terça-feira, 18 de outubro de 2016

Não sabem o que fazer no Brasil, e querem se meter nos Estados Unidos

O texto abaixo foi retirado do Blog do Luiz Nassif, do Jornal GGN.

Os defensores da extrema direita no Brasil surtaram de vez. Além de defenderem uma utopia destrutiva, que é o neoliberalismo, tanto quanto o é a do socialismo de estado, agora ainda organizam um ato em apoio a candidatura Trump, lá nos EUA. Candidatura que defende os sofismas que esses brasileiros defendem, e que é a negação do que pedem sempre que estão em dificuldades.

Basta ver que quando foi necessário, o governo americano, que não intervém na economia, soube estatizar a GM, investir pesado em bancos e seguradoras, e distribuir crédito a vontade pela economia americana. Gostaria que os papas do neoliberalismo me expliquem em que ponto essas ações norte-americanas são uma não intervenção na economia.

De qualquer forma eu gostaria de entender, não só a não intervenção econômica norte-americana, como também o que passa na cabeça desses brasileiros que convocam uma manifestação dessas? Afinal de contas, os caras não sabem o que fazer com o Brasil, e querem se meter na política norte-americana. Além disso, ainda acreditam que o Tio San virá salvá-los das asneiras que fazem, provavelmente vestido de fraque, cartola, capa, e todas aquelas estrelas que aparecem na bandeira americana, e que representam os estados que compõem os EUA.

Acho mais fácil levarem tudo o que temos e deixar-nos com uma bela banana.

Mas cada um acredita no Papai Noel que preferir.



Ato em apoio a Trump na Paulista é ridicularizado nas redes sociais

Jornal GGN - As redes sociais não perdoam o ato organizado pelo movimento "Juntos pelo Brasil" em apoio ao candidato republicano Donald Trump, programado para ocorrer na Avenida Paulista, no dia 29. Reportagem de O Globo conversou com um dos organizadores que disse que as críticas eram esperadas porque "há uma onda de manipulação no ar para tirar credibilidade de Trump". Apesar disso, ele acredita que ir às ruas em apoio a Trump contra a candidata Hillary Clinton ("a Dilma americana") vale a pena para ajudar nas relações Brasil-Estados Unidos. Enquanto isso, internautas recebem a notícia com sarcasmo.
Enviado por Mara L. Baraúna
Por Jaqueline Falcão
O Globo
SÃO PAULO — O movimento “Juntos pelo Brasil” organiza um ato de apoio ao candidato republicano à Casa Branca Donald Trump, na Avenida Paulista, para o próximo dia 29. Na página no Facebook, com 2 mil interessados e 5,4 mil compartilhamentos (até o meio-dia desta sexta-feira), a manifestação convoca para “mostrar que o Brasil apoia os irmãos conservadores americanos” e que não quer “ver a Dilma Americana na Presidência”. O ato brasileiro em apoio ao republicano, que tem enfrentado escândalos sexuais durante a campanha presidencial, viralizou nas redes sociais
— Na pior das hipóteses, Trump falou alguma besteira. Nada se compara ao Bill Clinton, que é acusado de estupro, ou à própria Hillary (Clinton, também candidata nos EUA), que mentiu em juízo para colocar um estuprador na rua — diz Leandro Mohallem, do “Juntos pelo Brasil”.
A organização recomenda que os participantes vistam roupas nas cores azul, branco e vermelho e levem bandeiras dos Estados Unidos. Cartazes escritos em inglês serão bem-vindos.
O assunto rapidamente ganhou espaço no Twitter, já na noite de quinta-feira, com várias publicações: “Da série: não creio, agora com participação decisiva da burrice do paulista: ato a favor de Trump”, “Um ato de apoio ao Trump na avenida Paulista é daquelas coisas que confrontam vorazmente minha percepção de realidade”.  “Tragicômico”, “Para tudo, tem um ato de apoio ao Trump no Brasil e eu não to sabendo lidar”, “Toda vez que vc se sentir burro, lembre-se que teve gente que marcou um ato na avenida Paulista em favor do Trump”.
Até meio-dia, na página do evento, 814 pessoas haviam confirmado presença.
As críticas já eram esperadas, diz Dennis Heiderich, também da organização.
— A crítica não surpreende, tanto da direita quanto da esquerda. Há uma onda de manipulação no ar para tirar a credibilidade do Trump — diz Heiderich.
O “Juntos pelo Brasil” já vinha fazendo manifestações de apoio a Trump em redes sociais e até traduzindo vídeos.
— Conversando, nós pensamos: por que não levar isso para a rua? Colocamos no ar ontem o aviso do ato. E o número de pessoas interessadas e de compartilhamentos está melhor do que as expectativas — avalia Heiderich.
Dennis Heiderich explica que o movimento defende a campanha de Trump desde o início da corrida eleitoral:
- Desde as prévias já definimos apoiar os republicanos. E tínhamos certeza de que seria o Trump o candidato, pelo choque de gestão que ele representa. Ele vem no sentido de resgatar os valores americanos. O que acontece nos Estados Unidos interfere no mundo inteiro, todos nós sabemos disso. Trump é um grande defensor da reestruturação do capitalismo - explica. Com a vitória de Trump, acredita ele, o laços Brasil-EUA seriam maiores.
Após o escândalo provocado pelo vazamento de declarações de Donald Trump em 2005, gabando-se de apalpar, beijar e tentar fazer sexo com mulheres por ser uma estrela, surgiram denúncias de abuso sexual. A campanha do candidato nega. Mais de 50 republicanos eleitos em cargos legislativos e executivos abandonaram sua campanha. Muitos pediram que ele renunciasse à disputa. Mas ele garantiu que resistirá até o fim da corrida presidencial americana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário