sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Houve traição?

Arena, que virou PDS, que virou PFL, que virou DEM, que apoiou filhotes da ditadura com a desculpa mais do que esfarrapada de "neutralidade". Foi a deixa para posicionar o partido à extrema direita, sem se comprometer com isso. De lambuja também deve rachar o partido, a começar pelo ex-Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que já anunciou que deixará o partido. Maia alega que foi traído, que o presidente da legenda Antonio Carlos Magalhães Neto teria dito muitas vezes que jamais se aliaria a Bolsonaro, o Governador Ronaldo Caiado também foi no mesmo caminho, mas no fim das contas foram por outro caminho.

Mas Rodrigo Maia foi traído?

A resposta é NÃO.

Vocês lembram do início do texto? Arena, que virou PDS, etc... Pois é, podem ter atraído alguns quadros mais democráticos, que atraíram na intensão de disfarçar o DNA ditatorial e fisiológico, mas no fundo sempre foram exatamente isso aí.

E tem a fábula do sapo e o escorpião. É da sua natureza.

Junta os dois, e você vê que não houve traição, mas apenas falta de atenção, falta de percepção, de Rodrigo Maia, para saber onde e com quem estava.

Entendeu Ciro Gomes? Se eles quiserem te apoiar, ótimo, mas fechar chapa, colocar essa turma na linha de sucessão, pedir votos para eles, não dá.

“Um amigo de 20 anos entregou na bandeja nossa cabeça ao Palácio”, afirma Maia

Ex-presidente da Câmara critica duramente ACM Neto e Caiado e diz que vai para partido de oposição

Por Marcelo Ribeiro, Raphael Di Cunto e Fernando Exman — De Brasília
08/02/2021 05h00  Atualizado há 6 horas

A vida do deputado Rodrigo Maia (RJ) passa por profundas mudanças. O fim de seu mandato na presidência da Câmara não o fez trocar apenas de lar, a ampla residência oficial por um apartamento funcional como o de outros parlamentares, mas também de partido. A disputa pelo comando da Casa provocou um racha no DEM, sigla da qual ele promete sair para fazer oposição ao presidente Jair Bolsonaro.

Em sua primeira entrevista exclusiva desde que deixou o cargo, Maia não poupou críticas ao presidente do DEM, Antonio Carlos Magalhães Neto. Disse ter demorado a perceber que fora traído por um amigo de 20 anos, que levou o partido à neutralidade, em vez de fechar apoio a Baleia Rossi (MDB-SP), o que favoreceu o candidato governista e vencedor da disputa, Arthur Lira (PP-AL). “Mesmo a gente tendo feito o movimento que interessava ao candidato dele no Senado, ele entregou a nossa cabeça numa bandeja para o Palácio do Planalto”, desabafou ao Valor.

Para Maia, o movimento conduzido pelo presidente do DEM, de aproximar o partido ao governo Bolsonaro, faz com que a legenda retome sua origem de direita ou extrema-direita e afastará o apresentador Luciano Huck.


Nenhum comentário:

Postar um comentário