terça-feira, 3 de março de 2015

Blog dos Mercantes espera que tenhamos instituições democráticas mais fortes

A reportagem abaixo dá noção do que a crise da Petrobrás está provocando no país. Em Macaé já foram cerca de 13.000 demissões, e isso se replica pelos estados e municípios que têm empresas ligadas à gigantesca estatal. Um retrocesso que precisa virar avanço, com o Brasil saindo dessa crise com instituições mais fortes, com processo para combater e punir a corrupção mais estruturados e eficientes, de forma que esses esses casos se tornem cada vez menos frequentes e menos prejudiciais.

Mas para quem pensa que tal crise se resume às demissões daqueles que trabalham em empreitadas diretamente ligadas à empresa petrolífera, sinto informar mas você está enganado.

Da mesma forma que um contratação costuma refletir em 3 a 5 empregos indiretos (comércio, serviços, etc.), também quando as demissões se iniciam o processo se retrai, e pessoas empregadas em outras áreas acabam tendo seus postos de trabalho fechados devido à retração econômica que as demissões causam. . 

A grande crise de 2008 foi provocada por desvios em empresas privadas, onde os ganhos eram legais, pois que claramente indicados pelos gestores das empresas, mas conseguidos de forma ilegal, já que maquiavam maus negócios e resultados financeiro-contábeis para justificar os ganhos. Na empresa estatal tais ganhos não são permitidos, por isso são buscados de forma dissimulada e obscura.

Mas seja às claras, seja obscuramente, os ganhos excessivos sempre são conquistados através de atitudes e procedimentos ilícitos, e sempre recaem de forma mais perversa no trabalhador, que perde seu emprego.

Já dissemos outro dia e vamos repetir: é necessário que tenhamos instrumentos mais eficazes e robustos para combatermos esses desvios. Essa é uma ótima oportunidade para conquistarmos esse avanço democrático e necessário. Não percamos o trem da história.

Quem quiser ler o artigo completo no sítio do Diário Popular é só clicar aqui.

Consórcio QGI desiste das plataformas P-75 e P-77 em Rio Grande

Diante das condições atuais seria inviável para a empresa cumprir o contrato com a Petrobras. Com a decisão, cerca de quatro mil postos de trabalho deixam de ser criados
Por: Juliana Sanches

As incertezas que rondam o Polo Naval agora ganham um capítulo dramático. O consórcio formado pelas empresas Queiroz Galvão e Iesa (QGI Brasil) desistiu da montagem e integração dos módulos de duas plataformas da Petrobras: a P-75 e P-77. Inclusive a estatal já foi notificada por meio de carta, no último dia 6. O argumento é que diante das condições atuais seria inviável técnica e financeiramente cumprir o contrato. Inclusive as quatro mil contratações programadas para operar nas duas petroleiras já foram suspensas.

O problema é a nova normativa adotada pela estatal que impede a assinatura de aditivos de contrato, limitando o orçamento aos recursos inicialmente previstos na licitação. Entre as empresas fornecedoras do polo, também acendeu o alerta. Embora as informações sejam desencontradas, existem queixas de pagamentos atrasados e desconfiança em relação aos próximos passos das empreiteiras.

Em nota, a Petrobras afirmou que está em dia com suas obrigações contratuais e que os pagamentos de seus compromissos reconhecidos com todas as empresas estão sendo realizados de acordo com a legislação vigente e com o estabelecido em contrato. Em relação às duas plataformas, até o fechamento desta edição a estatal não se pronunciou. Já o consórcio QGI prefere não comentar o assunto.

Um comentário: