O artigo abaixo foi retirado do site da Folha de São Paulo, mas outros meios de comunicação também veicularam a notícia. Antes de tudo me parece um pouco prematuro estarem fazendo propaganda da delação premiada de Delcídio do Amaral. Tema tão sensível e controverso deveria ser tratado de maneira mais responsável, ainda mais num momento em que o país passa por uma cisão social tão clara. Ao mesmo tempo o próprio Delcídio já divulgou nota dizendo que não reconhece nenhuma delação premiada, por não tê-la feito. Agora a delação é homologada. O cara mente o tempo todo, aonde fica a verdade nesse meio?
De qualquer forma, se houve realmente tal delação, cabe a Polícia Federal apurar com retidão as informações que supostamente foram dadas por Delcídio. Mas isso tem que ser estendido a todos os delatados, não apenas à atual presidente e a seu antecessor. Não custa lembrar que alguns políticos vem sendo acusados de forma recorrente em depoimentos e delações, e pouca ou nenhuma atitude é tomada contra eles.
O problema para o governo é que as acusações não param na delação, também corre gravação do Ministro da Educação Aluizio Mercadante, em que pede a Eduardo Marzagão (assessor de Delcídio), para que o ex-Senador não fizesse delação premiada. A presidente Dilma parece ter ficado estarrecida quando soube do fato, que comprovado, deverá fechar o cerco sobre o governo de uma vez por todas, e será apenas questão de tempo sua queda.
E o que os brasileiros precisam entender nesse momento, é que não há espaço para atitudes intempestivas e agressivas. Deve-se sim cobrar por investigações sérias, que apontem culpados e responsáveis pelos desvios e crimes cometidos contra a Nação e o erário público, bem como quanto ao uso indevido da máquina pública, seja de qual partido for, seja qual for o nome envolvido, seja qual for o escalão do governo, seja Federal, Estadual ou Municipal. Porque de nada adiantará tirar um ladrão para botar outro.
Se o processo não correr dessa forma, o país perderá mais uma excelente oportunidade de melhorar suas instituições, e principalmente de consolidar sua democracia.
Mas antes de tudo, todas as acusações devem ser provadas.
De qualquer forma, se houve realmente tal delação, cabe a Polícia Federal apurar com retidão as informações que supostamente foram dadas por Delcídio. Mas isso tem que ser estendido a todos os delatados, não apenas à atual presidente e a seu antecessor. Não custa lembrar que alguns políticos vem sendo acusados de forma recorrente em depoimentos e delações, e pouca ou nenhuma atitude é tomada contra eles.
O problema para o governo é que as acusações não param na delação, também corre gravação do Ministro da Educação Aluizio Mercadante, em que pede a Eduardo Marzagão (assessor de Delcídio), para que o ex-Senador não fizesse delação premiada. A presidente Dilma parece ter ficado estarrecida quando soube do fato, que comprovado, deverá fechar o cerco sobre o governo de uma vez por todas, e será apenas questão de tempo sua queda.
E o que os brasileiros precisam entender nesse momento, é que não há espaço para atitudes intempestivas e agressivas. Deve-se sim cobrar por investigações sérias, que apontem culpados e responsáveis pelos desvios e crimes cometidos contra a Nação e o erário público, bem como quanto ao uso indevido da máquina pública, seja de qual partido for, seja qual for o nome envolvido, seja qual for o escalão do governo, seja Federal, Estadual ou Municipal. Porque de nada adiantará tirar um ladrão para botar outro.
Se o processo não correr dessa forma, o país perderá mais uma excelente oportunidade de melhorar suas instituições, e principalmente de consolidar sua democracia.
Mas antes de tudo, todas as acusações devem ser provadas.
Ministro do STF homologa delação premiada de Delcídio do Amaral
Pedro Franca - 26.fev.2014/Associated Press | ||
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) |
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki confirmou nesta terça-feira (15) a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) sobre o esquema de corrupção da Petrobras à força-tarefa da Operação Lava Jato.
A colaboração do parlamentar traz citações à presidente Dilma Rousseff,
ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministros e ex-ministros e
ainda a integrantes da cúpula do PMDB no Senado e ao presidente do
PSDB, senador Aécio Neves (MG).
Agora, os investigadores vão analisar se as menções feitas por Delcídio
aos políticos trazem indícios mínimos que justifiquem a abertura de
inquéritos.
Os termos do acerto revelam que o petista terá que devolver R$ 1, 5 milhão aos cofres públicos por seu envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.
LULA
De acordo com a delação, publicada pela revista "IstoÉ", o parlamentar
revelou que Lula mandou comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras
Nestor Cerveró e de outras testemunhas.
De acordo com a revista, Delcídio diz que Lula pediu "expressamente"
para que ele ajudasse o pecuarista José Carlos Bumlai porque o
empresário estaria implicado nas delações de Fernando Baiano e Nestor
Cerveró. Para o senador, Bumlai tinha "total intimidade" e exercia o
papel de "consigliere" da família Lula, expressão em italiano que remete
aos conselheiros dos chefes da máfia italiana. "No caso, Delcídio
intermediaria o pagamento de valores à família de Cerveró", afirma o
acordo de delação.
Na conversa com o ex-presidente, de acordo com outro trecho da delação,
Delcídio diz que "aceitou intermediar a operação", mas lhe explicou que
"com José Carlos Bumlai seria difícil falar, mas que conversaria com o
filho, Maurício Bumlai, com quem mantinha boa relação".
Depois de receber a quantia de Maurício Bumlai, a primeira remessa de R$
50 mil foi entregue em mãos pelo próprio Delcídio ao advogado de
Cerveró, Edson Ribeiro, também preso pela Lava Jato e solto em 24 de
fevereiro.
DILMA
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