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Desde o período em que estive no CIAGA, como aluno do Curso Fundamental de Náutica, eu escuto falar da necessidade de um navio escola para a Marinha Mercante. E essa discussão é muito mais antiga do que minha presença no Centro de Instrução.
A ideia de um navio-escola não é má, o problema é que buscam uma solução para algo que mudou radicalmente nos últimos anos, seja pela nova complexidade do comércio mundial e regional, seja pela introdução de novas tecnologias a bordo. O fato é que a Marinha Mercante, assim como todos os setores econômicos no mundo, vem se especializando cada vez mais, tornando a possibilidade de um navio-escola para a formação prática de marítimos algo cada vez mais complexo, caro e difícil de se realizar.
Para um país como o nosso, em que faltam recursos e excedem necessidades, a solução talvez seja a utilização de simuladores. As universidades brasileiras contam atualmente com excelentes quadros técnicos, que poderiam desenvolver projetos nacionais de simuladores, criando assim a tecnologia e inserindo o país no mercado mundial desses equipamentos altamente complexos; ou mesmo poderiam importar os equipamentos, o que nos traria ganho de tempo.
Qualquer que fosse a opção escolhida, a utilização de simuladores também implicaria em um investimento inicial menor, custo de manutenção mais baixo e atingiria um número maior de marítimos, seja para o treinamento inicial, para a especialização em determinado tipo de embarcação, ou mesmo para a reciclagem de marítimos que estejam voltando à atividade após algum tempo afastados do meio.
De qualquer forma a introdução feita por Paulo Maia é ótima para entendermos melhor o papel da Marinha Mercante na formação do Poder Marítimo e no desenvolvimento e soberania nacionais.
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