quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Avançam as negociações por paz no Leste europeu, mas nada resolvido ainda

Pessoal, no último domingo participei numa live no Canal Brasil Grande, e na oportunidade disse que a reunião entre Trump e os “Dispostos” na Casa Branca seria recheada de bullying e pressões. E foi. Não como o absurdo visto contra Zelensky ou Cyril Ramaphosa – Presidente da África do Sul –, mas um bullying sutil, quando comandou, controlou deu o tom da reunião, e lembrou algumas vezes das debilidades europeias, inclusive do ridículo acordo comercial aceito por Von der Leyen, que foi duramente criticado pelos Estados membros da UE, e por analista, incluindo este humilde palpiteiro. Quando critiquei esse acordo, lembrei que com ele a UE se rendia definitivamente a Trump. 

Sim, em Washington Zelensky negou qualquer aceite a um acordo como este, os líderes da UE e da NATO disseram que tal aceite seria inaceitável, voltaram a insistir na estupidez de que o lado que está vencendo a guerra precisa se render incondicionalmente por uma ideologia estúpida quando fora da realidade (algo que os alemães fizeram na WWI), voltaram a falar de tropas europeias de paz, etc. 

Mas a realidade se impõe de forma acachapante, e os discursos aos poucos vão mudando. Já é admitida a perda de território da Ucrânia, assim como um arranjo de segurança para o que restar do país, e até mesmo para a UE, embora esta nunca tenha estado ameaçada de fato pela Rússia. Na verdade, nem a Ucrânia, mas ela fez questão de provocar os russos por mais de uma década, confiando que o armamento e o apoio da NATO iriam ser suficientes para desafiar o gigante euroasiático. Como vemos, estavam errados.

 Além de já apresentar uma mudança na direção das posições geopolíticas da “Coalisão dos Dispotos”, o encontro na Casa Branca também serviu para abrir margem a outro grande movimento, que seria uma reunião direta entre Putin e Zelensky, possivelmente em Moscou. Ainda não está confirmado mas já se fala nisso. 

Agora, paz mesmo, isso ainda demora um pouco, e os russos não irão abrir mão de suas demandas mínimas. O problema é que, quanto mais a paz demorar a chegar, maiores serão as demandas mínimas russas. Repito: quem vence impõe as regras.


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