Costumo fazer apenas duas postagens por semana, mas a situação no Brasil ultimamente vem pedindo uma atenção maior de nossa parte, pelos desdobramentos que a crise política vem tomando. A última é que Cuunha está ameaçado de perder seu cargo de Presidente da Câmara antes do que pensava. O joguinho político que vem executando com alguns correligionários, que visa embarreirar o andamento das decisões do Conselho de Ética da Câmara, e criar dificuldades para a Presidente Dilma Roussef, incluindo aí a aprovação do pedido de impeachment contra ela, vem chamando a atenção pela baixeza e pelo desvio de propósito de suas ações.
Não sem razão o Procurador Geral da República deverá pedir seu afastamento do cargo de Presidente da Câmara ao STF. Se o Tribunal irá atender a essa solicitação é outra história, mas a julgar pelas decisões tomadas até o momento, não parece que o Terceiro Poder esteja disposto a ver mais uma vez o joguinho baixo da "politicagem" deixar o país enveredar por caminhos tortuosos.
Esperemos para ver se tudo isso se concretiza, e se os corruptos e corruptores irão realmente ser punidos a partir de agora, principalmente com a perda de seus ganhos ilícios, que é o principal em todo esse processo, não apenas por interesse da nação, mas também por obstruir os interesses dos ladrões. Isso além da cadeia, é claro.
PGR poderá pedir afastamento de Cunha a qualquer instante
O procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, investiga as manobras de Cunha e de seus aliados para adiar a votação sobre a admissibilidade do processo de cassação do deputado
Por Redação – de Brasília
A Procuradoria-Geral da República (PGR) está prestes a concluir a coleta de provas suficiente para pedir o afastamento do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo fonte indicou ao Correio do Brasil, em condição de anonimato, já há elementos suficientes sobre a ação de Cunha para impedir o funcionamento da Casa, principalmente, do Conselho de Ética da Câmara. O procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, investiga as manobras de Cunha e de seus aliados para adiar a votação sobre a admissibilidade do processo de cassação do deputado.
Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot estuda medidas contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Procuradores que atuam nas investigações de autoridades com foro privilegiado enxergaram no gesto do deputado de aceitar o pedido de impeachment de Dilma uma tentativa de vincular seu pedido de afastamento por Rodrigo Janot a um ato pró-governo. Além de apresentar o pedido de afastamento do líder da Câmara junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador estaria prestes a concluir a denúncia contra o deputado por crimes de evasão de divisas, peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, no caso das contas bancárias mantidas na Suíça.
Os promotores da PGR também investigam o envolvimento da família de Cunha nos ilícitos denunciados. Juntos, ele, a mulher a filha são formalmente acusados de receber e manusear US$ 5 milhões em propina, a partir de contratos da Petrobras para operação de navios-sonda da Petrobras, no âmbito da Operação Lava Jato.
Cunha articula
Enquanto não é afastado, Cunha conseguiu afastar do cargo, ainda nesta quarta-feira, o líder do PMDB, o deputado Leonardo Picciani (RJ). Cunha, que havia feito campanha para que Picciani assumisse o posto, articulou para que ele perdesse a posição na qual negociou com o governo a nomeação de três ministros. Na noite passada, deputados tinham em mãos as assinaturas de 35 peemedebistas favoráveis à substituição de Picciani por Leonardo Quintão (MG). A negociação para derrubar Picciani teve a participação do vice-presidente da República, Michel Temer, e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), segundo parlamentares ouvidos pelo CdB.
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