A cabotagem brasileira
vem crescendo continuamente nos últimos anos.
Tal crescimento já gerou um aumento da frota, e, em pouco tempo, deverá gerar pressão por
outra expansão na capacidade de transporte de nossa frota; afinal um
crescimento anual de 30% da carga transportada é algo de fazer inveja até mesmo à China.
Mas nem tudo são
flores nesse setor econômico, embora não possamos negar que nos últimos anos o Governo vem empreendendo esforços para a solução de problemas, notadamente na
melhoria dos portos. Mas ainda temos muitos gargalos devido, principalmente, às
condições inadequadas de acesso aos portos em grande parte do País, e à
burocracia que ainda faz com que cargas fiquem retidas nos portos, por tempo
muito acima do aceitável.
E com isso vemos que o
potencial de crescimento no setor é bem superior aos 30% conseguidos em um ano,
podendo gerar empregos e renda em uma vasta cadeia que é movimentada pela
Marinha Mercante.
A íntegra da matéria:
Cabotagem impulsiona distribuição de
eletroeletrônicos com Olimpíadas
Maersk Line observa 13% de crescimento no setor neste ano
Maersk Line observa 13% de crescimento no setor neste ano
Para a Maersk Line, a companhia tem
visto, neste ano, um desenvolvimento consistente da cabotagem, especialmente
por conta do setor de eletroeletrônicos no Brasil. A empresa registrou 13% de
alta no embarque desse tipo de produto entre janeiro e junho de 2012, em
comparação ao mesmo período no ano passado. Na comparação entre junho de 2011 e
junho de 2012, o crescimento foi de 30%.
Roberto Rodrigues, presidente/CEO da
Mercosul Line, atribui esse aquecimento aos Jogos Olímpicos de Londres e ao
amadurecimento do setor de transportes em relação à cabotagem: “Mais segurança,
menos avarias e redução nos custos de transporte tem transformado a cabotagem
em uma opção rentável no transporte de eletroeletrônicos”, explica.
Tendo como parâmetro as Olimpíadas de
2012, a expectativa é de um considerável aumento no embarque de
eletroeletrônicos nos próximos anos por conta dos dois grandes eventos esportivos
que acontecerão no País: a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e as Olimpíadas em
2016.
“As pessoas querem ver todos os detalhes
dos seus esportes preferidos bem de perto, com uma boa qualidade de imagem, com
uma excelente definição. Algumas modalidades esportivas em especial causam
grande comoção nas pessoas e isso pode levar ao aumento na venda de televisores
e aparelhos de som, o que, consequentemente, vai fazer subir o movimento de
embarque”, explica Roberto Rodrigues.
O modal aquaviário é uma alternativa
rentável para compor a cadeia de suprimentos no setor de eletroeletrônicos e
possui a vantagem da economia: o valor por quilômetro rodado custa até 50%
menos quando comparado ao transporte rodoviário, para distâncias acima de mil
quilômetros.
A redução nos custos também acontece em
relação à manutenção, quando comparado ao transporte rodoviário, já que na
cabotagem esses custos são bem menores, tendo em vista as atuais condições das
estradas brasileiras. Além disso, a integridade da carga no destino final reduz
significativamente a avaria dos produtos.
“Quando um televisor, por exemplo, chega
ao destino final com um pequeno amassado na caixa que embala o aparelho, a
recusa no recebimento é praticamente certa. Com o embarque no navio, isso não
acontece, a integridade da carga é um diferencial do modal”, comenta Roberto.
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