quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Blog dos Mercantes pergunta: aliança entre gigantes ou manipulação de mercado?

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Sabemos que os valores dos fretes marítimos sofreram uma forte queda com a crise econômico-financeira que teve início em 2008; e que perdura até hoje. Houve certa recuperação, mas ainda estamos aquém dos preços praticados à época imediatamente anterior ao início da crise.

Agora, como forma de pressionar os valores de seus fretes, e diminuir os custos operacionais, três gigantes do setor de contêineres se unem, formando um verdadeiro cartel marítimo para a manipulação de seus preços.

O Blog dos Mercantes gostaria de saber dos defensores do liberalismo econômico, onde está o “deus mercado”, que tudo regula e tudo resolve? Onde estão seus princípios básicos como livre concorrência, guerra de preços, ou conquista de mercado através de inovações tecnológicas e engenhosidade?

Grandes empresas, de um modo geral, receberam enormes incentivos de governos do mundo inteiro nos últimos anos, e se mesmo assim ainda é necessária uma ação deste tipo, temos que nos preocupar seriamente, porque ou temos empresas muito mal administradas, ou é mais uma prova de que temos empresas com discursos vazios e ações ambíguas.


Fretes irão subir e aliança entre armadores poderá demorar a dar resposta

O acordo operacional entre Maersk Line, MSC e CMA CGM, que deverá atuar em três rotas comerciais da Ásia, Europa, Pacífico e Atlântico, agitou o mercado mundial de navegação na última semana. Ações de companhias de navegação tiveram alta em boa parte do globo, especialmente os papeis de empresas asiáticas. Entretanto, o cenário geral não é de grande otimismo. Os fretes deverão subir consideravelmente a partir deste mês de julho e os resultados financeiros da aliança entre as três gigantes deverão demorar a surgir.


O aumento dos fretes é considerado essencial para o setor de navegação, que já deu mostrar de desespero com os fracos resultados recentemente obtidos. Por outro lado, a necessidade de aumento coloca em dúvida a sustentabilidade dos negócios no ramo. As companhias cada vez mais reduzem a capacidade de atuação e buscam alianças para atender à demanda mundial.

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