Ainda que sujeitas a ciclos de
chuva e quantidade de água nas bacias hidrográficas por onde passam, as
hidrovias dificilmente deixam de ser utilizáveis, e ainda podem se
complementar, pois com algumas obras mais, elas se tornam interligadas. Isso
poluindo muito menos, não congestionando o trânsito e sendo muito mais barato
que qualquer outro mio de transporte.
Por tudo isso elas são a melhor
opção para cargas que não tenham grande pressa em chegar ao destino. E é por
isso que sempre dizemos que elas não podem ser utilizadas sozinhas, mas sim
dentro de um sistema intermodal bem pensado.
Dadas as grandes distâncias que
encontramos no país sabemos que fácil não é, mas totalmente exequível e a um custo
muito mais baixo do que as caríssimas ferrovias, e as caras e complicadas
rodovias.
Não à toa o mercado tem buscado
por essa solução, e pressionado o governo por melhorias e ampliações em nossa
malha navegável.
Os exemplos das vantagens de se
ter um sistema de transportes baseado em navegação se sucedem, agora precisamos
que os investimentos necessários também seja garantidos e empregados.
Exportação
de minério eleva movimento em hidrovia
Enquanto a
Hidrovia Paraná-Tietê enfrenta restrições no transporte de cargas por causa do
baixo nível dos rios, os portos localizados em Corumbá e Ladário, na Hidrovia
do Rio Paraguai, aumentaram em 27,38% o volume movimentado no primeiro semestre
deste ano em relação ao mesmo período de 2013. O incremento foi puxado pela
exportação do minério de ferro, que teve avanço de 29,91%, segundo dados da
Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).
De acordo
com a a Antaq, no primeiro semestre de 2014, “destaca-se o crescimento da
exportação de minério de ferro e a significativa redução no transporte das
commodities agrícolas, como a soja e o milho. Esses produtos utilizam rotas
específicas com diferentes condições de navegação”.
A
autarquia aponta que foi exportado pouco mais de 3,1 milhões de toneladas de
minério de ferro, um incremento de 29,91% em relação ao primeiro semestre de
2013, com embarque em Corumbá e Ladário, sendo transportado pela Hidrovia
do Paraguai até instalações portuárias localizadas na Argentina, de onde segue
para outras partes do mundo. De acordo com o site da Antaq, “são poucas as
restrições à navegação nesse percurso, sendo que o trecho navegável de
Corumbá/MS à Assunção (Paraguai) comporta comboios 4x4, com 60 m de
comprimento, 12 m de largura e capacidade para 25 mil toneladas, tendo calado
médio de três metros, durante 80% do ano.
A
reportagem é de Clodoaldo Silva, de Brasília, e foi publicada na edição deste
domingo (24) no jornal Correio do Estado.
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