segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Blog dos Mercantes informa: Petrobrás e Transpetro voltam aos anos 80 do século passado.

As denúncias feitas pelo presidente da Conttmaf e do Sindmar, Severino Almeida, são graves e preocupantes. Não bastasse a eterna recusa em avançar nas relações trabalhistas, através de uma negociação mais razoável em seus Acordos Coletivos, permitindo avanços em questões cruciais para os trabalhadores marítimos, como uma escala de embarque x desembarque mais humana, agora ainda estaria vindo pressionar esses trabalhadores a não se manifestar na busca de seus direitos.

O Ministério Público do Tabalho deve investigar e agir com rigor, de acordo com o que for apurado.

Afinal, se a principal empresa do governo do Partido dos Trabalhadores faz isso, o que não farão outras menos recomendáveis?



Pressões no mar

Por Sergio Barreto Motta

Na qualidade de presidente da Confederação dos Trabalhadores em Transportes (Conttmaf), Severino Almeida denunciou ao Ministério Público do Trabalho o que qualificou de pressões inaceitáveis de Petrobras e Transpetro, para que marítimos adiram à proposta de acordo de trabalho dos empregadores. A Confederação cita “coação” e “intimidação”.

Em sua carta, declarou Almeida: “Fazem uso de argumentos ad terrorem, a ameaçar com cancelamento de promoções, falência das empresas e substituição dos navios e tripulantes nacionais por estrangeiros”. Segundo Almeida, em contexto de desemprego da mão-de-obra nacional, substituída que vem sendo por trabalhadores do Mercosul, isso “fere de morte o direito dos trabalhadores de se manifestarem livremente”.


Ao pedir a intervenção do MPT, a entidade cita “argumentos falaciosos e odiosas práticas de coação patronal explícita, incompatíveis com o estado democrático de direito”.

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