terça-feira, 14 de abril de 2015

Terceirização, atentado contra direitos trabalhistas

A PL 4330/2014 está em processo de votação no Congresso Nacional, e a mídia vem cobrindo esse processo mostrando até certo ufanismo nisso. O vídeo abaixo mostra que a coisa não é tão interessante assim para funcionários de empresas públicas, autarquias e de capital misto, mas se esquece de incluir aí outros trabalhadores brasileiros. E o vídeo é omisso nesse ponto, porque a terceirização não afetará apenas a trabalhadores das empresas públicas e autarquias, mas muito provavelmente e em maior escala, a trabalhadores do setor privado, mesmo porque foi com vista a esses trabalhadores que a PL foi criada.

O vídeo também é omisso em mostrar que, diferente do que costumam alardear aqueles que defendem o PL, a terceirização não irá aumentar as contratações ou regularizar milhares de trabalhadores que vivem na informalidade; ao contrário deverá levar à terceirização de milhares, talvez milhões de trabalhadores, que hoje têm vínculos estáveis com suas empresas, e fatalmente à precarização dessas relações de trabalho.

Nas precarizações que citamos, uma das principais é o achatamento salarial, e isso se dá por dois motivos. Por parte da contratante de trabalhadores tercerizados, porque esta busca escapar de obrigações trabalhistas, e diminuir seus custos com tais relações. Por parte da fornecedora de trabalhadores tercerizados, porque esta precisará ofertar a mão-de-obra mais barata do que a contratante tinha com a contratação direta, e ainda obter lucro, mesmo tendo ela as obrigações trabalhistas a serem honradas. 

De onde você acha que sairá o dinheiro que propicia lucro a uma empresa e redução de custos a outra?

Olho aberto, porque querem mexer em seu bolso e seus direitos.





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