quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Blog dos Mercantes e as Companhias das Índias

Há tempos que não tenho divulgado dicas aqui no Blog dos Mercantes. A hora chegou novamente. Recomendo, então, a série de artigos interessantes escritos pelo engenheiro Silvio dos Santos, professor universitário com especialização em transporte fluvial, e com vasta experiência em várias empresas e organizações do setor.

Os artigos referem-se à navegação do início da Idade Moderna, quando exerceu papel importante nos descobrimentos e foi fundamental para o poderio de várias nações europeias da época.

Como navegavam, por que navegavam, como se organizavam? Mesmo que de forma resumida, está tudo lá.
Abaixo reproduzo um dos artigos, mas visitando-se a página do sítio "PortoGente" encontram-se os atalhos para os outros artigos da série. Vale a pena uma olhada.

As Companhias das Índias
por Sílvio dos Santos *
Caros leitores,
Hoje, na continuidade do tema “fatores que influenciaram o comércio internacional”, abordaremos as Companhias das Índias.

**********************************
A carreira das Índias
A navegação portuguesa na carreira das Índias
Os estaleiros portugueses e os naufrágios das naus da carreira das Índias


O sucesso da Carreira das Índias despertou em outros países da Europa o interesse de explorar também o comércio das especiarias e sedas, produtos de grande procura e alto valor. Assim, Inglaterra, França e Holanda formaram, no século XVII, o embrião das “trades” atuais para desenvolver e explorar essa atividade comercial.

Nome comum a várias organizações comerciais (holandesa, inglesa, francesa) que entre si disputaram a exploração comercial do Oriente a partir de inícios do ano de 1600. A mais importante foi a Companhia das Índias Orientais holandesa. Com a derrocada, em finais do século XVI, do “mare clausum”, imposto pelas monarquias ibéricas, são os distintos com objetivos comerciais no Sudeste Asiático, deram origem a:
- Companhia Britânica das Índias Orientais, fundada em 1600;
- Companhia Holandesa das Índias Orientais, em 1602;
- Companhia Francesa das Índias Orientais, em 1664.
A companhia britânica era uma organização formada por mercadores londrinos e durante dois séculos e meio transformou os privilégios comerciais na Ásia em um império centrado na Índia.
Logo após 1600, a companhia perdeu as ilhas Molucas para os holandeses, mas em 1700 já havia assegurado importantes portos comerciais na Índia, principalmente Madras, Bombaim e Calcutá.
Em meados do século XVIII, as hostilidades anglo-francesas na Europa refletiram-se em uma luta pela supremacia do Sudeste Asiático, com a companhia francesa. Após diversos combates, a vitória inglesa no sul da Índia deu início a um século de expansão, e a Companhia Britânica das Índias Orientais emergiu como o grande órgão europeu na Índia, apesar da forte disputa com os franceses.


Bandeira da Companhia Holandesa
das Índias Orientais


Referênciashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_Holandesa_das_%C3%8Dndias_Ocidentais
http://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_das_%C3%8Dndias_Orientais
* Sílvio dos Santos foi gerente de Transportes Hidroviários e Marítimos da Secretaria de Infraestrutura de Santa Catarina e conselheiro dos CAPs dos portos de Imbituba, Itajaí e São Francisco do Sul. É mestre em engenharia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Iniciou sua vida profissional como engenheiro da Cia. do Metropolitano de SP e trabalhou também na Ferrovias Paulistas S.A. (Fepasa), Ferrovia Norte Brasil (Ferronorte) e no Escritório Técnico Figueiredo Ferraz. Seus cursos de especialização em navegação fluvial, portos e ferrovias foram realizados na França com bolsa da ACTIM. Professor de Planejamento de Transportes na Poli-USP, no IME e na Universidade Católica de Santos, onde também lecionou a disciplinas Portos e Navegação Fluvial. Na UFSC foi professor de Ferrovias e Portos, Rios e Canais, durante o estágio de docência. Na Única, em Florianópolis, lecionou a disciplina Transportes e Seguros do Curso de Administração em Comércio Exterior. Atualmente, é engenheiro do Laboratório de Transportes e Logística no convênio da Secretaria de Portos (SEP) com a UFSC. Tem dois livros publicados pelo Cengage Learning: Qualidade e Produtividades nos Transportes - 2008 - co-autor e Transporte Ferroviários - história e técnica - 2011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário