Interessantíssimas as informações que vazam, por sinal ilegalmente, sobre a visualização do vídeo da famigerada reunião ministerial ocorrida em 22 de abril. Deixemos de lado as ressalvas de cunho moralista sobre palavrões, e sejamos mais claros.
As posturas de Damares Alves, e de Abraham Weintraub são de cunho golpista, e portanto criminoso. Uma coisa é uma conversa de bar, regada a cerveja, e completamente informal, outra completamente diferente é uma reunião ministerial. Pedir a prisão de governadores, prefeitos, e ministros do STF por puro ideologismo barato, sem nada a enquadrar seus procedimentos como crimes na Lei, é algo absolutamente inaceitável, e é necessário que se tomem ações urgentes contra os dois ministros de Bolsonaro.
Outro problema sério é a questão de o próprio Presidente afirmar que precisa intervir na PF e no MJ para proteger asseclas e familiares. Isso também é crime, e apesar de a Lei facultar a escolha do DGPF ao Presidente da República, a Justiça tem o dever de retirar-lhe esta faculdade neste momento, porque ele já afirmou que quer advogar administrativamente para apaniguar alguns grupos de seu agrado, o que fere diretamente o princípio da impessoalidade na administração pública. Entendam, a questão não era o nome de Alexandre Ramagem, mas a indicação para DGPF, porque uma vez impedida a indicação de Ramagem, Bolsonaro buscaria outro, que iria cumprir com suas intenções de intervenção na instituição.
E foi o que aconteceu.
A propósito, isso é Crime de Responsabilidade.
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