sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Vazamento da Chevron na Bacia de Campos: como a ANP fiscaliza, com que frequência, e principalmente, com que rigor, a exploração de petróleo no Brasil?

Na onda do desastre ambiental provocado pela Chevron, a coluna Guia do Mercado Global, do sítio "Porto Gente", traz algumas informações interessantes sobre o vazamento de petróleo na Bacia de Campos, e dadas por alguém que entende do assunto: o presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás, Fernando Siqueira.

Certo, segundo Siqueira tivemos uma série de equívocos nos muitos processos por que passa um poço antes de iniciar sua produção.

E que conclusões podemos tirar disso?

Muitas, mas a primeira e mais importante é que não se pode mais buscar custos baixos em cima de qualidade de equipamento, material, manutenção e pessoal.

A segunda, e também muito importante, é que empresas privadas não são melhores em absolutamente nada do que uma estatal, a não ser em burlar regras na busca de lucro maior e mais rápido. Lógico que isso não se aplica a todas, mas acontece com frequência muito preocupante.

A terceira, e que a Coluna abaixo fez menção, é a pergunta: como a ANP fiscaliza, com que frequência, e principalmente, com que rigor, a exploração de petróleo no Brasil?

Leia:

Vazamento de óleo: o silêncio dos inocentes 
Texto publicado em 22 de Novembro de 2011 -


Internauta do Portogente deixou mensagem estranhando o “silêncio” dos estados que hoje brigam por uma nova distribuição dos royalties do petróleo na questão do vazamento de óleo pela petrolífera estadunidense Chevron, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Se os lucros dev em ser distribuídos, os prejuízos também.
Socorro
O presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), Fernando Siqueira, destaca declaração do presidente da Chevron, George Buck, de que os engenheiros da companhia subestimaram a pressão do reservatório.  E pergunta: “o que quer dizer isto?”. Ele mesmo responde: “nada”.
Na muda
No entanto, Siqueira ensina ao Buck o que ele deveria dizer nesse vazamento: que, mesmo já tendo alguns poços em produção, o que fornece a pressão no reservatório, os engenheiros erraram no dimensionamento da densidade da lama de perfuração quando chegaram à zona produtora do reservatório, após 60 dias de perfuração, eles perceberam um Kick de pressão (com perigo de perda de controle do poço), em função, provável, de lama mais leve do que o necessário.
Tem mais
Fernando Siqueira continua ensinando ao pessoal da Chevron: “depois erraram na injeção de lama mais pesada, com pressão acima do suportável pelo reservatório e fraturaram o seu reservatório. Afobados, começaram a injetar uma lama mais densa para controlar o poço”.
Pergunta
Alguém pode dizer como a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) faz a fiscalização da exploração do petróleo no Brasil?
Economia burra
Segundo o Wall Street Journal, anuncia Siqueira, a plataforma que está perfurando, é uma plataforma improvisada. Era obsoleta e funcionava como flotel (hotel flutuante) no Mar do Norte; Foi "armengada" e foi alugada por U$ 315 mil por dia. Uma plataforma moderna e adequada para essa atividade custa cerca de U$ 700.000 por dia.
Prata da casa
O engenheiro faz questão de destacar que a Petrobrás já perfurou dezenas de poços nessa e em maiores profundidades, sendo mais de 20 poços no pré-sal e não provocou acidentes, muito menos dessa gravidade, mesmo não contando com essa benevolência da grande mídia.
Campanha
O chefe de Gabinete do Governo do Rio Grande do Sul, Vinícius Wu, tuitou nesta segunda-feira (21), que o mínimo que se pode fazer no Brasil, diante do crime ambiental da Chevron, é boicotar os postos Texaco e Chevron.

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