quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Marinha do Brasil trabalhará diretamente com o Congresso

Muito interessante a iniciativa do Congresso Brasileiro em contar com a cooperação técnica da Marinha do Brasil para a regulamentação e a iniciativa de incentivos e reestruturação do comércio marítimo brasileiro, tanto na Costa quanto no Longo Curso. Quanto a este último, me surpreendeu saber que temos 4 embarcações operando em linhas para o exterior.

De qualquer forma a iniciativa é muito válida, principalmente se contar também com a presença dos sindicatos do setor, que poderão somar informações valiosas, e dar sugestões pensadas por aqueles que vivem o dia a dia dessas operações.


Portos e Navios – Reportagem – 23/11/2015

Marinha sinaliza acordo de cooperação técnica com Senado

A Marinha do Brasil deverá participar da construção de acordo de cooperação técnica com a Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem (Frenlog). O entendimento foi realizado pelo senador Wellington Fagundes (PR-MT), presidente da frente, com o Almirante de Esquadra Paulo Cezar Küster. Com isso, a corporação passa a se inserir nos trabalhos que impactam a infraestrutura nacional de transportes.

Um dos itens que a Marinha deverá atuar de forma direta é a cabotagem – navegação entre portos, considerada ainda incipiente no Brasil, apesar do grande potencial de exploração. Outra frente que a corporação emprestará sua expertise é o desenvolvimento das dragagens de portos e implantação e navegação hidroviária.

Durante a reunião, o almirante Küster apresentou números considerados expressivos da comunidade marítima, composta por 11 órgãos governamentais, 235 instalações portuárias, 53 empresas brasileiras de navegação, 369 agências de navegação e 45 estaleiros. “Para ter uma ideia, somente o frete marítimo, em 2014, movimentou cerca de US$ 7 bilhões de dólares” - disse o almirante.

No futuro, a Frenlog deverá também atuar pela renovação da frota marítima brasileira que, segundo Küster, tem uma idade avançada. “A idade média de nossas embarcações é de 15 anos, sendo que a vida útil de um navio é de 20 anos de uso intensivo” - alertou.

O senador republicano observou que há um desconhecimento da população para “este tão importante trabalho realizado pela Marinha”, e que poderá, segundo ele, “ganhar voz pelos deputados e senadores que compõem a frente”.

Wellington destacou a necessidade do Parlamento em contribuir e, ao mesmo tempo, receber contribuições das Forças Armadas, em especial da Marinha. Observou que a corporação atua direta ou indiretamente na  agricultura, nos transportes, na pesca, nos serviços marítimos, na construção e reparação de embarcações, entre muitas outras áreas. “Todos estes serviços estão em consonância com o Plano de Trabalho da  Frenlog, lançado em agosto deste ano” - disse o senador Wellington
Fagundes.

Para Wellington, ampliar o número de navios brasileiros de longo curso (atualmente são apenas 4) e também a quantidade de embarcações que praticam a cabotagem (somente 175) fará com que o país retome seu crescimento e figure como um exportador modelo. “Como um representante de Mato Grosso, líder em produção de grãos e carne, luto para que tudo o que vamos exportar atinja seu destino ao menor custo possível. Isso garante competitividade e desenvolve todo o país”,
afirma.

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