Deu no site da BBC Brasil: "Brasil pode atuar mais no câmbio e aumentar IOF, diz Mantega".
Não é de hoje que o Blog dos Mercantes reclama uma atuação mais firme de nossas autoridades no mercado de câmbio.
Seja Estados Unidos,
China, Inglaterra, Colômbia, Argentina, ou qualquer outro, no mercado
internacional todos procuram aumentar a competitividade de seus produtos, abrir
mercados e exportar.
O Brasil há muitos
anos deixou essa preocupação de lado, implantando uma política de câmbio
antropofágica, que se auto alimentou pela enorme demanda mundial por
commodities, algo que possuímos com fartura.
Mas mesmo grandes
produtores de commodities, como Canadá, Austrália e mesmo os Estados Unidos,
buscam adequar suas taxas de câmbio para que seus parques industriais não sejam
dilapidados. No caso americano a
busca principal é de que seus produtos de altíssima tecnologia e seus serviços
tenham custo competitivo no exterior.
Se o Brasil quer
participar das relações internacionais nesse nível, tem que agir de forma a
aumentar e consolidar seu mercado consumidor interno, aumentar a
competitividade de seus produtos no exterior, e adquirir e dominar tecnologia
de ponta.
Esse tripé é básico,
mas necessário.
E uma taxa de câmbio
competitiva é essencial.
Leia abaixo na íntegra:
Brasil pode atuar
mais no câmbio e aumentar IOF, diz Mantega
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O
ministro da Fazenda, Guido Mantega, reafirmou nesta sexta-feira (21), em
Londres, sua preocupação com as medidas americanas para aumentar a quantidade de
dólares no mercado, o chamado "quantitative easing".
Após palestra organizada pela revista "The Economist", na capital britânica, Mantega disse que, se necessário, o governo pode atuar no mercado de câmbio e aumentar o imposto sobre operações financeiras (IOF).
Mantega argumentou que a medida americana pode aumentar a entrada no país de capitais especulativos, que buscam rendimentos fáceis, mas não contribuem para a geração de renda e emprego no Brasil.
"Se houver capitais desta natureza (especulativos), nós teremos que comprá-los", afirmou o ministro. "Vamos aumentar as nossas reservas, ou vamos fazer operações no mercado de derivativos, compras no mercado futuro. Se não for suficiente, tomaremos medidas de taxação de IOF, como já fizemos no passado."
O anúncio do governo dos Estados Unidos de aumentar a quantidade de dólar em circulação na economia mundial gerou preocupação no governo brasileiro, principalmente pelo fato de a medida não ter prazo para terminar.
"É uma maneira de fazer protecionismo, porque ela desvaloriza a moeda local", disse Mantega. "Reduz o valor do dólar e um dos objetivos disso é poder aumentar as exportações americanas."
Protecionismo
Mantega classificou como "absurdas" às críticas feitas na quinta-feira pelos Estados Unidos a medidas comerciais brasileiras, descritas pelos americanos como "protecionistas".
O governo anunciou neste mês a elevação --de, em média, 12% para 25%-- das tarifas pagas sobre cem produtos importados para que entrem no Brasil. O aumento será aplicado no fim de setembro, e outra lista de produtos está sendo preparada para outubro.
Os aumentos ficaram abaixo do teto de 35% estabelecido pela Organização Mundial do Comércio (OMC). "Os Estados Unidos estão tomando muito mais medidas protecionistas do que o Brasil", reagiu Mantega.
Nesta sexta-feira, o ministro da Fazenda se reuniu por 30 minutos com o responsável pela pasta econômica britânica, George Osborne.
Eles discutiram formas de aumentar o comércio bilateral entre os países, que atualmente está em US$ 8,5 bilhões. Mantega chamou o volume de trocas entre os países de "ridículo".
O ministro sinalizou que existe espaço para o Brasil aumentar a exportação de manufaturados e bens para a Inglaterra e acrescentou que também seria possível incrementar a importação da Grã-Bretanha de serviços e bens, principalmente na área de petróleo.
Após palestra organizada pela revista "The Economist", na capital britânica, Mantega disse que, se necessário, o governo pode atuar no mercado de câmbio e aumentar o imposto sobre operações financeiras (IOF).
Mantega argumentou que a medida americana pode aumentar a entrada no país de capitais especulativos, que buscam rendimentos fáceis, mas não contribuem para a geração de renda e emprego no Brasil.
"Se houver capitais desta natureza (especulativos), nós teremos que comprá-los", afirmou o ministro. "Vamos aumentar as nossas reservas, ou vamos fazer operações no mercado de derivativos, compras no mercado futuro. Se não for suficiente, tomaremos medidas de taxação de IOF, como já fizemos no passado."
O anúncio do governo dos Estados Unidos de aumentar a quantidade de dólar em circulação na economia mundial gerou preocupação no governo brasileiro, principalmente pelo fato de a medida não ter prazo para terminar.
"É uma maneira de fazer protecionismo, porque ela desvaloriza a moeda local", disse Mantega. "Reduz o valor do dólar e um dos objetivos disso é poder aumentar as exportações americanas."
Protecionismo
Mantega classificou como "absurdas" às críticas feitas na quinta-feira pelos Estados Unidos a medidas comerciais brasileiras, descritas pelos americanos como "protecionistas".
O governo anunciou neste mês a elevação --de, em média, 12% para 25%-- das tarifas pagas sobre cem produtos importados para que entrem no Brasil. O aumento será aplicado no fim de setembro, e outra lista de produtos está sendo preparada para outubro.
Os aumentos ficaram abaixo do teto de 35% estabelecido pela Organização Mundial do Comércio (OMC). "Os Estados Unidos estão tomando muito mais medidas protecionistas do que o Brasil", reagiu Mantega.
Nesta sexta-feira, o ministro da Fazenda se reuniu por 30 minutos com o responsável pela pasta econômica britânica, George Osborne.
Eles discutiram formas de aumentar o comércio bilateral entre os países, que atualmente está em US$ 8,5 bilhões. Mantega chamou o volume de trocas entre os países de "ridículo".
O ministro sinalizou que existe espaço para o Brasil aumentar a exportação de manufaturados e bens para a Inglaterra e acrescentou que também seria possível incrementar a importação da Grã-Bretanha de serviços e bens, principalmente na área de petróleo.
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