencionando que o prazo para que os negócios “provem seu valor” será de 12 a 24 meses. “Há partes do grupo que não estão oferecendo retorno (adequado), e estamos trabalhando para reestruturá-las”, disse. Uma solução poderia ser a venda dessas unidades, indicou. “Não há opções, em termos de reestruturação, que não estejamos considerando.”
sábado, 14 de março de 2015
Antigas propagandas do Fusca - Imagens raras
Essa semana mudamos um pouco. Tradicionalmente postamos vídeos de música nos finais de semana, mas dessa vez resolvemos inovar e trazemos um vídeo que aglutinou uma série de propagandas do fusca. Para os saudosistas um prato cheio, para os que gostam de propaganda também, com a oportunidade de ver como as técnicas de marketing evoluíram sobre um mesmo produto, e para os fanáticos por fusca, uma overdose.
Divirtam-se com a criatividade de nossos publicitários e com o carrinho que reinou por cerca de 4 décadas no mercado brasileiro.
quinta-feira, 12 de março de 2015
Petróleo no Brasil
Vejam que interessante a reportagem abaixo veiculada pelo Valor Econômico. Nela vemos algumas coisas muito características e que são comumente atacadas no Brasil de forma torpe e pouco inteligente. São três pontos básicos que vamos comentar de forma rápida, mas são três pontos cruciais e que estão em debate – nem sempre honesta – no Brasil.
O primeiro ponto é a questão do petróleo brasileiro não ser rentável e que seu custo de extração ser muito alto. Então porque a empresa norueguesa Statoil estaria reduzindo investimentos em várias partes do mundo, mas vai mantê-los no Brasil?
O segundo ponto é a questão do privado/estatal. Alguém observou que a Statoil é estatal? Mas estatais não são sempre empresas deficitárias e mal geridas?
O terceiro é uma questão que afeta diretamente à Petrobrás, e ao seu novo presidente. Alguém observou que o presidente da estatal norueguesa é um cientista político, que não é engenheiro ou algo do gênero? Por que os noruegueses, que são tido como “gênios” nesse setor, fazem tais coisas?
Boas perguntas, que já foram respondidas no Blog dos Mercantes várias vezes. E as respostas são simples, mas caíram numa discussão infrutífera (e entreguista) em nosso país, de forma que paramos de pensar na solução de nossos problemas para ficar discutindo o sexo dos anjos.
O petróleo brasileiro é viável, ainda mais em um mundo onde suas reservas se exaurem dia a dia, e onde a matriz energética principal permanece sendo a do ouro negro. A Statoil é estatal porque não há divergência entre empresas estatais ou privadas, mas sim entre bem ou mal geridas. As duas coisas não estão interligadas. E por último a gestão de uma empresa de petróleo não precisa ser necessariamente feita por um engenheiro, mas sim por quem entenda de gestão.
Não digo com isso que não devemos discutir decisões, muito menos aceita-las sem qualquer tipo de reação, mas apenas que temos que ter argumentos melhores para discuti-las, argumentos esses que levem em conta a qualidade e capacidade das pessoas e ações tomadas, e não que sejam carregadas de ideologias infrutíferas.
Valor Econômico – Reportagem – 02/03/2015
Statoil corta aportes, mas preserva Brasil
Cláudia Schüffner e André Ramalho
O Brasil está longe dos planos de redução dos investimentos anunciados pela Statoil há algumas semanas, em Oslo, na Noruega. A empresa decidiu cortar 10% do seu investimento global em 2015, dos US$ 20 bilhões previstos inicialmente para US$ 18 bilhões. O objetivo da estatal norueguesa é diminuir custos para não afetar suas margens diante da redução dos preços do petróleo, explicou o novo presidente da Statoil Brasil, Päl Eitrheim, em entrevista exclusiva para o Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.
Mesmo assim, estão mantidos os investimentos previstos para a segunda fase do desenvolvimento da produção no campo de Peregrino, na Bacia de Campos, cujo objetivo é alongar a vida útil do ativo. O projeto deve exigir, até o fim da década, US$ 3,5 bilhões em sociedade com a chinesa Sinochem, que detém uma fatia de 40% na área.
Observador atento dos desdobramentos da Operação Lava-Jato, que alcançou notoriedade mundial, Eitrheim afirma que o que se apresenta é um cenário "muito desafiador" para indústria brasileira de óleo e gás. O executivo, contudo, avalia que ainda é difícil dimensionar as consequências das investigações que colocaram a Petrobras no centro de um escândalo de corrupção. "Nada disso muda a nossa visão de longo prazo. E o Brasil é estratégico para a Statoil", disse Eitrheim, que chegou ao Rio em meados do ano passado.
O novo presidente da companhia no Brasil afirmou, inclusive, que não descarta a participação da empresa num futuro leilão de novas áreas Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), caso algum deles seja marcado para este ano.
Eitrheim deixou claro que a Statoil será seletiva com seus projetos, mas que o Brasil deve ser preservado. O executivo tem formação incomum. Em um mundo dominado por engenheiros e geólogos ele é formado em Ciências Políticas pela Universidade de Bergen, na Noruega, e a University College Dublin, na Irlanda. Foi chefe de gabinete do icônico Helge Lund, ex-presidente da Statoil e que assumiu a presidência do grupo BG.
A queda abrupta dos preços do petróleo, a partir do segundo semestre do ano passado, pegou a Statoil em um momento em que ela já tinha colocado em marcha um programa de redução de custos. A queda do preço da commodity apenas provoca uma redução das margens, o que exigirá mais eficiência em atividades como a perfuração e produção de petróleo. Como é esperada a paralisação de projetos ao redor do mundo que têm ponto de equilíbrio acima dos atuais preços do óleo, a indústria, e não só a Statoil, poderá aproveitar o desaquecimento do setor para negociar melhores preços de bens e serviços, o que ajudará a reduzir custos.
"O balanço entre oferta e demanda vai fazer os preços do mercado caírem, até porque as margens serão reduzidas. Essa é a nossa expectativa. Estamos convidando fornecedores, não só no Brasil, para discutir os custos a partir de simplificações e padronização de projetos", exemplificou.
No quarto trimestre do ano passado, a norueguesa reportou um prejuízo de US$ 1,18 bilhão, revertendo o lucro de US$ 2 bilhões em igual período de 2013. A empresa, no entanto, fechou 2014 com um lucro acumulado de US$ 3,484 bilhões.
No fim de janeiro, a empresa entregou à ANP o novo plano de desenvolvimento de Peregrino, com uma previsão de perfuração de 21 novos poços, sendo 15 produtores de óleo e seis injetores de água. O objetivo dos investimentos é alongar a vida útil do campo, a maior produção de petróleo e gás da Statoil como operadora fora da Noruega.
Com uma participação de 60% na concessão, a petroleira norueguesa produziu cerca de 73 mil barris de óleo por dia em dezembro. Com a nova fase de produção, a Statoil prevê adicionar cerca de 250 milhões de barris recuperáveis às suas reservas. Peregrino tem um histórico de mais de 90 milhões de barris produzidos desde o primeiro óleo, em abril de 2011.
O primeiro ponto é a questão do petróleo brasileiro não ser rentável e que seu custo de extração ser muito alto. Então porque a empresa norueguesa Statoil estaria reduzindo investimentos em várias partes do mundo, mas vai mantê-los no Brasil?
O segundo ponto é a questão do privado/estatal. Alguém observou que a Statoil é estatal? Mas estatais não são sempre empresas deficitárias e mal geridas?
O terceiro é uma questão que afeta diretamente à Petrobrás, e ao seu novo presidente. Alguém observou que o presidente da estatal norueguesa é um cientista político, que não é engenheiro ou algo do gênero? Por que os noruegueses, que são tido como “gênios” nesse setor, fazem tais coisas?
Boas perguntas, que já foram respondidas no Blog dos Mercantes várias vezes. E as respostas são simples, mas caíram numa discussão infrutífera (e entreguista) em nosso país, de forma que paramos de pensar na solução de nossos problemas para ficar discutindo o sexo dos anjos.
O petróleo brasileiro é viável, ainda mais em um mundo onde suas reservas se exaurem dia a dia, e onde a matriz energética principal permanece sendo a do ouro negro. A Statoil é estatal porque não há divergência entre empresas estatais ou privadas, mas sim entre bem ou mal geridas. As duas coisas não estão interligadas. E por último a gestão de uma empresa de petróleo não precisa ser necessariamente feita por um engenheiro, mas sim por quem entenda de gestão.
Não digo com isso que não devemos discutir decisões, muito menos aceita-las sem qualquer tipo de reação, mas apenas que temos que ter argumentos melhores para discuti-las, argumentos esses que levem em conta a qualidade e capacidade das pessoas e ações tomadas, e não que sejam carregadas de ideologias infrutíferas.
Valor Econômico – Reportagem – 02/03/2015
Statoil corta aportes, mas preserva Brasil
Cláudia Schüffner e André Ramalho
O Brasil está longe dos planos de redução dos investimentos anunciados pela Statoil há algumas semanas, em Oslo, na Noruega. A empresa decidiu cortar 10% do seu investimento global em 2015, dos US$ 20 bilhões previstos inicialmente para US$ 18 bilhões. O objetivo da estatal norueguesa é diminuir custos para não afetar suas margens diante da redução dos preços do petróleo, explicou o novo presidente da Statoil Brasil, Päl Eitrheim, em entrevista exclusiva para o Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.
Mesmo assim, estão mantidos os investimentos previstos para a segunda fase do desenvolvimento da produção no campo de Peregrino, na Bacia de Campos, cujo objetivo é alongar a vida útil do ativo. O projeto deve exigir, até o fim da década, US$ 3,5 bilhões em sociedade com a chinesa Sinochem, que detém uma fatia de 40% na área.
Observador atento dos desdobramentos da Operação Lava-Jato, que alcançou notoriedade mundial, Eitrheim afirma que o que se apresenta é um cenário "muito desafiador" para indústria brasileira de óleo e gás. O executivo, contudo, avalia que ainda é difícil dimensionar as consequências das investigações que colocaram a Petrobras no centro de um escândalo de corrupção. "Nada disso muda a nossa visão de longo prazo. E o Brasil é estratégico para a Statoil", disse Eitrheim, que chegou ao Rio em meados do ano passado.
O novo presidente da companhia no Brasil afirmou, inclusive, que não descarta a participação da empresa num futuro leilão de novas áreas Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), caso algum deles seja marcado para este ano.
Eitrheim deixou claro que a Statoil será seletiva com seus projetos, mas que o Brasil deve ser preservado. O executivo tem formação incomum. Em um mundo dominado por engenheiros e geólogos ele é formado em Ciências Políticas pela Universidade de Bergen, na Noruega, e a University College Dublin, na Irlanda. Foi chefe de gabinete do icônico Helge Lund, ex-presidente da Statoil e que assumiu a presidência do grupo BG.
A queda abrupta dos preços do petróleo, a partir do segundo semestre do ano passado, pegou a Statoil em um momento em que ela já tinha colocado em marcha um programa de redução de custos. A queda do preço da commodity apenas provoca uma redução das margens, o que exigirá mais eficiência em atividades como a perfuração e produção de petróleo. Como é esperada a paralisação de projetos ao redor do mundo que têm ponto de equilíbrio acima dos atuais preços do óleo, a indústria, e não só a Statoil, poderá aproveitar o desaquecimento do setor para negociar melhores preços de bens e serviços, o que ajudará a reduzir custos.
"O balanço entre oferta e demanda vai fazer os preços do mercado caírem, até porque as margens serão reduzidas. Essa é a nossa expectativa. Estamos convidando fornecedores, não só no Brasil, para discutir os custos a partir de simplificações e padronização de projetos", exemplificou.
No quarto trimestre do ano passado, a norueguesa reportou um prejuízo de US$ 1,18 bilhão, revertendo o lucro de US$ 2 bilhões em igual período de 2013. A empresa, no entanto, fechou 2014 com um lucro acumulado de US$ 3,484 bilhões.
No fim de janeiro, a empresa entregou à ANP o novo plano de desenvolvimento de Peregrino, com uma previsão de perfuração de 21 novos poços, sendo 15 produtores de óleo e seis injetores de água. O objetivo dos investimentos é alongar a vida útil do campo, a maior produção de petróleo e gás da Statoil como operadora fora da Noruega.
Com uma participação de 60% na concessão, a petroleira norueguesa produziu cerca de 73 mil barris de óleo por dia em dezembro. Com a nova fase de produção, a Statoil prevê adicionar cerca de 250 milhões de barris recuperáveis às suas reservas. Peregrino tem um histórico de mais de 90 milhões de barris produzidos desde o primeiro óleo, em abril de 2011.
terça-feira, 10 de março de 2015
Cabotagem é prioridade aqui, deveria ser no país
É isso mesmo. Embora pareça
paradoxal, a cabotagem tem muito espaço para crescer no Brasil, não apenas com
novas cargas, mas também com transferência de cargas de modais menos mais
dispendiosos, mas que ganham espaço no país devido a incentivos e escolhas
políticas notadamente equivocadas.
O problema é que para isso
ocorrer são necessárias ações que incentivem o setor, como a desburocratização
dos portos e a garantia de mesmos preços para combustíveis e insumos, que os
dados para outros modais de transporte.
Fora isso as maior eficiência e
menores custos da Marinha Mercante, no caso a Cabotagem, ficam escondidos atrás
de incentivos fiscais e subsídios dados a modais menos competitivos,
sobrecarregando a economia brasileira com um custo mais alto, e afetando a
competitividade do país como um todo.
Cabotagem requer incentivos para
crescer
Andrezza Queiroga
Novos segmentos necessitam de impulso
“É preciso uma mudança de cultura nos
mercados, com menos imediatismo e mais planejamento para atrair cargas
diferenciadas, como as de projeto, para a cabotagem. Uma única ligação
telefônica pode ser suficiente para contratar um serviço rodoviário de carga de
projeto, por exemplo. Atualmente, o uso das rodovias ainda é menos burocrático,
apesar de gerar custos e riscos muito maiores que a cabotagem”. A afirmação é
do gerente-executivo da Santos Brasil em Imbituba, Paulo Pegas ao ser
questionado sobre como é possível fomentar o modal. Para ele, é importante
entender as vantagens de utilizar o modal portuário no mercado interno, que
estão atreladas a uma maior segurança para a carga e a menores impactos sociais
e ambientais, além de preço competitivo. “A cabotagem conquistou recentemente
novos pontos fortes que a tornaram ainda mais competitiva. A vigência da Lei do
Caminhoneiro é uma delas, porque regulamenta a profissão e impede o abuso nas
horas trabalhadas pelos motoristas de utilitários. Outro ganho recente foi a
vinculação de trabalhadores avulsos na área de peação ou amarração de cargas ao
navio. O contêiner, na cabotagem, experimenta um aumento acima da média no
contexto nacional. Esperamos que a carga de projeto siga a mesma tendência”,
conclui.
sábado, 7 de março de 2015
Impressionante, AC/DC Cover!
A banda de Heavy Metal AC/DC já andou por nosso blogue, e a música de hoje é só para mostrar que para Rock n'Roll não são necessárias guitarras elétricas, baixos, etc. Aqui fez-se uma música excelente com o uso de instrumentos inusitados no estilo da banda, que incluem uma sanfona, uma colher e até uma bigorna. E ficou excelente.
O cover da banda AC/DC, Steve Seagulls, trazendo a música Thunderstruck!
quinta-feira, 5 de março de 2015
Lava Jato continua causando estragos
O Blog dos Mercantes já se manifestou sobre o problema da Operação Lava Jato na Petrobrás. Em nossa primeira intervenção sobre esse tema, dissemos que a operação iria desvendar ainda muitas raízes escondidas, que repercutiria muito nesse primeiro momento, mas que após ações saneadoras por parte do governo e da própria empresa fossem tomadas, e algum tempo transcorrido, as coisas voltariam ao normal.
Pois bem, a recusa da empresa em renovar e estender vínculos contratuais automaticamente fazem parte dessas ações governo-empresarial, como forma de tirar a suspeita sobre os contratos firmados, e também sobre as ações que levaram à situação atual da empresa.
Sobre a manifestação que está relatada no artigo abaixo do Valor Econômico, podemos dizer que é legítima e esperamos inclusive que tais atos se multipliquem pelo país afora, já que os trabalhadores são sempre os mais afetados por situações como essa, afinal, os erros cometidos em cima, escorrem prejudicando os que estão em baixo, e que nada têm que ver com tais atos.
Mas isso não é assim no Brasil, isso é assim no mundo. A falência da gigante de energia Norte-Americana Enron foi motivada por corrupção de seus dirigentes, a crise de 2008, que ainda hoje repercute na economia mundial, também foi causada pela corrupção nos altos escalões de grandes empresas.
Dizemos isso porque temos a falsa ideia de que corrupção se refere apenas a atos que tenham envolvidos o governo e seus agentes, mas corrupção é uma ação muito mais abrangente, e se relaciona com o fato de enganar, falsificar ou qualquer outro ato que leve a ganhos de forma ilícita e fraudulenta.
Assim, as falsificações contábeis da Enron, ou as avaliações maquiadas para valorizar ativos, e que levou à crise de 2008, são todos exemplos de corrupção.
Ela existe e existirá sempre, pelo simples fato de que propicia ganhos altos e fáceis àqueles que a praticam, mas faz parte do amadurecimento democrático de um país aprender a lidar com tais casos, reforçando instituições que combatam e punam esses casos, e que levem a um país mais forte e justo.
Assim como iniciamos essa postagem repetindo uma outra postagem, vamos terminá-la fazendo exatamente o mesmo. Assim, repetimos que, mais do anões do orçamento ou mensalão (que é mais ou menos a mesma coisa), a crise do Lava Jato é uma oportunidade de ouro para que o país puna e reforce suas instituições, fazendo desse um país melhor.
Valor Econômico – Reportagem – 27/02/2015
Sindicato protesta contra demissões em frente da Transpetro
Fernanda Pires
Trabalhadores que atendem um contrato entre a Transpetro e a Queiroz Galvão, para manutenção de tanques em unidades da subsidiária da Petrobras, realizaram um protesto nesta semana diante da iminência de demissões. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de São José dos Campos e Litoral Norte fará um ato em frente ao terminal da Transpetro, em São Sebastião (litoral de São Paulo), contra o fim da prestação dos serviços pela Queiroz. O contrato expira no início de março e não será prorrogado.
Além da unidade em São Sebastião, o contrato abrange a manutenção de tanques na Refinaria Presidente Bernardes, instalada em Cubatão (SP).
Segundo Marcelo Rodolfo da Costa, presidente do sindicato, o trabalho nos tanques ainda não foi concluído e por isso o prazo do contrato poderia ser estendido. “Não estamos a favor da empresa [Queiroz Galvão] nessa situação da Lava-Jato, a nossa preocupação é que venha outra empresa sem boa condição financeira e deixe os trabalhadores na mão”, diz o sindicalista.
A Queiroz Galvão é uma das empresas citadas no âmbito da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. Questionada, a Transpetro não respondeu se a decisão de não prorrogar o contrato tem relação com a investigação. Tampouco se os empregos serão mantidos ou qual empresa ou consórcio assumirá os trabalhos.
Segundo o sindicato, a Queiroz Galvão já comunicou aos trabalhadores o fim do contrato, mas a Transpetro não teria se manifestado. Sem informação, os trabalhadores temem perder o emprego. “São entre 350 a 400 postos de trabalhos. Só no Tebar [Terminal Almirante Barroso, em São Sebastião] são 200 empregos, é uma das empresas que mais empregam em São Sebastião”, afirma Costa.
O Tebar é atualmente o maior terminal de transferência de petróleo do país. O petróleo chega por navio-petroleiro e segue para quatro refinarias do Estado de São Paulo por meio dos oleodutos São Sebastião-Guararema e Santos-São Sebastião.
O protesto de hoje também abarcará o recente fim de outro contrato entre a Transpetro e a Queiroz Galvão. Em janeiro, as empresas cancelaram contrato para a manutenção dos tanques nas unidades de Barueri, Guararema e Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.
Procurada, a Queiroz Galvão não se manifestou até o fechamento desta edição.
terça-feira, 3 de março de 2015
Blog dos Mercantes espera que tenhamos instituições democráticas mais fortes
A reportagem abaixo dá noção do que a crise da Petrobrás está provocando no país. Em Macaé já foram cerca de 13.000 demissões, e isso se replica pelos estados e municípios que têm empresas ligadas à gigantesca estatal. Um retrocesso que precisa virar avanço, com o Brasil saindo dessa crise com instituições mais fortes, com processo para combater e punir a corrupção mais estruturados e eficientes, de forma que esses esses casos se tornem cada vez menos frequentes e menos prejudiciais.
Mas para quem pensa que tal crise se resume às demissões daqueles que trabalham em empreitadas diretamente ligadas à empresa petrolífera, sinto informar mas você está enganado.
Da mesma forma que um contratação costuma refletir em 3 a 5 empregos indiretos (comércio, serviços, etc.), também quando as demissões se iniciam o processo se retrai, e pessoas empregadas em outras áreas acabam tendo seus postos de trabalho fechados devido à retração econômica que as demissões causam. .
A grande crise de 2008 foi provocada por desvios em empresas privadas, onde os ganhos eram legais, pois que claramente indicados pelos gestores das empresas, mas conseguidos de forma ilegal, já que maquiavam maus negócios e resultados financeiro-contábeis para justificar os ganhos. Na empresa estatal tais ganhos não são permitidos, por isso são buscados de forma dissimulada e obscura.
Mas seja às claras, seja obscuramente, os ganhos excessivos sempre são conquistados através de atitudes e procedimentos ilícitos, e sempre recaem de forma mais perversa no trabalhador, que perde seu emprego.
Já dissemos outro dia e vamos repetir: é necessário que tenhamos instrumentos mais eficazes e robustos para combatermos esses desvios. Essa é uma ótima oportunidade para conquistarmos esse avanço democrático e necessário. Não percamos o trem da história.
Quem quiser ler o artigo completo no sítio do Diário Popular é só clicar aqui.
Consórcio QGI desiste das plataformas P-75 e P-77 em Rio Grande
Diante das condições atuais seria inviável para a empresa cumprir o contrato com a Petrobras. Com a decisão, cerca de quatro mil postos de trabalho deixam de ser criados
Por: Juliana Sanches
As incertezas que rondam o Polo Naval agora ganham um capítulo dramático. O consórcio formado pelas empresas Queiroz Galvão e Iesa (QGI Brasil) desistiu da montagem e integração dos módulos de duas plataformas da Petrobras: a P-75 e P-77. Inclusive a estatal já foi notificada por meio de carta, no último dia 6. O argumento é que diante das condições atuais seria inviável técnica e financeiramente cumprir o contrato. Inclusive as quatro mil contratações programadas para operar nas duas petroleiras já foram suspensas.
O problema é a nova normativa adotada pela estatal que impede a assinatura de aditivos de contrato, limitando o orçamento aos recursos inicialmente previstos na licitação. Entre as empresas fornecedoras do polo, também acendeu o alerta. Embora as informações sejam desencontradas, existem queixas de pagamentos atrasados e desconfiança em relação aos próximos passos das empreiteiras.
Em nota, a Petrobras afirmou que está em dia com suas obrigações contratuais e que os pagamentos de seus compromissos reconhecidos com todas as empresas estão sendo realizados de acordo com a legislação vigente e com o estabelecido em contrato. Em relação às duas plataformas, até o fechamento desta edição a estatal não se pronunciou. Já o consórcio QGI prefere não comentar o assunto.
O problema é a nova normativa adotada pela estatal que impede a assinatura de aditivos de contrato, limitando o orçamento aos recursos inicialmente previstos na licitação. Entre as empresas fornecedoras do polo, também acendeu o alerta. Embora as informações sejam desencontradas, existem queixas de pagamentos atrasados e desconfiança em relação aos próximos passos das empreiteiras.
Em nota, a Petrobras afirmou que está em dia com suas obrigações contratuais e que os pagamentos de seus compromissos reconhecidos com todas as empresas estão sendo realizados de acordo com a legislação vigente e com o estabelecido em contrato. Em relação às duas plataformas, até o fechamento desta edição a estatal não se pronunciou. Já o consórcio QGI prefere não comentar o assunto.
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