Já que estamos nesse momento MPB, porque não relembrarmos o excelente 14 Bis, e sua Linda Juventude, estrondoso sucesso dos anos 80? Vale uma atenção no vídeo.
sábado, 30 de janeiro de 2016
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
Crise no Offshore pode piorar
A situação no Offshore pode piorar, não só no Brasil, como no mundo. De quebra a Petrobrás deverá ter mais dificuldades para sair da situação difícil em que se encontra no momento. E como se sabe, a Petrobrás é a maior operadora do Offshore brasileiro.
A primeira faceta é a demissão em massa que a estatal brasileira deverá promover brevemente. Como se sabe, uma ação dessas nunca se encerra em si mesma, e o efeito cascata deve aumentar muito o número de trabalhadores que perderão seus empregos devido as ações de saneamento da empresa.
O outro motivo é o preço do barril de petróleo, que já desceu a cerca de US$30, e que deverá cair para algo em torno de US$20, devido ao retorno do Irã ao mercado internacional, com o fim das sanções impostas pelos EUA.
Esses dois motivos já seriam mais do que suficientes para levar a maior empresa brasileira a ter seríssimos problemas, a sanear suas operações e reduzir drásticamente seu quadro de empregados. No caso da Petrobrás isso piora bastante por causa das denúncias e provas levantadas pela Operação Lava Jato até o momento.
A crise política acentua de forma importante a crise na Petrobrás.
Quem quiser ter mais informações basta ler a matéria veiculada pelo UOL.
A matéria abaixo foi tirada do site BlastingNews.
Publicado:
EMMANOEL GOMES
- Especialista em Política
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PETROBRAS PROMOVE DEMISSÃO EM MASSA DE FUNCIONÁRIOS TERCEIRIZADOS
Em crise, Petrobras prepara mais um demissão de seus funcionários terceirizados para reduzir custos operacionais.
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A Petrobras anunciou, nesta semana, que prepara mais uma rodada de demissões em massa de funcionários terceirizados de suas unidades. De acordo com o diretor financeiro, Ivan Monteiro, a medida será necessária para que se possa reduzir seus custos operacionais, frente a um quadro de crise instalado na empresa e principalmente devido a queda das cotações do barril do petróleo no mercado internacional. Outras medidas deverão ser adotadas para que se possa garantir a otimização de seus gastos com a exploração e refinamento, sem entretanto, acarretar nenhum tipo de prejuízo em termos de produção.
A empresa adota medidas de redução dos custos, sem quantificar uma meta de economia
A Petrobras tem sido alvo de críticas, por parte dos analistas de mercado, em não definir e nem quantificar uma meta exata de quanto deverá ser a sua redução de custos. Esta análise foi divulgada no último dia 12, quando foi feita uma nova revisão nos planos de negócios da empresa. O temor dos técnicos financeiros é que uma redução não planejada de custos, por parte da empresa, possa levar a uma diminuição da produção da estatal.
Quais as medidas que estão sendo adotadas para a redução dos custos?
De acordo com Monteiro, os grandes contratos já passaram por uma reavaliação. São aqueles que envolvem o uso de embarcações, sondas e até helicópteros. A partir disto, novas metas estão sendo formadas e que deverão ser postas em prática, nesta segunda etapa, que envolverá obrigatoriamente uma nova onda de demissões de funcionários terceirizados.
Segundo Solange Guedes, diretora de exploração e produção, a primeira meta de redução foi bastante tímida, com uma primeira etapa de demissões. Entretanto, as próximas metas que estão sendo estabelecidas deverão envolver a devolução de alguns imóveis que foram alugados pela empresa, além disto, a diretora deixou bastante claro que uma nova quantidade de funcionários terceirizados deverão ser desligado da empresa, possivelmente um número ainda maior. O objetivo das medidas é fazer despencar o custo com mão de obra a um patamar o mais baixo possível.
A onda de demissões poderá afetar a produção da empresa?
Rebatendo o temor do mercado de que as medidas de redução de custos, com as demissões programadas, poderiam afetar o desempenho da empresa, a diretora justifica que a produção da empresa já atingiu um patamar otimizado. Isto deu estabilidade à produção interna. Com isto, a Petrobras poderá reduzir custos com investimentos, diante do quadro de crise que necessita de ajustes, sem contudo afetar a sua produção normal. As medidas incluem ainda a redução pela metade da construção de novos poços e o adiamento da conexão deste postos com as plataformas para beneficiamento e refino, além de se manter a produtividade nos chamados poços firmes.
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
Enquanto você se distrai com Lava Jato
A verdade é que a fraqueza política de nossa Presidente da República vem dando margem a muitos desatinos no país. Não satisfeitos com a tentativa de golpe, que é o Processo de Impeachment, ainda buscam, de forma vil e covarde, contrabandear alguns artigos numa emenda na MP 680, que tratou do Programa de Proteção ao Emprego, e é uma tentativa de atenuar a quantidade de demissões durante o auge da crise econômica brasileira, e tem previsão de duração de apenas dois anos. Esses artigos seriam permanentes, o que fere o principio da própria MP680, que tem caráter provisório, e flexibilizaria a CLT, fazendo com que o acordado se sobrepusesse ao estipulado em Lei.
Isso já foi tentado no período FHC, e foi barrado por Lula em seu primeiro governo. Agora volta de forma traiçoeira.
Fiquem atentos, porque isso é algo absurdamente prejudicial ao trabalhador brasileiro, ainda mais num país em que a instabilidade econômica e a fragilidade das Instituições é algo tão flagrante.
Blog do Miro – Reportagem – 09/10/2015
Ataque histórico aos direitos trabalhistas
Antônio Augusto de Queiroz
A Comissão Mista que tratou da MP 680, relativa ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), aprovou emenda ao texto prevendo a prevalência do negociado sobre o legislado, ou seja, só vale o que estiver na CLT se um acordo ou convenção coletiva não dispuser em sentido diferente. A emenda, acatada pelo relator, deputado Daniel Vilela (PMDB-GO), e aprovada no colegiado, é do deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS).
O texto, que será votado pelo plenário da Câmara e, se aprovado, pelo plenário do Senado, representará o maior retrocesso já havido nas relações de trabalho, porque flexibiliza e cria condições para precarizar os direitos dos trabalhadores, especialmente em momento de retração da atividade econômica.
A emenda incorporada ao Projeto de Lei de Conversão da MP 680 tem conteúdo equivalente ao do PL 5.483/01, da era FHC, que foi aprovado na Câmara por 264 votos a favor, 213 contrários e duas abstenções. Esse projeto chegou a tramitar no Senado, PLC 134/01, mas foi arquivado em face da aprovação da Mensagem 78/03, enviada ao Congresso pelo presidente Lula, que pedia a retirada de tramitação desse projeto de iniciativa do Poder Executivo.
O projeto de flexibilização da CLT, elaborado na gestão do ministro do Trabalho Francisco Dornelles (PP-RJ), durante o governo FHC, teve como relator na Câmara o ex-deputado e atual ministro do TCU, José Múcio Monteiro (PTB-PE). O então deputado e atual senador Paulo Paim (PT-RS), que lutou com todas as forças contra o projeto na Câmara, foi candidato ao Senado com o propósito de barrar a tramitação da matéria lá na Câmara Alta.
Passados 14 anos, por iniciativa de deputados vinculados à bancada empresarial, o pesadelo da flexibilização da CLT volta à cena, e desta vez numa manobra escandalosa. A emenda que institui, em caráter permanente, a prevalência do negociado sobre o legislado, se dá numa medida provisória que trata de um programa temporário de combate ao desemprego, com prazo máximo de duração de dois anos.
Quanto à emenda, registre-se que todas as centrais foram contrárias à sua aprovação e que também houve manifestação contrária da então Secretaria-Geral da Presidência da República, embora o Ministério do Trabalho e Emprego tenha sido completamente omisso nesse processo. Apesar disto, o texto foi aprovado por 12 votos a oito.
Feita esta contextualização histórica e informados os personagens envolvidos, vamos ao que fazer para evitar que essa tentativa de agressão ao Direito do Trabalho no país não se transforme em norma jurídica.
O primeiro a fazer é apresentar um recurso ao presidente da Câmara para considerar não escrito a parte do parecer que incorpora a emenda, já que se trata claramente de contrabando, uma vez a MP trata de um programa temporário, de apenas dois anos de duração, e a emenda tem caráter permanente.
A segunda ação, inviabilizada a primeira hipótese, é apresentar destaque para a votação em separado, excluindo do projeto de lei de conversão os artigos 11 e 12, que resultaram da referida emenda. Apresentado o destaque, o texto precisa ser aprovado por maioria simples para ser considerado aprovado.
Para clareza do que está em debate, reproduzimos a seguir os artigos 11 e 12, com a íntegra da emenda que institui a prevalência do negociado sobre o legislado:
“Art. 11. O art. 611 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar acrescido dos seguintes parágrafos:
“Art. 611.
§ 3º As condições de trabalho ajustadas mediante convenção ou acordo coletivo de trabalho prevalecem sobre o disposto em lei, desde que não contrariem ou inviabilizem direitos previstos na Constituição Federal, nas convenções da Organização Internacional do Trabalho – OIT, ratificadas pelo Brasil, e as normas de higiene, saúde e segurança do trabalho.
§ 4º Para o efeito previsto no caput deste artigo, deve ser ampla a divulgação da assembleia geral que autorize a celebração de convenção ou acordo coletivo, garantida a participação e o voto de todos os interessados.
Art. 12. A prevalência das convenções e acordos coletivos trabalhistas sobre as disposições legais, consoante a redação dada pelo art. 11 ao art. 611 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, aplica-se somente aos instrumentos negociais coletivos posteriores à publicação desta Lei e não prejudica a execução daqueles em andamento e os direitos adquiridos em razão da lei, de contrato ou de convenções e acordos coletivos anteriores.”
O terceiro ato, caso não seja possível reverter na Câmara, é atuar fortemente sobre os senadores para que rejeitem a referida emenda.
A quarta e última ação, caso o texto seja aprovado conclusivamente pelo Congresso, é trabalhar o veto presidencial aos artigos 11 e 12 do Projeto de Lei de Conversão, como forma de preservar o programa de proteção ao emprego, porém sem precarizar, de modo permanente, as relações de trabalho.
Há, portanto, muito que fazer. O movimento sindical deve concentrar todos os seus esforços na luta para evitar esse retrocesso, que é infinitamente maior do que o mal da terceirização. De qualquer modo, se não for possível derrotar a emenda no Congresso, a presidente Dilma tem a obrigação moral de vetar os artigos que flexibilizam a CLT e tornam letra morta o Direito do Trabalho. Mãos à obra.
sábado, 23 de janeiro de 2016
Boca Livre - 02 - Toada (Na Direção do Dia)
Boca Livre. O excelente grupo vocal ainda não tinha pintado no nosso Blog dos Mercantes. Mas nunca é tarde, e cá entre nós, são tantos cantores de talento, que não é fácil lembrarmos de todos, mesmo o Blog já estando há cinco anos no ar. Mas se eles tardaram a chegar, chegaram em grande estilo.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
Até quando?
A cada dia que passa, colhemos mais informações que comprovam que o modal aquaviário é o melhor para o transporte de carga nas longas distâncias brasileiras. Se somarmos isso às precárias condições de nossas estradas e ao sucateamento e total insuficiência de nossa malha ferroviária, não nos resta muita alternativa viável mesmo.
E o recorde de operações de cabotagem no porto de Santos vem exatamente no encontro do que vimos afirmando. Que outro modal consegue aumentar sua participação efetiva em tempos de crise econômica aguda?
Até quando nossos governos irão preterir o transporte mais barato, viável, ecológico e seguro em prol de modais que são exatamente o inverso?
Com a palavra, nossas autoridades.
A Tribuna – Reportagem – 20/10/2015
Operações de cabotagem têm alta recorde no porto de Santos
José Claudio Pimentel
A movimentação de cargas de cabotagem – aquelas transportadas em navios ao longo da costa – no Porto de Santos teve um crescimento recorde de 30% nos oito primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período do exercício anterior.
O dado é da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária) e comprova a expansão do transporte marítimo na logística brasileira. Redução de custos operacionais e maior competitividade são as justificativas para a alta nesse serviço.
Os números da Docas incluem tanto as mercadorias especificamente de cabotagem como as de transbordo – as que, transportadas em navios de longo curso, são descarregadas no Porto para posterior embarque em linhas de cabotagem, ou vice- versa.
Conforme o levantamento da Codesp, a carga geral é a principal responsável pela alta nessa movimentação, com um crescimento de quase 20%. Em seguida, estão os granéis líquidos (combustíveis e compostos químicos), com 15% a mais.
Nessas operações, as mercadorias contêinerizadas cresceram 30%: saltando de 381.350 TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), em 2014, para 495.294 TEU, neste ano. Do total de 2015, 238.009 TEU foram pontualmente de transbordo.
Para o presidente da Docas, Angelino Caputo e Oliveira, os dados mostram mais do que o crescimento da cabotagem propriamente dito. Os números evidenciam a consolidação do Porto de Santos como um hub port (porto concentrador), onde as cargas chegam do mundo e são distribuídas pelo modal hidroviário, por outros cargueiros, pelo País.
“É a vocação do Porto”, fala o executivo, ao destacar os investimentos no cais santista – como a manutenção da dragagem, que garante as condições de navegação no complexo e permite a vinda de navios maiores, com maior quantidade de carga. “São esses cargueiros que trazem o contêiner de transbordo, a ser levado para outros portos brasileiros por navios menores, capazes de serem recebidos por
lá”.
O levantamento da companhia também mostra maior movimentação de embarcações de cabotagem em Santos. Nos oito primeiros meses do ano, houve 3.269 escalas de navios no cais. Dessas, 564 eram de embarcações com atuação pela costa. A participação é de 17%, superior aos 14% registrados no mesmo período em 2014, quando aconteceram 488 dessas escalas.
Esse resultado também é motivado pela maior oferta de espaço para recepção e armazenagem das cargas de cabotagem no Porto, aponta Caputo, que vê uma retomada da navegação costeira em Santos. Entre 2011 e 2013, houve uma queda de 30% no comparativo com o período 2008-2010.
“Eu acredito que a competição para a atividade econômica é positiva. Enquanto uns terminais forem mais eficientes que outros e oferecerem um custo melhor, os clientes serão beneficiados”. Para o presidente da Codesp, a chegada de dois novos terminais de contêineres ao complexo santista possibilitou isso: mais espaço para carga, mais competição e menores tarifas.
O aumento da cabotagem ainda reflete a atual crise econômica, uma vez que esse tipo de transporte é mais barato, proporcionalmente, do que o rodoviário, diz Caputo, “É, certamente, um aumento acima das expectativas. Crescer nessa conjuntura já é um grande ganho”, afirma.
Marinha do Brasil trabalhará diretamente com o Congresso
Muito interessante a iniciativa do Congresso Brasileiro em contar com a cooperação técnica da Marinha do Brasil para a regulamentação e a iniciativa de incentivos e reestruturação do comércio marítimo brasileiro, tanto na Costa quanto no Longo Curso. Quanto a este último, me surpreendeu saber que temos 4 embarcações operando em linhas para o exterior.
De qualquer forma a iniciativa é muito válida, principalmente se contar também com a presença dos sindicatos do setor, que poderão somar informações valiosas, e dar sugestões pensadas por aqueles que vivem o dia a dia dessas operações.
Portos e Navios – Reportagem – 23/11/2015
Marinha sinaliza acordo de cooperação técnica com Senado
A Marinha do Brasil deverá participar da construção de acordo de cooperação técnica com a Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem (Frenlog). O entendimento foi realizado pelo senador Wellington Fagundes (PR-MT), presidente da frente, com o Almirante de Esquadra Paulo Cezar Küster. Com isso, a corporação passa a se inserir nos trabalhos que impactam a infraestrutura nacional de transportes.
Um dos itens que a Marinha deverá atuar de forma direta é a cabotagem – navegação entre portos, considerada ainda incipiente no Brasil, apesar do grande potencial de exploração. Outra frente que a corporação emprestará sua expertise é o desenvolvimento das dragagens de portos e implantação e navegação hidroviária.
Durante a reunião, o almirante Küster apresentou números considerados expressivos da comunidade marítima, composta por 11 órgãos governamentais, 235 instalações portuárias, 53 empresas brasileiras de navegação, 369 agências de navegação e 45 estaleiros. “Para ter uma ideia, somente o frete marítimo, em 2014, movimentou cerca de US$ 7 bilhões de dólares” - disse o almirante.
No futuro, a Frenlog deverá também atuar pela renovação da frota marítima brasileira que, segundo Küster, tem uma idade avançada. “A idade média de nossas embarcações é de 15 anos, sendo que a vida útil de um navio é de 20 anos de uso intensivo” - alertou.
O senador republicano observou que há um desconhecimento da população para “este tão importante trabalho realizado pela Marinha”, e que poderá, segundo ele, “ganhar voz pelos deputados e senadores que compõem a frente”.
Wellington destacou a necessidade do Parlamento em contribuir e, ao mesmo tempo, receber contribuições das Forças Armadas, em especial da Marinha. Observou que a corporação atua direta ou indiretamente na agricultura, nos transportes, na pesca, nos serviços marítimos, na construção e reparação de embarcações, entre muitas outras áreas. “Todos estes serviços estão em consonância com o Plano de Trabalho da Frenlog, lançado em agosto deste ano” - disse o senador Wellington
Fagundes.
Para Wellington, ampliar o número de navios brasileiros de longo curso (atualmente são apenas 4) e também a quantidade de embarcações que praticam a cabotagem (somente 175) fará com que o país retome seu crescimento e figure como um exportador modelo. “Como um representante de Mato Grosso, líder em produção de grãos e carne, luto para que tudo o que vamos exportar atinja seu destino ao menor custo possível. Isso garante competitividade e desenvolve todo o país”,
afirma.
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
Quem paga é sempre o trabalhador
Há alguns anos o Blog dos Mercantes, o Sindmar e outras atores vêm afirmando que não havia nenhuma garantia de que o mercado de trabalho na Marinha Mercante estivesse superaquecido. Não tínhamos a concretização das encomendas de embarcações no ritmo previsto, e as embarcações que ainda não tinham sido entregues ainda poderiam ser canceladas a qualquer momento. Esse é o quadro atual do aumento e substituição da frota mercante brasileira.
Mas na formação de oficiais e guarnição a coisa corre caminho oposto. Seguimos formando grandes levas de profissionais, que não conseguirão embarque, e que certamente migrarão para outras carreiras. Isso significa dinheiro do contribuinte sendo desperdiçado nas Escolas de Formação, além de prejuízo enorme aos trabalhadores empregados ou não, pois em qualquer dos casos terão suas condições aviltadas devido a péssima previsão feita da necessidade de mão-de-obra por nossas autoridades.
Lamentável!
Por que não?
O texto abaixo fala mais especificamente de gestores, mas pode ser estendido ao resto do setor, que já demonstra claro achatamento salarial. Mas isso se dá devido a crise nesse setor, que vivemos no mundo todo, e que atinge o Brasil mais fortemente.
Mas não desanimem os que trabalham nessa área. Talvez as previsões abaixo possam se concretizar no médio prazo (como disse acima, o achatamento já se faz sentir), mas nada nem ninguém garante que o preço do petróleo não volte a casa dos US$ 100, e que os salários não voltem a apresentar grande alta devido a demanda superaquecida do setor.
Exercícios de futurologia costumam ser bastante furados.
Portos e Navios – Reportagem – 23/09/2015
Salários do setor de óleo e gás não voltarão ao patamar de 2010, afirma Uphill
Ainda que passado o período de ajustes e considerando a retomada dos projetos e contratações, os salários no setor de petróleo e gás não voltarão ao patamar de 2010, quando as remunerações subiam acima da média global. "A indústria estava aquecida, mas as remunerações no Brasil estavam distorcidas. O mercado ficou inflacionado. O país precisava entrar em uma faixa salarial alinhada com o patamar global." A avaliação é de Alessandra Simões, sócia da UpHill, empresa de recrutamento, atração e seleção de executivos que atua nos setores de petróleo e gás, energia, infraestrutura, bens de consumo e varejo. "Além disso, com o barril em US$ 100 dólares, ficava mais fácil contratar", observa.
"Entre 2009 e 2010, era normal um profissional do setor dobrar, em dois anos, seus rendimentos. Cada movimentação – como sair de uma empresa para outra –, representava entre 30% a 40% de aumento. Algumas vezes, até mais de 100% ", lembra. "Hoje, quando esse movimento acontece, por algumas vezes é negativo, ou seja, o profissional assume uma nova posição ganhando menos do que ganhava em sua última experiência", explica.
Para a consultora, na maioria das empresas o pior já passou. "Naquele período, o organograma, a estrutura organizacional das empresas inchou e hoje acontece um esvaziamento das estruturas, materializado em ondas de demissões. Mas hoje grande parte das empresas já realizou os ajustes. Quem saiu na frente, inclusive fazendo reduções de salários, vê um horizonte menos nebuloso pela frente", diz, não descartando, no entanto, ajustes finos até o final de 2016. "A malha fina agora será na avaliação do desempenho. Quem não estiver performando vai ser trocado", alerta a UpHill.
A previsão da consultora é que, quando o mercado acomodar, com o preço do barril voltar ao patamar de US$ 60 a US$ 70, os reajustes salariais por conta de uma mudança de empresa fiquem em torno de 15% a 20% sobre a remuneração anual do profissional.
sábado, 16 de janeiro de 2016
Teodoro e Sampaio - O trem tá feio
Já que estamos rodando pela MPB das antigas, O trem tá feio com Teodoro e Sampaio é uma das grandes composições dos anos 80.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2016
Resgate no Mediterrâneo
A vida no mar é dura, difícil, e perigosa. Isso para quem anda em navios modernos e dentro de todas as condições e regras de segurança da navegação e de operacionalidade. Mas imaginem para quem se arrisca em embarcações precárias, e sem cumprir nenhuma dessas regras?
Por isso o Blog dos Mercantes gostaria de parabenizar a Marinha do Brasil pela participação no resgate de refugiados que buscavam adentrar a Europa de forma irregular, na tentativa de conseguir melhores condições de vida.
Se os "imigrantes e legais" irão conquistar e se beneficiar das benesses que esperam, eu não faço ideia. Mas uma coisa é certa, suas vidas foram preservadas, e com isso eles ao menos terão a chance de conquistar melhores condições de vida.
Solidariedades no mar é o lema, e a Marinha do Brasil expressou isso em sua maior magnitude.
Portos e Navios – Reportagem – 08/09/2015
Marinha do Brasil realiza resgate, salvando 220 migrantes no Mar Mediterrâneo
Neste momento em que tantos líderes europeus envergonham seus países, a Marinha brasileira nos dá razões para nos orgulharmos.
Nesta sexta-feira, cerca de 13h30 (18h30 na Itália), a corveta “Barroso”, da Marinha do Brasil, navegava no Mar Mediterrâneo, a 170 milhas da Sicília, Itália, com destino a Beirute, no Líbano, quando recebeu um comunicado do Centro de Busca e Salvamento Marítimo italiano, sobre a existência de um barco com risco de afundar com cerca de 400 migrantes, rumo à Europa.
O Centro de Busca italiano solicitou ao navio brasileiro que se aproximasse da embarcação, a cerca de 150 milhas de Peloponeso, na Grécia. Ele chegou ao local após uma hora de navegação.
Dois navios-patrulha italianos de pequeno porte se juntaram a eles e, impossibilitados de receberem os migrantes a bordo, a Guarda Costeira italiana solicitou o apoio da Marinha do Brasil para efetuar o resgate e seu transporte para o porto italiano de Catânia.
O comandante da Marinha do Brasil prontamente autorizou a prestação desse apoio, a fim de salvaguardar a vida daquelas pessoas e a transferência dos migrantes para a corveta brasileira acaba de ser completada, tendo sido recebidas 220 pessoas: 94 mulheres, 37 crianças e 4 bebês de colo, muitos deles extremamente debilitados. Já é noite no local, porém o mar está calmo, facilitando a operação em curso.
Com uma tripulação de 191 militares a bordo, a corveta “Barroso” saiu do Rio de Janeiro em 8 de agosto para substituir a Fragata “União” na Força-Tarefa Marítima da ONU no Líbano, a fim de atuar como Navio Capitânia do comandante da Força-Tarefa, cargo exercido por um almirante brasileiro desde 2011, e realizar tarefas de interdição marítima e capacitação da Marinha libanesa.
O navio permanece no Líbano até fevereiro de 2016.
terça-feira, 12 de janeiro de 2016
Ciro Gomes no programa Mariana Godoy entrevista
Mais uma ótima entrevista de Ciro Gomes, dessa vez no Mariana Godoy entrevista. Vale a pena gastar 32 min e acompanhar o que o ex-Governador do Ceará e ex Ministro da Fazenda disse sobre impeachment, Brasil e política.
sábado, 9 de janeiro de 2016
Amor nas Estrelas - NARA LEÃO
Nara Leão fez sua passagem ainda muito nova, com apenas 47 anos. Oriunda e musa da Bossa Nova, era dona de uma voz suave e aveludada, e de um belíssimo repertório. Esse foi um de seus últimos sucessos.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
Utilidade Pública - Aedes Egypts
Verão na área, muita chuva, e a dengue mais viva do que nunca. Com esse quadro pensamos em usar esse espaço para alertar as pessoas também: cuidem para que o mosquito não se prolifere e que a epidemia seja definitivamente banida de nosso país.
Por que o Brasil não consegue combater o mosquito da dengue?
Camila Neumam
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
Casos de dengue, chikungunya e zika, todos vírus transmitidos pelo mosquitoAedes aegypti, aumentam no país a cada ano, apesar das inúmeras campanhas de conscientização e mutirões de combate a focos. Em 2015, mais de 1,5 milhão de pessoas foram infectadas com um dos três vírus no Brasil.
Por que isso acontece? Por uma série de fatores, cujo culpado está longe de ser o mosquito. O acúmulo de água parada em recipientes e no lixo somados ao clima tropical favorável fazem o problema ser tanto do governo, que precisa investir em políticas públicas de combate, quanto da população, que deve estar atenta ao acúmulo de água parada em casa.
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
Mais uma embarcação operando, mas é muito pouco
Não é novidade para ninguém do meio que o setor de Marinha Mercante está em crise. O Sindmar e outros órgãos de classe de Marítimos, bem como o Blog dos Mercantes, alertaram durante muito tempo para o fato de as encomendas do setor naval não se concretizavam, nem com o ritmo, nem com a quantidade necessária para absorver o grande número de marítimos que as Escolas de Formação recrutavam para treinamento, e começavam a lançar no mercado todos os anos.
O resultado disso é o desemprego que já alcança índices elevados, muito acima da média nacional, já que o setor de Marinha Mercante apresenta um mercado ainda muito restrito, e o subsetor de offshore é m dos mais atingidos pela crise que presenciamos no país. E a cada dia que passa, infelizmente as previsões e dados fornecidos pelos representantes dos trabalhadores se concretizam.
O caso do Promef é emblemático nessa questão. Extremamente atrasado, e ameaçado de ser reduzido pela Petrobrás, está longe de oferecer as vagas de emprego que deveria.
E se a ideia dos empresários era assoberbar o mercado de trabalho com marítimos para com isso reduzir salários e direitos sociais, sinto mais uma vez informar que o tiro é de curto alcance, porque a grande maioria dos jovens recém formados e atualmente desempregados, irá procurar outros meios de sobrevivência, e dificilmente voltarão a buscar embarque.
Esperamos que o pais comece a analisar e projetar melhor suas necessidades, sem ceder às pressões políticas que atendam a uma minoria (no caso meia dúzia de armadores), em detrimento dos interesses da grande maioria da população brasileira.
Esse é um dos motivos porque hoje estamos em crise: planejamento feito para cobrir interesses particulares de poucos, não necessidades de muitos.
Valor Econômico – Reportagem – 25/09/2015
Transpetro coloca em operação 12ª embarcação do Promef
O navio Marcílio Dias foi entregue à Transpetro ontem, quinta-feira, após cerimônia no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Ipojuca (PE). Esta é a 12ª embarcação do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) a entrar em operação. A viagem inaugural do petroleiro será para a Bacia de Campos, onde fará sua primeira operação de carregamento.
Em nota, a Transpetro informou que o Marcílio Dias é o sexto da série de dez navios do tipo suezmax encomendados ao EAS. Atualmente, há quatro embarcações do Promef em construção no estaleiro, das quais uma se encontra no estágio de acabamento. Os navios suezmax são destinados ao transporte de óleo cru na exportação e cabotagem, com capacidade de transporte de carga de cerca de 1 milhão de barris de petróleo, o equivalente a quase metade da produção brasileira diária.
Além do Marcílio Dias, os outros navios do Promef que já estão operando são o gaseiro Oscar Niemeyer; os suezmax André Rebouças, Henrique Dias, Dragão do Mar, Zumbi dos Palmares e João Cândido; o panamax Anita Garibaldi e os navios de produtos José Alencar, Rômulo Almeida, Sérgio Buarque de Holanda e Celso Furtado.
sábado, 2 de janeiro de 2016
Adriana Calcanhotto - Inverno
Diferente de nossa última potagem, essa música é um dos primeiros sucessos da excelente Adriana Calcanhotto, ótima cantora, que segue nos brindando com suas maravilhosas interpretações.
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