quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Contra a reforma da Previdência

Importante a mobilização das centrais sindicais contra as absurdas reformas do Estado propostas pelo governo de Michel Temer. Também é importante a visão de que precisam trazer os trabalhadores para o debate, que precisam trazer os trabalhadores a participarem do movimento.

Tudo muito bom.

Mas estão fazendo isso com um certo atraso. Os trabalhadores precisam estar dentro de seus sindicatos sempre, precisam participar do dia a dia dos assuntos que lhes interessam como categoria e como cidadãos, e não apenas quando isso está a ponto de transbordar.

Como eu sempre disse, o fato de o PT ter ocupado o poder, nem de longe significava que os trabalhadores o haviam alcançado. Tanto é que não houve mobilização suficiente para evitar sua queda, e da forma que ocorreu.

Espero que não apenas os partidos de esquerda tenham aprendido algo, mas que os sindicatos também o tenham.

E tomara que essa greve ocorra.

Porque não há mais espaço para a imposição dessa agenda absurda e destrutiva para a população, sem que haja uma reação a altura para confrontá-la,



Centrais organizam greve geral contra Reforma da Previdência

Mudança na legislação trabalhista também será alvo de protesto

Rio - Representantes das centrais sindicais vão se reunir hoje na sede da CUT, em São Paulo, para definir um dia nacional de mobilização e paralisações contra as reformas propostas pelo governo Michel Temer.

A data da greve geral, provavelmente dia 10 de novembro, será confirmada no encontro de hoje. “Os debates se darão no Congresso e precisamos trazer a população para o nosso lado”, disse o secretário-geral da Força Sindical, José
Carlos Gonçalves, o Juruna.

No começo do mês, dirigentes de 79 entidades sindicais que representam trabalhadores do setor de transportes de todo o país, segundo a agência Estadão Conteúdo, concordaram em se engajar em uma greve geral contra as reformas trabalhista e previdenciária.

Participaram representantes dos trabalhadores dos portos, aeroportos, ferrovias e rodovias e sistemas viários urbanos de todos os estados. O engajamento dos trabalhadores dos transportes faz parte da estratégia para dar a maior visibilidade possível à greve geral.

“São metroviários, condutores, aeroviários, portuários e outras categorias do setor, que é estratégico. O transporte tem importância muito grande, pois chama a atenção de todas as pessoas para o debate que está acontecendo no Congresso”, disse Juruna.

Além das reformas previdenciária e trabalhista, os sindicalistas vão incluir na pauta da greve a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que cria um teto de gastos para os governos. “O slogan é ‘Nenhum direito a menos’. O movimento se encaminha para a greve geral”, disse o diretor executivo da CUT, Julio Turra.

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