As denúncias feitas pelo
presidente da Conttmaf e do Sindmar, Severino Almeida, são graves e preocupantes.
Não bastasse a eterna recusa em avançar nas relações trabalhistas, através de
uma negociação mais razoável em seus Acordos Coletivos, permitindo avanços em
questões cruciais para os trabalhadores marítimos, como uma escala de embarque
x desembarque mais humana, agora ainda estaria vindo pressionar esses
trabalhadores a não se manifestar na busca de seus direitos.
O Ministério Público do Tabalho deve
investigar e agir com rigor, de acordo com o que for apurado.
Afinal, se a principal empresa do
governo do Partido dos Trabalhadores faz isso, o que não farão outras menos
recomendáveis?
Pressões no mar
Por Sergio Barreto Motta
Na qualidade de presidente da
Confederação dos Trabalhadores em Transportes (Conttmaf), Severino Almeida
denunciou ao Ministério Público do Trabalho o que qualificou de pressões
inaceitáveis de Petrobras e Transpetro, para que marítimos adiram à proposta de
acordo de trabalho dos empregadores. A Confederação cita “coação” e
“intimidação”.
Em sua carta, declarou Almeida:
“Fazem uso de argumentos ad terrorem, a ameaçar com cancelamento de promoções,
falência das empresas e substituição dos navios e tripulantes nacionais por
estrangeiros”. Segundo Almeida, em contexto de desemprego da mão-de-obra
nacional, substituída que vem sendo por trabalhadores do Mercosul, isso “fere
de morte o direito dos trabalhadores de se manifestarem livremente”.
Ao pedir a intervenção do MPT, a
entidade cita “argumentos falaciosos e odiosas práticas de coação patronal
explícita, incompatíveis com o estado democrático de direito”.
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