Hidrovias, solução inteligente no transporte - foto da internet
Sabemos que, erradamente, nas
últimas décadas o país optou pelo mais caro e menos competitivo dos modais de
transporte, como seu modal principal. Assim o transporte rodoviário se tornou
hegemônico e bem mais utilizado que os outros, inclusive em grandes distância,
onde se torna ainda mais ineficiente. Mas aos poucos o país vai mudando seu
modal de transporte principal do rodoviário para modais mais baratos e menos
poluentes. E de todos os meios e transportes, o menos poluente de todos, e o
mais econômico e barato, é sem duvidas o aquaviário.
Sabemos que os investimentos são
altos, e uma mudança desse tipo não se faz da noite para o dia, mas é bom
vermos que ao menos agora temos iniciativas que aumentem a participação de
modais de transporte mais competitivos, e melhorem nossa economia como um todo.
O texto abaixo, tirado da Gazeta
do Povo, mostra algumas das vantagens que o desenvolvimento de hidrovias pode
trazer ao país. São argumentos que nosso Blog dos Mercantes está sempre
levantando, mas que nunca é demais lembrar.
Como nunca é demais pedir que tais investimentos se
multipliquem ainda mais, e que nosso país possa decolar como a potência que
pode realmente ser.
Dilma lança licitação para viabilizar
hidrovia na Amazônia
A presidente Dilma Rousseff lançou
ontem, quinta-feria (20), em Marabá (a 554 km de Belém), o edital de licitação
da obra de derrocamento do Pedral do Lourenço, que permitirá a navegação na
hidrovia do Tocantins-Araguaia e deve impulsionar a economia do Pará. O
derrocamento (remoção ou destruição de pedras submersas) tornará navegável durante
todo o ano um trecho de 43 km do rio Tocantins, por meio da construção de um
canal com calado mínimo de 3 metros e largura de 145 metros a 160 metros.
Com essa obra, as eclusas da
hidrelétrica de Tucuruí deixarão de ser subutilizadas -a demanda atual é pouca
porque as embarcações não conseguem chegar até o local, justamente por causa do
Pedral do Lourenço.
Segundo o ministro dos Transportes,
César Borges (PR), o derrocamento é necessário para permitir a navegação de
cerca de 500 km da foz do rio Tocantins até Marabá.
"Vai baratear os nossos custos
de exportação e importação. Aqui estamos mais perto dos Estados Unidos e da
Europa do que os portos de Paranaguá e Santos. Será uma região muito mais
competitiva, o que vai possibilitar atrair indústrias e emprego",
discursou o prefeito de Marabá, João Salame (Pros).
Estudos apontam que os custos de
transporte via hidrovia são mais baratos que por via rodoviária.
Edital
O edital de licitação será publicado
amanhã no Diário Oficial da União. A obra será licitada por meio do RDC (Regime
Diferenciado de Contratações) e, pelo cronograma, tem previsão para conclusão
até 2018.
Por ser via RDC, o governo federal
não divulgou um custo estimado, já que nesta modalidade de licitação os valores
não são divulgados. "Qual é a ideia estratégica que está por trás dessa
hidrovia? É escoar a nossa produção em direção ao Norte e fazê-lo por todos os
modais possíveis, enfatizando o modal hidrovia", afirmou a presidente
Dilma.
A estimativa do Ministério dos
Transportes é que, com o derrocamento, a rota na hidrovia terá capacidade
nominal de transportes de até 20 milhões de toneladas por ano para 2025, em
grãos, minérios e cargas em geral.
Nenhum comentário:
Postar um comentário