O Brasil segue privatizando portos. Já disse aqui que não importa se os serviços são privados ou estatais, mas sim se eles são conduzidos de forma a atender os interesses da sociedade, sem, é claro, deixar de atender aos interesses das empresas que gerem tais serviços. No caso de serviços tão essenciais ao desemvolvimento do país como os portos, isso é ainda mais importante de acontecer.
O portos são também considerados estratégicos, tal a importãncia para o desenvolvimento de um país, e sabemos como alguns governos costumam utilizar empresas para atacar economicamente outros países, de forma a beneficiar suas própria empresas.
Dito isso não sou contra a presença de investimentos estrangeiros em nossos portos, mas eles têm que ser muito bem controlados, limitados e, principalmente, fiscalizados com seriedade, rigor e transparência.
Não se pode deixar de atentar para os interesses nacionais em nome da abertura econômica. O tiro pode sair pela culatra.
DCI – Reportagem – 17/08/2015
Governo diz que estrangeiros querem portos
Paula Cristina
São Paulo - As 35 propostas recebidas pelo governo federal para estudos de viabilidade nas concessões portuárias no País sinalizam o alto interesse de empresas estrangeiras em atuar no Brasil, afirmou o ministro da Secretaria de Portos, Edinho Araújo.
Ao todo, 11 empresas se mostraram interessadas em arrendamentos portuários em seis áreas a serem licitadas. "Acredito que o Brasil é maior do que as crises e que os momentos de dificuldades são também de oportunidades", disse Edinho. De acordo com o ministro, a parceria com o setor privado é fundamental e "agregará os investimentos necessários à modernização e eficiência das operações portuárias, baixando o custo Brasil".
Na semana passada, a secretaria divulgou que as 11 empresas apresentaram as propostas para as áreas que vão compor o chamado Bloco 2 das licitações de portos previstas no plano de investimentos em logística. Inicialmente, a previsão é que o Bloco 2 seja licitado em 2016, com aportes médios de R$ 1,3 bilhão.
Os estudos apresentados dizem respeito a duas áreas no Porto de Santos (SP), duas em Suape (PE), uma em São Francisco do Sul (SC) e outra no porto do Rio de Janeiro. Em Santos, uma área fica na região chamada Conceiçãozinha e se destina à movimentação de grãos, e outra fica na Ilha Barnabé, para granéis líquidos.
Entraves
Na primeira edição do Programa de Investimentos em Logística (PIL), o governo não conseguiu leiloar nenhuma área em porto público. O processo ficou parado mais de um ano no Tribunal de Contas da União (TCU). Nessa segunda edição do programa, a previsão é leiloar 50 arrendamentos, com investimentos estimados em R$ 11,9 bilhões. A autorização do TCU para os leilões saiu este ano, mas o processo parou em junho, pois o governo mudou o critério de escolha do vencedor nos leilões.
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