A notícia não é exatamente nova, mas ainda vale o comentário. A Vale lançou o maior navio mineraleiro do mundo, com seus 362 m de comprimento, 65 m de boca e 23 m de calado, e com capacidade para quase 400.000 t de carga. Seu lançamento é de fato digno de nota. Números realmente impressionantes, mas soluções simplesmente decepcionantes.
Houve tempo em que a Vale mantinha uma frota considerável, com bandeira brasileira e com tripulantes brasileiros. Por isso mais uma vez nos decepcionamos com as decisões de nossa antiga estatal. A embarcação foi produzida em estaleiro estrangeiro, embandeirada em país estrangeiro e será tripulada por estrangeiros.
Ou seja, em verdade estamos exportando nosso minério a preços módicos, com nenhum ou pouco valor agregado, criando empregos para estrangeiros e ficando apenas com algum lucro para acionistas da Vale. A decisão que poderia beneficiar a muitos brasileiros mais, consolidar nossa tecnologia e garantir nossa participação no mercado de bens e produtos de alto valor agregado, além de criar empregos bem remunerados e com alto nível de treinamento para nossa gente, passou longe de sua atual direção. É lamentável quando todos os seus benefícios são exportados e o país não usufrui de todo o potencial que poderia com uma obra como essa.
Parabéns à Vale pela grandeza do barco, mas também podemos lamentar a falta de patriotismo da mesma, porque o único momento em que pensou no Brasil foi na hora de seu batismo.
Houve tempo em que a Vale mantinha uma frota considerável, com bandeira brasileira e com tripulantes brasileiros. Por isso mais uma vez nos decepcionamos com as decisões de nossa antiga estatal. A embarcação foi produzida em estaleiro estrangeiro, embandeirada em país estrangeiro e será tripulada por estrangeiros.
Ou seja, em verdade estamos exportando nosso minério a preços módicos, com nenhum ou pouco valor agregado, criando empregos para estrangeiros e ficando apenas com algum lucro para acionistas da Vale. A decisão que poderia beneficiar a muitos brasileiros mais, consolidar nossa tecnologia e garantir nossa participação no mercado de bens e produtos de alto valor agregado, além de criar empregos bem remunerados e com alto nível de treinamento para nossa gente, passou longe de sua atual direção. É lamentável quando todos os seus benefícios são exportados e o país não usufrui de todo o potencial que poderia com uma obra como essa.
Parabéns à Vale pela grandeza do barco, mas também podemos lamentar a falta de patriotismo da mesma, porque o único momento em que pensou no Brasil foi na hora de seu batismo.
Airton,
ResponderExcluirNão vejo isso como decepção!
Não havia estaleiro nacional com disponibilidade pra construir esses navios. Todos estão tomados pelas encomendas da TRANSPETRO.
Esquecendo o lado social (empregos, etc), os navios lá fora são mais baratos e são entregues no prazo.
O 1º navio do EAS já será entregue com atraso.
Quanto a tripulação.......Quem estaria disposto a encarar essa viagem Brasil x China? E pior, num regime de embarque extenuante?
Eu não iria nem que a vaca tossisse.
Leal - OSM APOSENTADO - CIAGA 79
leal76017@gmail.com
Desculpa Leal, eu me sinto decepcionado também, como o Airton.
ResponderExcluirTodos os filhos de ex-armadores brasileiros estão milionários e usando, em outras atividades como a construção civil, por exemplo, o dinheiro que os pais ganharam (com navios que não pagaram...).
O dono da Vale é filho do ex-ministro das Minas e Energias, Eliezer Batista, e todo mundo sabe como o fhc deu a ele a Vale de presente. É só reler os jornais da época para lembrar a quem faz questão de esquecer, ou faz de conta que não sabe...
Fui empregado da Docenave, durante 11 anos e ainda estava lá, quando acabaram com ela.
Entregaram um bem do governo, do povo, com muita gente empregada, na mão de um playboy cuja primeira providência foi mandar demitir 3 mil funcionários...
Por isso me sinto decepcionado... O Airton tem toda a razão.
Naaman - CLC Aposentado - EMMPA 1969