sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Blog dos Mercantes adverte que a Navegação ainda apresenta problemas para crescer

O Governo Federal, e alguns dos Estaduais, deram certa atenção à navegação nos últimos anos. Foram feitos vários investimentos em renovações e aumento de frota, e em algumas melhorias para o setor, como na parte de infraestrutura, e mais recentemente vêm dando atenção à burocracia que envolve o transporte de cargas no setor.

E mesmo que os incentivos dos últimos anos, e o próprio crescimento econômico, tenham ajudado a aumentar a demanda pelo transporte aquaviário, ainda há muito que se fazer para que o setor venha a se desenvolver com todo o seu potencial.

Isso fica nítido nos dois artigos de Sérgio Barreto Motta, e que foram veiculados pelo sítio NetMarinha. A falta de atenção a pontos chaves para o desenvolvimento do modal, nos deixa com certa dúvida de se realmente pretendemos alcançar formas de transporte de carga mais modernos, baratos e eficientes, ou se a questão toda não se resume a um paliativo, ou no máximo a uma forma de manter uma alternativa pontual ao modal rodoviário, que parece continua sendo o prioritário no país.

Mais uma vez decisões políticas, que podemos dizer no mínimo suspeitas, vem fazendo com que o trem da história passe outra vez, sem deixar benefícios mais duradouros na infraestrutura do país.

Cabotagem aponta distorção
Por Sergio Barreto Motta 
O presidente da Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (Abac), Cleber Cordeiro Lucas, tem uma série de pleitos ao Governo, para melhorar a navegação entre portos nacionais. A esta coluna, informa que a prioridade maior se dá em relação ao custo do combustível. E revela um dado assustador: desde 2002 até agora, o preço do óleo diesel, usado pelos caminhões, subiu 240%. Já o óleo utilizado pelos navios na cabotagem aumentou 540%.
- Todos falam em apoiar um modal mais econômico e menos poluente e acrescentam que as estradas já estão congestionadas. Mas, com essa diferença no custo final do combustível, parece até que o objetivo final é o de incentivar o rodoviarismo – diz Cleber, que é diretor de Planejamento e Desenvolvimento da Log In Logística.
Hidrovias
Por Sergio Barreto Motta
Em todo o país, não se dá a devida importância à navegação interior. No Sul, o setor é importante, mas os armadores se queixam de assoreamento nas principais vias. No Centro-Oeste, que sofre com o gargalo para escoamento de grãos por Paranaguá (PR) e Santos (SP), a solução seria a saída dessa enorme produção pelos portos do Norte do país, mas há um problema em especial. A maior obra do segmento foi inaugurada em 2010, as eclusas de Tucuruí, no Rio Tocantins. No entanto, a eficácia das eclusas está comprometida, por um obstáculo relativamente pequeno, que é o Pedral do Lourenço; essas pedras impedem a passagem de barcos de maior tamanho, o que limita o uso das eclusas. Na região Norte, os problemas são enormes, pois a navegação tanto é usada para cargas como para passageiros, sem ação do Governo federal na solução dos problemas. Em Porto Velho (RO), os armadores já seu queixavam de que as hidrelétricas ditavam a abertura de comportas de acordo com a demanda energética, descumprindo a lei, que manda observar o interesse da navegação fluvial. Agora, surge novo problema, com mineradoras assoreando o Rio Madeira. Para discutir esses problemas, a Assembléia Legislativa do Pará, através da Frente Parlamentar de Navegação e Portos no Pará, promete revolver a questão.

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