sexta-feira, 8 de maio de 2020

Bolsonaro, a Constituíção, e outras aberrações

Bolsonaro disse que era a Constituíção. Bolsonaro já participou de manifestações de cunho fascista, que tinham como algumas de suas demandas, o fechamento do Congresso e do STF, e isso aconteceu duas vezes. Bolsonaro também disse que vai obrigar que se cumpra a Constituíção.

Agora analisemos a sequência da lógica de Bolsonaro. Ele é a Constituíção, STF e Congresso devem ser fechados, e ele exigirá que se cumpra a Constituíção. "Capisci?"

Se ele é a Constituíção, ele dita as regras, que não serão desafiadas por Comgresso e STF, e que ele obrigará a cumprir. Ou seja, ele quer ser o bastião moral e legal do país, ele quer ser o ditador do Brasil.

É uma posição golpista descarada.

Vão permitir que 27% de apoio nas pesquisas siga mantendo uma aberração dessas na cadeira da Presidência da República?

É sério isso?

Regina Duarte

O arremedo de atriz, e farsa de política deu uma entrevista à Globo News, em que mais uma vez deixou transparecer sua incapacidade, superficialidade, e covardia. Ao ser confrontada com um vídeo de Maitê Proença, em que esta cobrava ações e diálogo com a Secretária da Cultura, Regina deu um "show" de arrogância e falta de preparo, não respondendo à Maitê, e fazendo com que a entrevista fosse encerrada precipitadamente.

Não satisfeita com o papelão na Globo News, Regina voltou a dar vexame, dessa vez na CNN. Minimizou o crime hediondo (e contra a humanidade) da tortura, a isentar as atrocidades havidas durante a ditadura, e por fim voltou a prestar apoio a Bolsonaro, inclusive minimizando a série de crimes de seu chefe supremo.

Tudo isso causou revolta na maioria dos artistas e intelectuais do país.

Mas o que esperar de um ser que se sujeita a servir Bolsonaro?

Tour no STF?

Após uma reunião com um grupo de líderes empresariais, Bolsonaro resolveu levá-los a um "tour" pelo STF. O Presidente da Casa, Dias Tofoli, havia sido avisado do passeio, e recebeu o grupo, que tentava "flexibilizar" as medidas de restrição para o enfrentamento ao coronavírus.

Ao contrário do que esperavam, Tofoli rebateu cobrando maior colaboração do governo federal com governadores e prefeitos, e todos voltaram a escutar que, de acordo com a Constituição, cabe justamente aos governadores e prefeitos tomarem as ações que acharem necessárias para combater a pandemia.

A medida do Presidente voltou a criar rusgas com outros líderes políticos, e com Ministros do STF. Todos foram unânimes em condenar a atitude, e classificá-la, no mínimo, como irresponsável.

Mas irresponsável é o mínimo que se pode dizer de Bolsonaro.

E seguimos combatendo ações nefastas e de cunho golpista com declarações e notinhas. Vamos com isso até quando?

Militares melindrados

Após a divulgação de que alguns Ministros do governo Bolsonaro poderiam ser intimados, e até levados a depor de forma coercitiva, caso necessário, tivemos uma série de protestos vindos de militares de pijama, que condenavam essas possibilidades. A justificativa para esses protestos é que se tratavam de pessoas ilibadas.

Em que parte da Lei e da Constituição está escrito que pessoas ilibadas não podem ser convocadas a depor, e em caso de recusa não podem ser levadas a depor coercitivamente?

Para culminar

Para concluir essa semana típica da bagunça bolsonarista, o país já ultrapassa os seiscentos mortos diários pelo coronavírus, e os dez mil mortos acumulados. Isso porque temos uma enorme subnotificação, que segundo os dados mais otimistas, aumentam esses números em pelo menos 5 vezes.

Com a flexibilização precipitada, e o não cumprimento correto das medidas de afastamento social, que estados e municípios tentam implementar, mas que a população, insuflada por um bando de irresponsáveis, o que inclui boa parte do governo federal, o saldo disso deve se multiplicar muito nos próximos dias, e o Brasil já é apontado como o provável novo foco mundial da pandemia, porque a tendência é que esses números aumentem de forma brutal nos próximos dias.

Mas a vida dos brasileiros não importa a esse governo, já que seu chefe supremo já se mostrou várias vezes favorável a genocídios.

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