Hoje temos duas facções majoritárias no país, ambas já perderam a noção, a razão, e os minoritários que pensam em um processo democrático e não corrupto acabam olhando impotentes tanta insanidade movida ao ódio de ambos os lados, ódio esse que foi represado por décadas. Muito ainda a avançar antes de termos uma democracia estável e autossustentável. O pior que poderia acontecer agora seria uma intervenção militar, porque só iria empurrar com a barriga, os problemas que se arrastam há mais de século.
O ideal seria que os brasileiros parassem para pensar um pouco no que andam fazendo. A democracia é acima de tudo o regime da convivência, da aceitação e do respeito. Todos podem ter suas preferências, suas convicções, podem lutar por seus ideais, e buscar atingir seus objetivos dentro da Lei e do próprio Processo Democrático.
Nesse processo democrático entende-se que de tempos em tempos a maioria decide, e que durante os intervalos de tempo entre as decisões, os vitoriosos irão ditar as regras. Isso ainda respeitando as mesmas Leis e Processo Democrático citados acima.
Claro que haverão disputas durante os intervalos de decisão, mas elas devem estar dentro dos limites que regem as direitos individuais e coletivos, que é o que garante a cidadania de todos os brasileiros.
O problema é que excessos vêm sendo cometidos, com a desculpa da ética e da moral, mas que no fundo têm apenas o objetivo do poder. E isso ocorre de ambos os lados. O Brasil está polarizado, e pior, os polos perderam o respeito e os limites. Há fanatismo por determinadas posições.
E isso é que precisa mudar, porque a coisa pode ser polarizada, o que não pode ser é fanatizada.
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