terça-feira, 24 de setembro de 2013

Blog dos Mercantes pergunta: crescimento insuficiente ou distribuição insuficiente?

Muito se tem falado ultimamente que o país tem tido um PIB irrisório e insuficiente, mas se levarmos em conta os resultados divulgados abaixo pelo "Estadão", até que não estamos tão mal.

É claro que gostaríamos que o país tivesse crescido 3% ou 4% ao ano, mas fica muito difícil quando, embora o consumo permaneça aquecido, a produção industrial apresenta recuo e a importação aumenta, mostrando claramente a troca de produtos nacionais por importados.

E se somarmos a isso a enorme quantidade de autorizações de trabalho dadas a estrangeiros, para que ocupem cargos em substituição a brasileiros, como tem ocorrido frequentemente em nossa Marinha Mercante, entendemos porque a taxa de desemprego não é bem menor e a pobreza no país não se reduz mais rapidamente.

Então, o chamado “pibinho”, na verdade, não é um resultado tão ruim nas atuais circunstâncias, onde já há algum tempo o crescimento de nossa economia, grande ou pequeno, não tem mais se revertido em melhorias à população brasileira como um todo, mas tem sido apropriado por uma pequeníssima parcela da população.

E aí vem a lamentação: poderíamos ter um PIB muito mais robusto se nosso governo não estivesse implementado tantas políticas equivocadas.

Porque o PIB não é ruim para as circunstâncias, mas poderia ser muito melhor.

Brasil deixa de ser lanterna dos Brics, diz IBGE
Estadão ConteúdoEstadão Conteúdo – 11 horas atrás
Após ficar na lanterna dos países do grupo Brics (que inclui ainda a Rússia, Índia, China e África do Sul) no ano passado, o Brasil fechou o primeiro trimestre de 2013 com um desempenho melhor. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro subiu 1,9% ante o mesmo trimestre do ano anterior - mesmo porcentual apurado pela África do Sul -, superando a Rússia (1,6%) e atrás apenas da China (7,7%). A Índia só divulgará os dados de suas contas nacionais na sexta-feira, 1º de junho.
"A curva mostra um movimento recente (dois últimos trimestres) de desaceleração nesses países (China, Rússia e África do Sul), enquanto o Brasil vai na direção oposta", observou a gerente da coordenação de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis. Embora a China ainda apresente um crescimento superior à média, uma redução no ritmo de alta do PIB chinês pode ter impactado no desempenho das exportações brasileiras e deve ser observado, alertou Rebeca.
A comparação com países da Europa, Ásia e com os Estados Unidos foi feita em relação ao trimestre imediatamente anterior, base em que o Brasil cresceu 0,6%. As economias europeias continuaram apresentando desempenho pífio. A União Europeia como um todo teve recessão de 0,1%.
Na lista analisada pelo IBGE, a Alemanha, motor da economia da Europa, mostrou crescimento de apenas 0,1%. O PIB foi negativo para a França (-0,2%), Portugal (-0,3%), Itália (-0,5%), Espanha (-0,5%). O Reino Unido cresceu 0,3% de janeiro a março.

Os Estados Unidos registraram uma alta de 0,6% no PIB, resultado semelhante ao brasileiro. Na Ásia, a economia da Coreia do Sul e a japonesa, que vem adotando uma política expansionista, avançaram os mesmos 0,9%.

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