Mais uma semana atribulada e cheia de pataquadas por parte dos representantes máximos do governo. Mais uma semana que poderia ter sido produtiva, mas que se perdeu na pequenez de nossos atuais governantes.
Após Bolsonaro conseguir colocar o mundo contra o Brasil, quando tratou de forma estúpida e inconsequente o problema das queimadas na Amazônia, e que culminou com agressões rasteiras e desnecessárias à primeira dama francesa, no que foi rapidamente seguido por seu mais fiel escudeiro, o Ministro da (des)Educação Weintraub, essa semana Paulo Guedes voltou ao mesmo tema infeliz, e de forma tão infeliz quanto. Pediu desculpas, legal, só que ele não é um universitário inconsequente que as coisas se resolvem com um pedidozinho de desculpas. Enquanto isso nossa economia segue atolada no caos.
E é um caos que os últimos indicadores confirmam. Apesar da indicação de uma tímida reação, isso está longe de significar uma reação por parte do setor produtivo do país, e muito menos que o pior já passou.
Por falar nisso, nosso Presidente voltou a criar polêmicas com a imprensa, porque eles apenas disseram o que eu estou dizendo acima da economia.
Presidente Bolsonaro, o fato de se indicar uma situação não significa ser contra ou a favor de nada, é apenas a constatação dessa situação. E ficar criando factóides e fake news para apoiar um governo que faz de tudo para se incompatibilizar com tudo e com todos, não é papel da imprensa.
E não é invenção minha que ele se incompatibiliza com tudo e todos. Parte significativa do agronegócio já está contra ele, o setor agrário que abastece nossa população o vê com desconfiança, as forças armadas estão absolutamente divididas, parte significativa da indústria já se mostra contra as medidas econômicas, assim como do comércio, e até o setor financeiro, tão esperançoso com Guedes, já se mostra reticente quanto ao futuro da situação econômica. Para não dizer que não falei das flores, o capital estrangeiro está contentíssimo, porque a entrega do patrimônio nacional segue a pleno vapor, e tudo a preço de fim de feira, verdadeiras pechinchas.
Enquanto isso a Vaza-jato segue mostrando uma força tarefa comandada por um juiz, o que é ilegal, com posições político-ideológicas, o que é mais ilegal ainda, e guiada por preceitos moral-religiosos, o que é também ilegal.
A questão do self-bate-papo pelo Telegram, e outros comentários sobre o mesmo tema de seus colegas apenas enfatiza a total falta de norte republicano nas ações dos procuradores, que nitidamente estavam muito mais preocupados com objetivos pessoais, com carreiras políticas, ganhos financeiros, do que com as obrigações e objetivos constitucionais e legais do MPF.
Tudo isso já seria lastimável, e num país sério derrubaria vários deles rapidamente, se não o próprio governo. Aqui isso ainda está longe de acontecer.
E isso se resume na absurda censura tentada por Crivella na bienal do livro. Só para lembrar, isso não é um ato político, é crime.
E isso se resume na absurda censura tentada por Crivella na bienal do livro. Só para lembrar, isso não é um ato político, é crime.
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