O Secretário de Estado dos EUA afirma que a Rússia está isolada. Tal afirmativa vem na sequência de uma reunião do G20 absolutamente esvaziada, onde os próprios russos foram representados por seu chanceler, e os chineses foram representados por seu primeiro ministro. No primeiro caso Putin optou em permanecer na Rússia, seja para evitar encontros desnecessários e desagradáveis com seus "pares" ocidentais, seja para seguir trabalhando pelos interesses de seu próprio país.
Já o caso da China foi ainda mais nítido. Xi Jimping optou em permanecer em Pequim e receber Nicolas Maduro, presidente venezuelano. Essa atitude mostra que os chineses não estão preocupados com o G20, e optam por estreitar laços com nações que lhes interessam mais geopoliticamente, e que, na brevidade podem reforçar o grupo que pretende se opor com mais força ao G20, o Brics.
Mas a Rússia não estar isolada não se dá apenas por ter havido um encontro entre seu presidente e o da Coreia do Norte. A Rússia há pouquíssimo tempo recebeu muitos presidentes africanos, num encontro em que o país recebeu apoio explícito de vários deles. Também tem recebido apoio explícito de outros governos de outras regiões do mundo.
Sim, a Rússia está isolada no G20, mas a própria Rússia já demonstrou que não está preocupada com isso. Lavrov certamente esteve na Índia muito mais para acompanhar as discussões e levar posições do que para estreitar efetivamente laços com quem sempre atacou seu país. A China agiu exatamente da mesma forma.
Então não, a Rússia não está isolada, ela só está com relações bastante estremecidas com o G7, porque com vários outros membros do G20 ela tem mantido relações normais, e até melhores do que antes. Já o G7 precisa tomar cuidado, porque se não mudar de rumos, quem pode acabar isolado é ele.
Rússia acusa EUA de "inventar histórias" para justificar fracassos
Secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, afirmou que houve um "forte consenso" na reunião das 20 maiores economias do mundo, na Indonésia, e que a "Rússia ficou isolada".
Secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, afirmou que houve um "forte consenso" na reunião das 20 maiores economias do mundo, na Indonésia, e que a "Rússia ficou isolada".
A Rússia acusou este sábado o secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, de "inventar histórias" sobre o isolamento do seu homólogo russo, Serguei Lavrov, na reunião do G20 na Indonésia para "justificar o seu próprio fracasso".
Em resposta a declarações de Blinken sobre o isolamento de Lavrov no G20, a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, disse que Blinken tentou pedir aos seus homólogos que isolassem a Rússia.
"Disseram-nos como você pessoalmente pede a todos para 'isolar' a Rússia e todos se riem de si, sabendo que a atual administração [do Presidente Joe Biden] está condenada a um fim inglório", escreveu Zakharova na rede social Telegram, citada pela agência russa TASS.
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