quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Eleições americanas

Os EUA foram às urnas ontem, e renovaram 1/3 do senado, toda a câmara de deputados, e elegeram seus delegados para a eleição presidencial. Em alguns estados também houve plebiscito. As pesquisas indicavam uma vitória democrata, mas a verdade é que a apuração não começou muito boa para o partido de Bidem, já que na Flórida, um dos chamados estados pêndulo, a vitória foi de Trump. Isso de forma alguma significa tendência para um lado ou para outro, mas tão somente que a eleição deve estar muito mais acirrada do que as pesquisas indicavam. E na apuração temos uma idiossincrasia dessa eleição, que são os votos pelo correio. Não que eles sejam uma novidade no sistema eleitoral americano, mas jamais houve tantos em uma eleição, e isso devido a pandemia. O problema disso é que a apuração demorará muito mais que o normal, deixando a eleição indefinida por mais tempo.

Essa é a situação, e muita gente está torcendo por Biden, enquanto outro tanto torce por Trump. A verdade é que, apesar de Trump ser o presidente americano menos militarmente belicoso dos últimos tempos (talvez da História), ele é extremamente pernicioso ao mundo. Biden provavelmente o será também, mas de outra forma. O que interessa realmente nessa eleição é interno dos americanos, porque ela realmente influencia na situação da população americana, mas muito pouco para o resto do mundo, já que o EUA, de uma forma ou de outra, tentará sempre exercer seu imperialismo, e influenciar outros países de acordo com seus interesses.

No Brasil isso também pode ter repercussão, muito menos pelos interesses do Tio San em nosso território, e muito mais pelo posicionamento canino do presidente do país em relação a Trump, ou irresponsável em temas como meio-ambiente, e posicionamentos diplomáticos. Trump vencendo o Brasil tende a permanecer caninamente subserviente, e não haverá necessidade de grandes sanções por parte dos norte-americanos, porque eles têm conseguido tudo que querem.

Com Biden a coisa muda um pouco de figura, já que, em vários pontos, há divergências interessantes entre o presidente brasileiro e o democrata. Sanções mais sérias podem ocorrer. Mas no final Bolsonaro não passa de uma geleca política, e apesar de seu discurso belicoso, está sempre disposto a se adaptar subservientemente aos ventos, desde que preserve seus interesses pessoais.

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