Deu no "Monitor Mercantil" em artigo assinado pelo jornalista Sergio Barreto Motta: "A verdade dos práticos". Não
é de hoje que a armação busca desacreditar e substituir o atual sistema de
praticagem existente no Brasil, por um que possa ser controlado por nossas
empresas armadoras, independente da qualificação e condição técnica dos
práticos que venham operar em nossas áreas de águas restritas.
Tudo isso na busca
incessante de aumento de seus lucros, mesmo que para isso seja necessário
sacrificar a segurança da navegação, do meio ambiente e da vida humana.
As acusações
prontamente repelidas pela Conapra apenas mostram o desespero e a falta de
colaboração de nossos armadores na formação de novos práticos, criando uma
situação de estresse para eles mesmos.
Esperamos apenas que nossas autoridades tomem
as providências necessárias para que a formação e treinamento de novos práticos
possa voltar a normalidade, com a participação efetiva de todos os envolvidos
no setor.
Veja o texto na íntegra:
A verdade dos práticos
As entidades de
comércio e indústria de Manaus enviaram carta ao ministro da Defesa, Celso
Amorim, informando que, por falta de práticos, navios chegam a esperar quatro
dias para subir o Rio Amazonas para operar em Manaus (AM). Em resposta, o
Conselho Nacional de Praticagem (Conapra) deu sua versão dos fatos. Acusa
armadores de não permitir o embarque de assistentes, conhecidos como
"praticantes de prático", profissionais que já foram aprovados em
exames teóricos, mas precisam atuar por 20 meses no mar.
Segundo o Conapra,
negaram o embarque de praticantes de prático: Aliança Navegação e Logística,
Mercosul Line, Maestra, Ultrabulk, MSC, W.Sons, Norsul, Elcano e CMA CGM.
Afirma a entidade que, em 2011, foram ofertadas 32 novas vagas de práticos para
operar na região.
A nota do Conapra
afirma que a infra-estrutura portuária não acompanhou a evolução dos navios e
que o comércio exterior só não sofreu uma pane em razão do elevado nível
técnico dos práticos, que chegam a operar com navios de 220 metros em locais
que, formalmente, só permitiriam operação de embarcações de 103 metros.
O presidente do
Conapra, Ricardo Falcão, cita que os práticos dependem da malha aérea que, na
Amazônia, está sobrecarregada, com "enorme carência, tanto em vôos
reguladores ou táxis aéreos, prejudicando os deslocamentos."
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