Acredito que não haja dúvidas de
que as notícias divulgadas no artigo da Agência Brasil, abaixo, são bastante
animadoras para o setor portuário, e de quebra para a economia brasileira. Mas
mesmo assim restam algumas perguntas, cujas respostas deveriam ter sido
incluídas no artigo abaixo, para evitar qualquer mal entendido quanto às reais
possibilidades das áreas novas:
- Essas áreas estão dentro das
áreas dos atuais portos, ou são áreas afastadas de grandes centros urbanos e
que possibilitariam maior agilidade na chegada e no escoamento das mesmas?
- Se dentro das áreas dos atuais
portos, são áreas novas, que irão ampliar os portos, ou são simplesmente áreas
subutilizadas de administração pública direta?
- Se são áreas totalmente novas,
a presença dos portos será acompanhada pela necessária infraestrutura
intermodal (ferrovias, rodovias, hidrovias) perto?
- Esses investimentos serão
realmente da iniciativa privada, ou terão financiamento governamental, tendo
como garantia os próprios portos a serem construídos?
Não é nada, não é nada, mas são
perguntas interessantes para serem feitas, e de preferência respondidas pela
Secretaria Especial de Portos, já que as respostas definem bem qual o nível de
interesse e disponibilidade de capital novo na área dos portos, ou se é um
esforço do governo em renovar, ampliar e melhorar o setor, e ao mesmo tempo
presentear alguém.
E olha que eu nem entrei na seara
de saber se os trabalhadores que irão operar esses novos portos saíram dos
Ogmos ou não.
Governo deve autorizar 42 portos
privados até o fim do ano, diz ministro
O ministro da Secretaria de Portos,
Antonio Henrique Silveira, disse ontem (10) que o governo deve liberar a
construção de 42 portos privados no país até o final do ano.
Silveira participou de uma audiência
pública para esclarecimentos sobre os atrasos na realização de processos
licitatórios para o arrendamento de portos no setor privado e sobre a política
portuária nacional.
De acordo com o ministro, a liberação
dos terminais privados deve gerar R$ 5,2 bilhões em investimentos. Silveira
disse que os novos terminais, somados aos 22 licitados em dezembro de 2013, vão
gerar capacidade logística equivalente à do Porto de Santos.
Segundo Silveira, o governo também
está analisando a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro de contratos
de portos já existentes que poderiam elevar o valor dos investimentos para R$
8,3 bilhões. “Estamos examinando com afinco e disponibilidade. É um trabalho
grande que precisou de um modelo para reequilíbrio”, disse.
Luciano Nascimento
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