Importante a mobilização das centrais sindicais contra as absurdas reformas do Estado propostas pelo governo de Michel Temer. Também é importante a visão de que precisam trazer os trabalhadores para o debate, que precisam trazer os trabalhadores a participarem do movimento.
Tudo muito bom.
Mas estão fazendo isso com um certo atraso. Os trabalhadores precisam estar dentro de seus sindicatos sempre, precisam participar do dia a dia dos assuntos que lhes interessam como categoria e como cidadãos, e não apenas quando isso está a ponto de transbordar.
Como eu sempre disse, o fato de o PT ter ocupado o poder, nem de longe significava que os trabalhadores o haviam alcançado. Tanto é que não houve mobilização suficiente para evitar sua queda, e da forma que ocorreu.
Espero que não apenas os partidos de esquerda tenham aprendido algo, mas que os sindicatos também o tenham.
E tomara que essa greve ocorra.
Porque não há mais espaço para a imposição dessa agenda absurda e destrutiva para a população, sem que haja uma reação a altura para confrontá-la,
O Dia – Reportagem – 19/10/2016
Centrais organizam greve geral contra Reforma da Previdência
Mudança na legislação trabalhista também será alvo de
protesto
Rio - Representantes das centrais sindicais vão se reunir hoje
na sede da CUT, em São Paulo, para definir um dia nacional de mobilização e
paralisações contra as reformas propostas pelo governo Michel Temer.
A data da greve geral, provavelmente dia 10 de novembro,
será confirmada no encontro de hoje. “Os debates se darão no Congresso e
precisamos trazer a população para o nosso lado”, disse o secretário-geral
da Força Sindical, José
Carlos Gonçalves, o Juruna.
No começo do mês, dirigentes de 79 entidades sindicais que representam
trabalhadores do setor de transportes de todo o país, segundo a agência
Estadão Conteúdo, concordaram em se engajar em uma greve geral contra as
reformas trabalhista e previdenciária.
Participaram representantes dos trabalhadores dos portos,
aeroportos, ferrovias e rodovias e sistemas viários urbanos de todos os
estados. O engajamento dos trabalhadores dos transportes faz parte da
estratégia para dar a maior visibilidade possível à greve geral.
“São metroviários, condutores, aeroviários, portuários e
outras categorias do setor, que é estratégico. O transporte tem importância
muito grande, pois chama a atenção de todas as pessoas para o debate que
está acontecendo no Congresso”, disse Juruna.
Além das reformas previdenciária e trabalhista, os
sindicalistas vão incluir na pauta da greve a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 241, que cria um teto de gastos para os governos. “O
slogan é ‘Nenhum direito a menos’. O movimento se encaminha para a greve
geral”, disse o diretor executivo da CUT, Julio Turra.
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