Problemas ocorrem em todo o mundo. Grupos extremistas existem, sejam eles de direita, de esquerda, nacionalistas, ou de qualquer outra natureza. A diferença entre a barbárie e a civilização, é que em lugares mais civilizados esses grupos, sejam de que matiz forem, são combatidos pelo ESTADO, independentemente do governo que esteja na ocasião.
No Brasil nada é feito, principalmente se esses grupos forem de extrema direita. O resultado é que acirra ânimos do outro lado também, e o resultado disso nunca é bom.
Entendam, não é uma questão de o Estado intervir na sociedade em prol de um ou outro lado, uma ou outra ideologia, mas de impedir os extremismos violentos, e de impedir CRIMES. Sim, crimes, porque algumas condutas, alguns discursos e ações assumidos por esses grupos são criminosos, e cabe ao Estado coibir tais crimes.
Novo golpe na extrema-direita em Portugal. Entre os suspeitos por crimes de ódio contra, pelo menos, 18 vítimas, há um guarda prisional. Cinco dos arguidos já tinham sido condenados pela morte de Alcindo Monteiro. A acusação do MP estará concluída nos próximos dias
O Ministério Público (MP) constituiu arguidos 37 suspeitos neonazis indiciados por vários crimes de ódio, envolvendo grande violência, incluindo tentativas de homicídio, contra negros, muçulmanos, homossexuais e comunistas. Segundo o MP, pertencem ao movimento Portugal Hammer Skins (PHS), o mais violento grupo dos cabeças rapadas. Só nos processos que constituem este inquérito estão 18 vítimas.
A acusação, que deverá ser concluída nos próximos dias, é o desfecho de uma investigação da Unidade Nacional de Contraterrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária (PJ), que levou à detenção em 2016 de cerca de duas dezenas destes skinheads - todos libertados pelo tribunal de instrução.
Em quase quatro anos mais de investigação, coordenada pelo procurador Óscar Ferreira, da 11.ª secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, não só as suspeitas se confirmaram como os crimes se agravaram, com a identificação de mais vítimas e de mais suspeitos.
É o segundo grande golpe das autoridades contra a extrema-direita violenta em Portugal, desde a última grande e inédita operação da PJ em 2007, também titulada pelo DIAP de Lisboa, com a procuradora Cândida Vilar, em que foram levados a julgamento 36 skinheads, incluindo o líder da altura do PHS, Mário Machado.
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