Algumas postagens atrás, falamos
da importância das hidrovias, de como elas podem baratear o transporte e
melhorar também outros aspectos. Agora é hora de mostrar o alcance de apenas
uma delas, a hidrovia Tietê-Paraná, que sozinha passa por 5 estados do país e
auxilia decisivamente no transporte de grãos de toda essa região.
Mas elas não são perfeitas. Até
pela necessidade de deslocar-se pela água, não alcança qualquer ponto do
território nacional, por isso mesmo é necessário que tenhamos não só uma rede
terrestre de complementação, mas até opcional – lembrem-se que toda falta de
concorrência tende a gerar monopólio e preços abusivos.
Mas ainda assim o meio de transporte aquaviário – porque aqui
estendemos acrescentamos o transporte marítimo como também mais competitivo –
que pode nos garantir as melhores condições para o transporte interno e externo
de mercadorias, além de outros benefícios.
Hidrovia Tietê-Paraná transporta
produção de grãos de cinco Estados
A hidrovia Tietê-Paraná, que possui
2.400 km de extensão, conecta os cinco maiores Estados produtores de grãos. A
safra é levada por comboios descendo das zonas produtoras, principalmente Mato
Grosso e Goiás, até Pederneiras (SP). De lá, segue de trem até o porto de
Santos.
Em 2013, foram transportados 6,1
milhões de toneladas de cargas como milho, soja, óleo e madeira.
Segundo o DH (Departamento
Hidroviário), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Logística e
Transportes, a restrição na navegação ocorre em razão da crise do setor
energético.
O diretor do DH, Casemiro Tércio dos
Reis de Carvalho, disse que o Estado já propôs à União mudança no sistema para
que a navegação flua. "Tivemos uma seca parecida em 2001. De lá para cá o
setor elétrico teve tempo de sobra para investir."
Em nota, a ANA (Agência Nacional de
Águas) disse que a dificuldade de navegação ocorre porque, segundo o ONS
(Operador Nacional do Sistema Elétrico), o volume acumulado nos reservatórios
visa garantir o atendimento energético, no "atual contexto adverso de
condições hidroenergéticas".
Sobre a Lei das Águas, diz que a
legislação não está sendo desrespeitada.
O Ministério de Minas e Energia e o
ONS informaram que não iriam se pronunciar sobre o assunto.
JOÃO ALBERTO PEDRINI DE RIBEIRÃO
PRETO
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