sábado, 30 de outubro de 2010

Supergargo é isso aí, mas por quê?

Imagem ilustrativa. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.


Embora a utilização de navios de carga geral tenha declinado muito nas últimas duas décadas, os supercargos continuam a ser muito utilizados pelas empresas que exploram esse tipo de embarcação.

O artigo do CLC Humberto de Lima Moraes é ótimo para quem nunca esteve embarcado em navios de carga geral entender um pouco mais sobre a figura desse profissional, que, frequentemente, é escolhido entre os oficiais mercantes. Devido minha experiência no embarque de carga geral no porto do Rio de Janeiro, vou fazer uns pequenos acréscimos que creio necessários para que o perfil se complete.

O supercargo normalmente é responsável simultaneamente por vários navios, ou mesmo por várias linhas comerciais de uma empresa. A forma de divisão do trabalho do supercargo varia um pouco em cada empresa, mas dificilmente algum deles opera apenas um navio por vez, estando o mesmo a bordo da embarcação que se considera mais problemática ou com maiores riscos para a empresa.

Vale também a menção de que os supercargos começaram a ser utilizados quando as bandeira de conveniência tiveram seu “boom” de utilização, substituindo as frotas das bandeiras tradicionais devido aos custos operacionais indiscutivelmente mais baixos. Mas junto com esses custos mais baixos, vieram tripulações que, em sua maioria, eram mal treinadas e inexperientes, criando muitos problemas operacionais aos armadores. A solução encontrada foi a criação da figura do supercargo, como forma de minimizar as mazelas que se seguiram a isso, incluindo a proteção comercial do armador em operações de rotina, a qual boa parte dos tripulantes das BDCs não estão em condições de fazer.

Embora a utilização de navios de carga geral tenha declinado muito nas últimas duas décadas, os supercargos continuam a ser muito utilizados pelas empresas que exploram esse tipo de embarcação. Também vale mencionar que as cargas transportadas por esses navios mudou nas últimas décadas, configurando-se basicamente nos chamados neo-granéis (grandes partidas de produtos siderúrgicos, madeira, celulose, açúcar etc.)."

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