quinta-feira, 31 de março de 2016

Ideia da crise

A crise econômica brasileira segue causando prejuízos aos trabalhadores. A indústria vem demitindo em grande número, e o desemprego segue crescendo mês a mês. Para ser mais exato, ele até vem diminuindo o ritmo do aumento, embora ainda não tenha acabado. Isso significa que provavelmente estamos chegando ao máximo da crise.

O quadro é ruim, principalmente se compararmos com os anos de bonança que tivemos no início dos anos 2.000, mas o país já passou por situações bem piores.

Esperamos apenas que a crise política não aprofunde ainda mais a situação econômica.



Estadão – Reportagem – 27/08/2015

Indústria de máquinas e equipamentos fecha 33 mil vagas em um ano, diz Abimaq

A indústria de máquinas e equipamentos já fechou mais de 33 mil postos de trabalho nos últimos 12 meses encerrados em julho, informou nesta quarta-feira, 26, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). O setor fechou o mês de julho com 333,994 mil empregados, número 1% inferior ao de junho deste ano e 8,9% abaixo do total apurado julho de 2014.

Segundo o presidente da Abimaq, Carlos Pastoriza, há uma desaceleração "muito forte" nos investimentos do setor e as demissões devem continuar. "Os últimos cinco meses do ano devem ser piores do que os últimos meses do ano passado", disse.

A indústria faturou R$ 7,051 bilhões em julho deste ano, queda de 0,2% ante junho. Em relação a julho do ano passado, houve baixa de 7,7%. De acordo com dados da Abimaq, o consumo aparente do setor, ou seja, indicador que mede a produção interna mais importações e exclui exportações, avançou 3,3% em julho ante junho, ao totalizar R$ 11 bilhões. Já em comparação com julho de 2014, houve recuo de 3,4%. No acumulado do ano até julho, a queda foi de 4,6%.

O setor está pessimista para o restante de 2015. "Na receita líquida interna (sem exportações), nós tivemos uma queda de 10,9% nos 12 meses até julho. Esse número deve ficar pior daqui para o fim do ano por conta do clima de incertezas política e econômica no País", disse Pastoriza.

O déficit comercial da indústria de máquinas e equipamentos nacional cresceu 7,5% em julho ante junho, para US$ 999,55 milhões. Em relação a igual mês do ano passado, houve queda de 21,9%. No acumulado do ano, o déficit é de US$ 7,391 bilhões, queda de 18,6% ante igual período de 2014.

O aumento do déficit se deve a uma queda nas exportações, que somaram US$ 661,86 milhões no mês, montante 2,7% menor que em junho e 26% inferior ao anotado em igual mês do ano passado. Enquanto isso, as importações subiram 3,2% em julho ante junho, para US$ 1,661 bilhão. Contra julho do ano passado, as importações caíram 23,6%.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria de máquinas e equipamentos ficou em 66,6% em julho, 0,6 ponto porcentual maior que o verificado em junho (66,0%) e 9,4 pontos porcentuais inferior ao registrado no mesmo mês do ano passado (76,0%). De acordo com a Abimaq, a carteira de pedidos do setor subiu 15,9% em julho ante junho.

Os dados da Abimaq mostram também que o setor encerrou o mês de julho com 337,994 mil empregados, quantidade 1,0% menor do que em junho e 8,9% mais baixa do que em julho de 2014.

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